Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 639

“Patrício”

Quando o avião pousou em Porto Paraíso ainda eram cinco da manhã, o dia estava amanhecendo. Apesar de eu não me sentir tão cansado pela viagem, ainda era muito cedo para ir ao escritório. Fui para casa, mesmo não tendo muita pressa de voltar para aquela casa.

Quando viajei eu contratei uma empresa de arquitetura e decoração para fazer uma grande reforma, eu não queria voltar para o mesmo lugar, não queria voltar para a casa onde vivi meses com a Virgínia, mas eu também não queria deixar aquela casa que eu gostava tanto e que já era minha há tanto tempo.

Pedi um projeto que mudasse tudo e inclusive mudasse o meu quarto para outro lugar da casa. A empresa fez tudo em tempo recorde, desde reformas estruturais até móveis novos, tudo havia sido feito. Quando ficou pronto a empresa me mandou as fotos e parecia ser uma casa totalmente nova, pelo menos nas fotos. Eu esperava que o efeito pessoalmente fosse o mesmo e para minha satisfação foi exatamente o que senti logo na entrada, eu parecia olhar para outro lugar, um lugar completamente novo.

Fui recebido pelo Romano, meu fiel mordomo. Parecia pomposo demais ter um mordomo e o Romano era muito mais que isso, eu o considerava um secretário e um bom amigo, mas ele insistia que o correto, e a forma como ele gostava de se referir ao seu cargo, era mordomo, então eu o atendia nisso.

- Que bom tê-lo de volta, Patrício! – Ele me recebeu com um sorriso sincero.

- Ah, meu amigo, eu amo a Espanha, mas, surpreendentemente, é bom estar de volta. – Abracei o Romano, ele sabia melhor do que ninguém o que havia se passado naquela casa. – Como vão as coisas?

- Muito bem! Sua reforma correu perfeitamente bem.

- Tenho certeza que você cuidou para que a empresa cumprisse as datas e as minhas vontades. – Eu ri, ele era um profissional habilidoso, mas com o mesmo rigor que cumpria com o seu trabalho, exigia que os demais cumprissem com os seus.

Pela hora seguinte ele me acompanhou em cada cômodo da casa e realmente havia ficado tudo impecável, eu nenhum ambiente havia mínima lembrança da casa como ela era antes, tampouco em nada me fazia lembrar a Virgínia. Estava linda, arejada, com ares mais modernos e cores totalmente novas. Eu gostei muito do que vi, principalmente o meu quarto, que foi colocado do lado oposto ao que eu ocupava anteriormente. As paredes do quarto que eu ocupava antes foram demolidas e agora havia um terraço visível através de grandes portas francesas com recortes arredondados no alto. Era lindo e deixava entrar muita luz naquele andar que antes era escuro. Caminhei até lá e havia uma mesa com cadeiras e um guarda sol de um lado do terraço, duas espreguiçadeiras do outro e muitas plantas decorando o espaço.

- Olha, eu adorei isso aqui! – Falei com o Romano que abriu um sorriso satisfeito.

Voltei para dentro e abri a primeira porta de frente para o terraço, era o meu novo quarto, maior mais iluminado e com uma linda vista para a piscina e o paredão de pedra que eu adorava no meu quintal.

- Essa reforma foi a melhor decisão que eu tomei nos últimos tempos, meu amigo! – Comentei mais uma vez.

- Concordo, Patrício, essa casa tem mais a sua personalidade que a antiga. – Romano sorriu ao meu lado. – Onde quer que eu sirva o seu café?

- Meu amigo, tem coisas que não mudam, vou tomar o meu café com você e a Wanda na cozinha. – Bati a mão no ombro do Romano que logo pediu licença e se retirou. Respirei fundo, estava contente com a reforma.

Depois de um banho e tomei um ótimo café da manhã com o Romano e a Wanda, a cozinheira que também estava comigo há muito tempo e me deixava mal acostumado com os mimos que me preparava na cozinha. Lhes entreguei os presentes que trouxe da viagem e fui para o escritório.

Quando cheguei ao escritório eu me senti realmente em casa. Eu amava aquele lugar, ali era mesmo o meu lar doce lar. Ninguém havia chegado ainda, fui até a minha sala, dei uma olhada em tudo e depois saí deixando os presentinhos que eu havia trazido sobre as respectivas mesas. Deixei o da minha assistente, no qual eu havia caprichado mais, precisava dar a ela uma melhor impressão sobre mim. Deixei o da Manuzinha, o do Rick e por fim entrei na sala do Alessandro para deixar o dele, mas meu amigo já estava em sua mesa em pose de batalha.