Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 571

“Manuela”

Acordei dentro de um carro, levei o maior susto, fiquei confusa, tudo doía e minha cabeça girava um pouco. Com certa dificuldade me sentei e olhei para o motorista pelo retrovisor. Era o mesmo que tinha dirigido o carro de Porto Paraíso até aqui.

- Pode ficar calma, moça. Não vou fazer nada de mal com você. – Ele se apressou em dizer.

- Você já me fez muito mal. Me trouxe pra esse inferno. – Olhei o meu rosto no retrovisor, estava horrível, as lágrimas correram. – Olha pra mim, olha o que aquela mulher fez.

- Moça, eu só cumpro ordens e as ordens do Sr. Cândido a gente não discute. – Ele tentou se justificar, mas evitou me olhar. – Olha, por favor, não me crie problemas. Eu vou te levar pra minha casa, minha mulher vai cuidar de você e você vai ficar lá até o Sr. Cândido dar outra ordem, lá ninguém vai te bater. Acho que o patrão não vai deixar aquela doida se aproximar de você de novo não, ele ficou furioso com ela.

- Você não vai me deixar ir embora, não é?! – Eu já sabia a resposta.

- Não posso, moça. Agora, por favor, fica quieta, você está muito machucada e eu não quero ter que te amarrar. – Ele avisou e eu achei melhor não falar mais, até porque eu estava com dor, muita dor.

Ele parou o carro diante de uma casa com muro alto e portão todo fechado. O portão começou a se abrir e ele entrou e fechou o portão novamente. Do lado de fora, ninguém poderia ver o que acontecia dentro. Ele abriu a porta do carro pra mim.

- Consegue andar? – Ele perguntou e eu fiz que sim. Ele me ajudou a sair do carro e me levou para dentro da casa. – Zefa! Zefaa! – Ele chamou e logo veio uma mulher de meia idade enxugando as mãos em um avental.

- Ah, meu pai! O que é isso, Higino? – A mulher perguntou.

- Uma garota, não vê? – Ele respondeu meio bruto. – Anda, me ajuda.

- Quem é essa, Higino? Olha lá o que você está me aprontando! – A mulher alertou.

- É coisa do patrão. Me ajuda a colocar a moça no sofá e eu te explico. – Ele respondeu e eu percebi a cara contrariada da mulher.

Eles me deixaram sentada no sofá e saíram da sala, quando voltaram a mulher trazia algo nas mãos.

- Vem, moça, eu vou te ajudar a tomar um banho. – Ela falou e eu me levantei, eu precisava mesmo de um banho. – Higino, vai buscar as coisas que eu te falei, essa moça precisa de curativos.

Ela me ajudou a tirar o vestido e minhas roupas íntimas, ligou o chuveiro e colocou um banquinho para que eu pudesse me sentar. Me entregou um sabonete e deixou um vidro de shampoo e um condicionador ao meu lado. Eu gemi quando a água bateu no meu corpo, estava morna, mas ardeu nas feridas da minha pele.

- Meu deus, quem fez isso com você, moça? – Ela me olhava horrorizada. – Deixa eu lavar suas costas.

A Zefa tocou em mim com gentileza, quase como se tivesse medo de me quebrar. Lavou o sangue das minhas costas com cuidado, enquanto eu chorava, mas não era a dor física que me fazia chorar, era a dor por toda aquela crueldade a qual eu fui submetida e por saber o que ainda viria. Depois que tomei o banho e me sequei ela me entregou as roupas.

- Olha, menina, as roupas vão ficar um pouco grandes, mas a calcinha e o sutiã acho que vão ficar bons, são novos, eu tinha comprado para dar de presente, mas depois eu compro outros. – Ela suspirou enquanto me ajudava a me vestir com uma bermuda de coton verde e uma camisa de malha branca. De fato as roupas ficaram grandes,mas eu não me incomodei, pelo menos não apertaria os machucados.

Voltamos para a sala e o marido estava sentado lá. Ao seu lado uma sacola plástica.

- Moça, o patrão disse que você vai ficar aqui hoje. Amanhã é o casamento de vocês. – O homem nem me olhava.

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