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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 679

“Lisandra”

Eu sabia que o que estava rolando entre o Patrício e eu não era nada além de sexo pra ele. E eu sabia muito bem que mais cedo ou mais tarde ele poria fim a isso. Eu esperava que fosse mais tarde, bem mais tarde. Contudo, quem está na chuva é pra se molhar e eu estava justamente fazendo isso. Se era assim que eu poderia tê-lo um pouquinho, eu aproveitaria ao máximo e mostraria pra ele que ficar comigo poderia ser muito bom.

Voltei para o quarto para me arrumar e sair e vi a valise dele sobre o banco da minha penteadeira. Arrumei um espaço no closet, liberei uma gaveta e guardei as coisas dele. Ele já havia deixado um monte de coisas no banheiro também. Depois eu me arrumei e saí. Fui às compras e liguei para a Mel no caminho.

- Não me diz que só agora o Guzman saiu daí? – Melissa era uma graça.

- Sim, só agora! – Eu sorri.

- Quais são seus planos pra hoje? – Eu já imaginava que ela ia querer me encontrar para saber de tudo.

- Eu estou indo fazer compras para o apartamento e depois eu não sei. O Patrício disse que volta à noite.

- Eu vou te encontrar, também preciso fazer compras, depois a gente almoça juntas, o que você acha? – Eu gostava da idéia de ter companhia.

- E cadê o Nando? – Ela suspirou ao ouvir o nome do namorado.

- Ele foi encontrar o tio Álvaro, acho que foram jogar tênis.

Combinamos onde nos encontrar e ela não demorou a chegar. Veio em minha direção com dois copos enormes de suco nas mãos.

- Vamos hidratar e ficar lindas. Suco de cenoura com laranja. – Ela me entregou um copo e realmente estava uma delícia e super gelado.

Enquanto andávamos pelos corredores do mercado eu contava para a Melissa sobre tudo o que tinha acontecido e como o Patrício decidiu manter as coisas. Ela me ouviu atentamente.

- Você gosta dele, não é? Isso pra você não é só tesão. – Ela tocou num ponto sensível pra mim.

- Mel, eu sempre gostei dele, não me lembro quando foi que virou esse sentimento tão grande, mas eu sempre fui apaixonada por ele. No entanto, ele sempre me detestou. – Acabei contando para a Melissa sobre tudo o que aconteceu entre o Patrício e eu antes, sobre as brigas, as coisas horríveis que ele me falava e as coisas que eu o ouvi dizer sobre mim para o meu irmão quando eu tinha quinze anos. – E as coisas se repetiram no casamento do Flávio e da Manu.

- Você disse que as coisas se repetiram? – Melissa me olhou confusa, a última frase eu havia dito mais para mim mesma, mas ela ouviu.

- A crise alérgica. – Respondi simplesmente e ela parou de empurrar o carrinho e me virou de frete pra ela.

- O que você não está contando?

- Como assim?

- Crise alérgica, pelo que eu imagino, você já teve várias. O que se repetiu no casamento do Flávio e da Manu?

Eu fiquei nervosa e sem saber como remendar o assunto, mas eu já conhecia a Melissa o suficiente para saber que ela é como um raio x, vê exatamente quando mentimos ou escondemos algo. Então contei para ela o que aconteceu no primeiro casamento do meu irmão depois da crise alérgica, contei que o Patrício voltou ao meu quarto, que estava bêbado e me beijou. No fim, foi bom falar sobre aquilo com alguém pela primeira vez.

- Mel, não perde tempo, não vai funcionar. – Eu ainda estava rindo.

- Minha amiga, eu nunca perco tempo! E você, o que tem a perder? O cara está na sua cama! Aproveita essa chance, doida! – Melissa tinha razão, até que não faria mal eu tentar conquistar o Patrício.

- Mas, Mel, eu não quero me iludir e depois ficar...

- Depois ficar chorando? E isso não vai acontecer de qualquer jeito? – Ponto pra ela, eu não tinha como contra argumentar isso.

- Ah, quer saber, você tem razão, por que não? Vai que eu dou sorte?

- Assim que eu gosto. Vamos terminar aqui deixar as compras em casa e depois nós vamos colocar o nosso plano em ação.

- E em que consiste o nosso plano?

- Consiste em mostrar para o Patrício que você é a mulher dos sonhos dele. Acredite em mim, você é!

Eu aceitei aquela ajuda, mal não faria. Além do mais era bom ter alguém com quem eu pudesse conversar sobre aquela situação. Melissa determinou que eu deveria começar com um jantar despretensioso, um bom vinho, uma conversa interessante. Nada de romantismo, deveria ser só aconchegante, afinal eu não poderia assustá-lo demonstrando logo que eu era louca por ele. Eu já havia pensado nisso, se ele percebesse meus sentimentos ele terminaria tudo rapidinho e fugiria, com medo do resultado. Então eu segui os conselhos da Mel.

Depois que deixamos as compras em casa, nós fomos almoçar no shopping e comprar mais umas coisas para o que a Mel chamou de projeto zero zero sete, pois ela se lembrou do que eu falei sobre o carro dele. Melissa tinha um senso de humor único e umas idéias que eram quase como tirar um coelho da cartola. Mas ela era boa nessa coisa de conquista, confesso que ela me deu umas dicas interessantes e me deixou cheia de confiança no meu objetivo. Com o projeto adiantado, nós tínhamos tempo e passamos para visitar a Cat e as crianças.

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