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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 643

“Patrício”

Saí da minha sala e minha assistente não estava em seu posto de trabalho. Olhei sobre a mesa dela a caixa de bombons e vi o cartão. Ah, mas a garotinha já tinha um fã! Eu teria que resolver isso, por mais que ela fosse irritante, eu não poderia deixar qualquer um se aproximar, ela era irritante, mas era irmã de um amigo. Eu coloquei o cartão sobre a mesa no momento em que ela entrou.

- Deseja alguma coisa, Sr. Guzman? – Essa garotinha tinha se tornado atrevida. Era até engraçadinha assim.

- Que você esteja no seu posto de trabalho e não perambulando por aí. – Ela aprenderia a ser responsável, eu me encarregaria disso.

Ela passou por mim, esbarrando de leve no meu peito, me deixando sentir seu perfume mais uma vez, e se sentou, guardou o cartão e os chocolates na sacola e tirou de cima da mesa, colocando sobre o móvel que ficava atrás da cadeira. Então ela ligou o computador, como se eu não estivesse mais ali. Eu saí da sala dela e parei na recepção, encarando a Manu.

- Por que você não me contou, Manu? – Perguntei pra ela e ela suspirou antes de falar.

- Porque não cabia a mim fazer isso. Além do mais, você convive com ela desde sempre, como você não a reconheceu? – Manu parecia não saber das coisas.

- Ai, Manu, você não sabe o que aconteceu da última vez que aquela garotinha e eu nos encontramos, não é?

- Não, Patrício, eu não sei, ela ainda não me contou. Mas eu sei que o que aconteceu a magoou muito, você a magoou muito, e parece que acabou de magoá-la novamente. – Manu estava me repreendendo? Ela não via o meu lado?

- Manu, foi ela que mentiu! – Argumentei.

- Tem certeza que ela mentiu, Patrício? – Manu me fez uma pergunta que eu não consegui responder. Eu me afastei da mesa dela e fui até a sala do Alessandro.

- Vem cá. – Quando passei pela mesa do Rick, fiz sinal para que ele me acompanhasse.

- Muito bem, qual dos dois vai me contar como essa confusão começou? – Perguntei ao me sentar em frente ao Alessandro.

- Você deveria ter perguntado isso antes de agir como um babaca! – O Rick me encarou e eu olhei para ele o reprovando.

- Eu fui o babaca? – Perguntei.

- Patrício, eu entendo que você fique chateado porque ninguém desfez a confusão. Mas você deveria ter me perguntado antes de falar com ela. – Alessandro chamou a minha atenção.

- Estou perguntando agora, Alê! – Olhei para o meu amigo que estava bem sério.

- Mas agora você já foi um babaca com ela! – Alessandro me reprovou.

- Você não sabe o que eu falei com ela. – Reclamei.

- Se eu te contar como foi que ela estava da última vez que a vi... – Balancei a cabeça. – Na verdade, eu lembro dela com onze anos, nessa época eu era um idiota de dezenove anos. Depois disso os pais a mandaram para um colégio interno e eu a vi novamente no casamento do Flávio, ela já estava com quinze anos, mas tinha sofrido uma crise alérgica e estava irreconhecível. E aí eu não a vi mais.

- Ah, agora entendi. – Alessandro ainda tinha um sorriso no rosto. – Mas por que vocês não se dão bem?

- Ah, cara, muitas coisas. Ela é uma garotinha esquisita e mimada. E aconteceram muitas coisas no casamento do Flávio e antes disso. – Era muito passado para explicar e um passado que eu sentia até vergonha.

- E o Flávio vai se casar de novo e você será padrinho, ao lado dela. – O Rick me lembrou.

- Ainda tem isso. Se vocês dois são tão amigos, porque você não faz par com ela? – Reclamei.

- Porque eu pedi para não ser padrinho do casamento religioso, não me sinto confortável para aceitar esse encargo nesse momento e eles compreenderam. – Rick explicou e eu o encarei sem entender. – A Taís me pediu o divórcio, então nesse momento eu não sou um grande fã de casamento e nem sei se acredito nele, e o Flávio e a Manu não precisam disso no casamento deles. Eu vou ser a testemunha do casamento civil e eles dizem que consideram a mesma coisa.

- Espera, a Taís o quê? – Eu não acreditava que estava acontecendo tanta coisa.

Depois que o Rick me contou que a Taís havia ido embora sem nem se despedir e que meses depois resolveu pedir o divórcio, muito do comportamento da Virgínia fez sentido pra mim. Mas isso tudo agora não tinha mais a menor importância, a única coisa que importava é que meu amigo, assim como eu, estava sofrendo e eu não percebi.

Ainda conversamos por muito tempo, por toda a manhã e o almoço. Eles tentavam me convencer de que a Lisandra era ótima e que, fosse qual fosse o motivo de eu implicar com ela, deveria deixar de lado e observá-la, que eu me daria conta de que ela era uma ótima pessoa. Eu não estava muito certo disso. E fiquei menos certo quando voltei do almoço e vi o que a minha assistente fez.

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