“Patrício”
Eu quase a beijei de novo! Ficar sozinho com essa garota estava se tornando um problema bem sério e agora nós estaríamos juntos e sozinhos pelas próximas horas no espaço confinado de um carro. Fiquei aliviado quando a porta do elevador se abriu na garagem do prédio.
Eu tinha quase certeza de que ela estava flertando comigo e quando eu perguntei se ela não me amava, foi uma brincadeira, eu estava esperando uma resposta atrevidinha e mal educada, mas ela ficou desconcertada, daquele jeitinho encantador, com as bochechas coradas e os olhos arregalados. Eu começava a ter dificuldade para me afastar dessa garota.
Chegamos ao meu carro e eu abri a porta pra ela. Ela olhou bem para o carro e depois me encarou.
- Um super esportivo? Sério? – Ela balançou a cabeça em reprovação e entrou no carro.
- Minha filha, isso aqui não é um carro, é uma máquina! – Falei quando sentei ao seu lado e passei a mão pelo painel do carro. – É um Aston Martin DB12! Um V8, 4.0, biturbo, minha linda! Desempenho superior, melhor dirigibilidade, mais potência. Isso aqui é uma jóia, o meu bebê!
- Sério? O carro do zero zero sete? – Ela me encarou e começou a gargalhar
- Eu te dei quase a ficha técnica dessa belezinha e você só pensou nisso? Ah, para! E o do zero zero sete é o DB10, eu não consegui comprar um, só foram produzidos dez dele. – Dei partida no carro e comecei a sair da vaga. – Olha, vou te dizer uma coisa, se eu fosse um carro, eu seria esse carro!
- Desempenho superior, melhor dirigibilidade, mais potência? – Ela me olhou de soslaio. – Não sei não. Acho que você seria uma minivan, praticidade e eficiência.
Eu freei antes de sair pela cancela e a encarei, me aproximei bem daquele rostinho perfeito e olhei aqueles olhos que pareceram ansiosos.
- Você não pensaria assim se tivesse experimentado! – Eu consegui a deixar sem graça de novo, mas eu não estava satisfeito, ela fez piada com o meu carro, então que aguentasse agora. – Se bem que você já teve uma provinha.
Seus olhos quase saíram das órbitas.
- Do-do que você está falando? – Ela ficou nervosa e eu ri, eu sabia pra onde a mente dela tinha ido, mas eu não ia mexer nesse vespeiro, era demais até pra mim. Então eu me afastei e comecei a dirigir antes de responder.
- Estou falando do show que você aproveitou hoje no meu escritório! E você adorou! – Fiz referência sobre o momento em que tirei a camisa no meu escritório essa manhã e ela finalmente voltou a respirar.
- Você se acha, né? – Ela riu, aliviada, mas tentando recuperar o humor. Eu comecei a rir, provocar a Srta. Lisandra agora era infinitamente mais divertido.
Quando chegamos a minha casa, ela observava tudo com interesse. A apresentei ao Romano e ela foi gentil e amigável com ele, o encantando logo no primeiro sorriso. Essa garota era tão espontânea, tão amável com todos e eu me afastei disso a vida toda.
- Romano, será que a Wanda consegue providenciar o almoço? – Perguntei e ele admirou a Lisandra mais uma vez.
- Do que a senhorita gosta? – Ele perguntou diretamente a ela e com um sorriso que geralmente ele não dava a estranhos.
- Eu como qualquer coisa. – Lisandra respondeu sem constrangimento.
- Ela come qualquer coisa, mas é alérgica a camarão. Aliás, espero que sua injeção esteja na sua mala. – Olhei para ela e vi que ela já estava pensando sobre o assunto sem muita certeza.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......