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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 568

“Cândido”

Mas a menina Manuela era realmente muito bonita. Eu estava cavalgando pela plantação e pensando na sorte que eu tive. A Rita não valia nada mesmo, estava vendendo a garota. Quando ela me procurou e propôs casar a Manuela com o meu filho, eu achei que seria uma boa saída, quem sabe ele sossegaria e pararia com a gastança do meu dinheiro nas farras e bordéis dos arredores. Mas quando eu vi aquela menina, eu não tive dúvida, eu é que me casaria com ela. Agora eu estava ansioso como um garoto. Quer saber, eu ia apressar esse casamento para o dia seguinte, a Rita que esperneasse pra lá.

Voltei para a cidade, mas antes de chegar ao cartório encontrei o delegado. Aquele pau mandado, só fazia o que a mulher mandava e o que o meu dinheiro comprava. Era bom que ele fosse assim, pois o meu filho vivia metido em confusão e eu também tinha as minhas para encobrir, principalmente dos fulanos que eu precisava me livrar.

- Cândido, que bom que eu o encontrei. – O delegado Rogério falou.

- O que foi agora, Rogério, eu não tenho tempo. – Respondi seco.

- Cândido, você pediu para darmos uma olhada em volta da casa da dona Rita e manter o Camilo longe de lá. O Camilo não estava lá, mas tinha um policial em campana na frente da casa. – Rogério falava apressado.

- E por que um dos seus policiais estava lá? Qual o problema?

- O problema é que não era um dos meus policiais. Veio uma equipe de fora, uma equipe grande, eles estão vigiando vocês. – Rogério falou e eu me preocupei.

- Como assim?

- Um delegado de Porto Paraíso e outro aqui da região. Eles estão indo para aquele seu sítio abandonado. Estão procurando a Manuela Blanco.

- Droga! Eles não podem chegar lá, Rogério, se vira, mas tira esses policiais da cidade.

- Cândido... – Entrei no carro, precisava chegar rápido ao sítio e tirar a Manuela de lá. – Cândido! – Deixei o Rogério chamando pra trás.

Fui para o sítio o mais rápido que pude e quando cheguei eu quis esganar a Rita. Ela estava surrando a Manuela, mesmo eu tendo a avisado para não fazer isso. A garota estava toda machucada, com o rosto machucado, inchado, quase deformado. Agora que lua de mel eu teria com a moça toda amachucada e sem dar conta de nada? Ela desmaiou quando cheguei e ainda bem que cheguei, pois a Rita iria matá-la se continuasse batendo nela daquele jeito.

- O que você fez, Rita? – Exigi, mas a Rita apenas olhava a garota no chão com desprezo.

Me aproximei e verifiquei. A menina estava desmaiada. Chamei o meu capanga de confiança.

- Tira ela daqui agora. Leva ela para um lugar que ninguém possa encontrá-la. E providencie uma roupa pra ela. – Ele a pegou no colo, então eu vi um papel rasgado no chão e uma pasta, juntei tudo e entreguei para ele. – Escute bem, não ouse tocá-la! Ou eu te mato.

- Sim senhor patrão. – Ele respondeu e sei que faria o que eu mandei.

- Sai daqui depressa, vai pelos fundos. – Ordenei e o acompanhei até o lado de fora. O vi colocar a Manuela no banco de trás do carro, cobri-la com um lençol e sair dali pelos fundos da propriedade. Chamei os outros dois homens que guardavam a casa.

- Se algum de vocês abrir a boca sobre ela, será um homem morto. Fui claro? – Eles sabiam que eu cumpria minhas ameaças e eu sabia que eles não falariam. Olhei para eles e me virei, voltando para dentro da casa, agora eu teria uma conversinha com a Rita.

- Agora nós dois. – A encarei. – Eu disse para você não bater nela, não disse? Então me diz, por que? O que você fez?

- Não seja grosseiro, Cândido.

- Rá, rá, rá. – Comecei a rir dela, eu sabia bem o tipo de vagabunda que ela era. – Seguinte, Rita, seu assunto com a Manuela acabou. Amanhã eu me caso com ela.

- Não foi esse o nosso trato! – Rita se levantou.

- Não, não foi, mas você quebrou o nosso acordo primeiro. O que você quer da garota, o dinheiro? Bom esse você não vai conseguir. Ela mesma me contou que o Camilo cuidou para que ninguém, muito menos você, ponha as mãos no dinheiro dela. Então se conforme com o que vai ganhar comigo. – A encarei e ela estava espumando de raiva.

- Aquela ratinha me passou a perna! QUE ÓDIO! – Rita gritou.

- Ela não, mas o Camilo sim. O rapaz é inteligente, eu admito. – Realmente o Camilo era admirável. Um rapaz dedicado, esforçado, inteligente, trabalhador. Eu admirava todas as suas qualidades e lamentava que o meu filho não tivesse algumas.

- Que seja! Quando vou receber o meu dinheiro? – Rita só pensava nisso.

- Amanhã. Depois te falo onde e a que horas vai ser o casamento. Quero você lá, porque você vai convencê-la a se casar comigo. – Avisei.

A Rita pegou a bolsa e saiu dali remoendo aquele rancor que nem eu entendia. Ainda fiquei um tempo sentado ali, pensando em como conduzir as coisas. Olhei ao redor, talvez eu devesse entregar esse sítio para o meu filho, agora que eu ia me casar eu o queria fora de casa, ele poderia morar ali e aprontar o quanto quisesse longe das minhas vistas.

Depois de um tempo, liguei para o meu capanga e descobri para onde ele tinha levado a minha noivinha. Mas antes de ir vela, eu precisava resolver as coisas para o casamento.

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