“Manuela”
Eu fiquei olhando aquela sala de boca aberta. A Sala estava iluminada, como na primeira vez que eu estive aqui, mas diferente da primeira vez, ela estava mobiliada, lindamente decorada. Eu estaquei logo na entrada, com os olhos absorvendo cada detalhe e a boca aberta em surpresa.
- O que foi que o Flávio fez? – Eu olhei ao redor.
Olhei mais uma vez para aquela sala enorme. Estava tudo lindo, lindo demais. A casa agora era aconchegante, parecia um lar, já não era apenas um imóvel lindo e bem construído. Era o lugar perfeito para uma família grande e cheia de amor.
Caminhei pela sala, atenta a cada coisinha colocada ali, até sair pelas portas de vidro que davam para a piscina. Mas, ao contrário do interior da casa, o lado de fora estava todo escuro, não havia nenhuma lâmpada acesa. Antes de colocar o pé para fora olhei intrigada para dentro. Quando voltei a me virar as luzes foram acesas, mas, para minha surpresa, não era o Flávio quem estava ali.
Olhei impactada para cada rosto ali presente. Eu conhecia cada um deles. Minha família, a família do Flávio, nossos amigos, o pessoal da delegacia, algumas pessoas do escritório, o PH. Até o Patrício estava virtualmente presente, seu rosto aparecia na tela de um tablet pendurado no pescoço da Lisandra. Olhei para ela em dúvida sobre aquilo, mas depois eu perguntaria. Eu vi cada um deles ali sorrindo pra mim, mas não vi o Flávio.
Meu pai se aproximou e beijou a minha face. Ele estava emocionado. Eu olhava para ele surpresa. Eu nunca pensei que o Flávio fosse comprar aquela casa e tampouco que fosse reunir nossos amigos e familiares para uma festa.
- Filha, você está linda! Tão linda quanto sua mãe! – Aí eu entendi porque o meu pai estava tão emocionado, ele se lembrou da minha mãe, da única mulher que ele amou. De repente ele tirou uma caixa de veludo do bolso e a abriu na minha frente. – Hoje é um dia muito especial, desenhei esse conjunto para a sua mãe junto com o anel com o qual a pedi em casamento, o anel eu dei para o Camilo, espero que você não se importe, pois sua mãe amava a Oli como uma filha. Mas os brincos e a gargantilha são seus. Posso colocá-los em você?
Eu comecei a chorar sem nem perceber, mas eu fiquei tão emocionada em receber do meu pai algo que tinha pertencido a minha mãe, a minha verdadeira mãe, a que me deu a vida e que me amou por um breve espaço de tempo como ninguém jamais voltaria a me amar.
Sim, eu sabia que o amor de mãe é único em sua intensidade, em sua entrega, em sua abdicação, mesmo que a Rita tenha tirado de mim a chance de receber um amor tão singular assim, eu me confortava com o Camilo me dizendo o quanto minha mãe me amou e me esperou.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......