“Lisandra”
Eu me senti tão confortável na casa do Patrício, que foi como estar em minha própria casa. A casa era linda, arejada, cheia de luz e o Romano e a Wanda eram incríveis. Mas o que mais me surpreendeu foi como o Patrício foi gentil e agradável comigo, e o quanto ele se lembrava de coisas da minha infância, coisas que eu achei que ele simplesmente nem tinha notado.
- Pronta para ir? – O Patrício parou atrás de mim enquanto eu admirava o jardim próximo ao paredão de pedra no quintal.
- Ah, não sei não, eu poderia ficar morando com o Romano e a Wanda. E essa casa é incrível! – Suspirei vendo algumas borboletas dançarem sobre as flores.
- Pra isso você teria que morar comigo! – A resposta dele me pegou de surpresa e ele percebeu e explicou. – Eles moram comigo, então para morar com eles, você teria que morar comigo também. Uma coisa é certa, não haveria monotonia nessa casa.
- É melhor irmos, antes que você comece a gritar comigo e estrague a harmonia da casa. – Me virei rindo e ele segurou o meu braço antes que eu me afastasse.
- Eu não vou gritar com você! – Ele estava sério, pela primeira vez desde que saímos do escritório. Eu senti como se fosse uma garantia, mas eu sabia que ele não conseguiria se controlar por muito tempo.
- Vamos, minivan, ainda temos que ir ao meu apartamento.
- Minivan? – Ele me olhou divertido. – Minivan? Ah, garotinha, você não poderia estar mais enganada. Vamos!
- Talvez devêssemos chamar um taxi e pegar o carro da Manu. Os alfajores não vão caber no seu brinquedinho. – Me preocupei com o espaço mais do que reduzido do super esportivo que ele dirigia.
Ele saiu me puxando para a garagem e quando abriu a porta as luzes se acenderam. Eu olhei pasma para aquilo. Haviam oito carros na garagem. Aquilo era um disparate. Me virei pra ele chocada.
- Você tem uma agência de carros? – Perguntei e entrei na garagem passando entre os veículos. Havia um Volvo elegante e prático para o dia a dia, um SUV moderno, uma caminhonete, um Jaguar, uma Masserati, um Impala 67 e um Bel Air 54, além do Aston Martin.
- Eu gosto de carros. – Ele respondeu dando de ombros. – Escolhe um.
- Homens e seus brinquedos! – Olhei para ele e ri. – Acho que é melhor usarmos o SUV, tem mais espaço interno para as caixas de doces. Mas depois eu vou querer dar uma volta nesse Bel Air.
- Ah, a jóia da coroa! Você não é boba! – Ele sorriu orgulhoso e pegou uma chave num painel iluminado.
Fomos para o apartamento, quando chegamos, notei que a minha mala já tinha sido levada pelo meu irmão e a Manu, então não tinha muito o que fazer, era só tomar um banho e trocar de roupa. Depois de pegar as alianças e os alfajores nós finalmente pegamos a estrada.
Estávamos em um silêncio confortável. Desde que estivemos no apartamento ele parecia meio tenso e eu não entendia porque, mas achei melhor não perguntar. E parecia que a cada minuto que passava ele ficava mais tenso. Eu me concentrei em observar a paisagem que passava. Já era noite quando chegamos à fazenda. O Patrício estava quieto e calado e depois que chegamos ele não falou mais comigo.
Eu estava sem sono e fui à cozinha em busca de um copo de leite morno com canela, isso sempre me ajudava a dormir. Encontrei o Patrício sentado, tão compenetrado no copo vazio que segurava, que parecia estar em uma profunda reflexão.
- Tudo bem aí? – Perguntei ao passar por ele a caminho da geladeira. Ele me olhou e deu um longo suspiro.
- Estou sem sono.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......