Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 638

“Lisandra”

Eu tive uma noite horrível! O Patrício estava em todos os meus sonhos e eles iam desde beijos ardentes em uma linda praia até ele me colocando para fora da empresa a ponta pés, literalmente. Desde que eu comecei nesse trabalho eu estava sonhando muito com ele, isso parecia uma obsessão que eu não conseguia deixar. E tudo ficou ainda pior desde que ele me ligou e pediu para reservar o seu vôo de volta. Eu estava com os nervos à flor da pele. Ele chegaria no final da semana seguinte e iria direto para a fazenda da família da Manu, onde seria o casamento dela com o meu irmão.

- Bom dia! – Falei como um zumbi quando entrei na cozinha e vi a Manu tomando seu café, com os olhos brilhantes de quem tinha tido uma noite maravilhosa.

- Nossa! Você está péssima! – Ela me avaliou.

- Ah, obrigada, cunhadinha! Pena que não posso dizer o mesmo de você! – Brinquei com ela, que riu e balançou a cabeça.

- Patrício de novo? – Ela perguntou colocando a mão sobre o queixo para me ouvir.

- Sim! – Suspirei. – Pelo menos na segunda metade da noite, porque na primeira foram meu irmão e você, com todos aqueles barulhos no quarto, que me impediram de ter uma noite de sono decente. – Manu deu uma risadinha satisfeita.

- O que eu posso fazer se o meu grandão é uma delícia! – Ela deu um grande suspiro antes de continuar. – Mas o que foi dessa vez, ele te chutou para fora do escritório de novo ou te beijou em uma praia deserta?

Claro que a Manu tinha se tornado minha confidente, nos tornamos amigas e eu a adorava, mas desde o dia em que ela me flagrou chamando o nome do Patrício num sonho que ela sempre queria saber o que eu havia sonhado, só que nem tudo eu poderia contar.

- Dessa vez ele me despediu no seu casamento, no meio da sua cerimônia. – Eu estava chateada, porque não importava como seria, mas eu sabia que ele iria me demitir.

- Se ele estragar a minha cerimônia assim, o Flávio arranca a cabeça dele! – Manu riu e ela estava certa, meu irmão não toleraria nada que sequer ameaçasse o momento perfeito da Manu.

- Ai, meu irmão te ama tanto! Isso é tão lindo! Será que um dia eu vou encontrar um amor assim? – Sentei de frente pra ela com as mãos no rosto e sentindo a fumacinha quente do café subir da caneca até o meu nariz.

- Ah, eu também o amo tanto! E você vai encontrar o seu príncipe, como diz a Mel, só precisa deixar de lado essa obsessão com o... – Manu parou de falar e eu soube porque quando a voz do meu irmão rugiu atrás de mim.

- Declaração de amor cedo assim, baixinha? Gosto! – Meu irmão entrou na cozinha, ele era tão grande que ocupava praticamente todo o espaço. Ele se curvou e beijou a Manu, estavam vivendo num mundinho particular onde só havia amor e perfeição. – Eu também te amo! Mas me diz, qual é a obsessão da vez da minha irmã?

- Ah, o de sempre, você sabe, essa idéia fixa de que o Patrício vai demiti-la. – Manu explicou, ela não mentiu, porque não conseguia mentir, mas disse uma meia verdade.

- E ele terá razão em fazer isso! Lisa, você não deveria ter deixado o Patrício enganado sobre você! Parece uma criminosa, fingindo ser outra pessoa, se escondendo. – O Flávio falou pela bilionésima vez que eu tinha que ter dito ao Patrício quem eu era.

- Mas, Flávio, foi ele quem não se lembrou de mim! – Tentei argumentar.

CASAL 4 - Capítulo 2: Um presente sobre a mesa 1

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