“Patrício”
Saí da casa do Alessandro com a cabeça cheia, o Heitor me disse muitas coisas e ele tinha razão em quase tudo. Eu só não sabia se ele estava certo em dizer que eu estava me apaixonando pela Lisandra. Claro que não era isso, acontece que nós tínhamos história e ela sempre foi encantadora. E também, ela era linda demais e ficar com ela tinha sido incrível, mas daí a me apaixonar por ela tinha uma longa distância. Tudo bem que ela não saía da minha cabeça e se eu fosse inteligente eu estaria me mantendo a léguas de distância dela, mas nesse momento eu não era inteligente, eu só queria estar com ela.
Fui pra casa e enquanto me arrumava eu pensava se não seria melhor ligar para ela, desmarcar e me manter longe dela pelo resto da semana, e talvez fosse melhor mesmo, mas eu não queria. Além do mais eu podia lidar com isso, não precisava fugir. Mas talvez eu devesse.
Contudo, no fim eu deixei a prudência de lado e saí de casa, eu iria passar a noite com o meu doce, como nós havíamos combinado. Eu deveria ter me mantido longe, mas agora que eu já havia chegado tão perto dela eu não conseguia mais recuar.
Ela abriu a porta pra mim, com um sorriso que fez valer a pena não desistir. Ela estava usando um vestidinho cinza, justinho e curto, de alcinhas bem finas. Eu entrei e ela me beijou, com aqueles lábios doces que exalavam o aroma de framboesas maduras. Seus braços estavam em torno do meu pescoço e sua língua explorava a minha boca de forma habilidosa, como se quisesse misturar o seu gosto com o meu, mas tudo que ela conseguia era deixar o seu gosto em minha boca para me fazer a querer mais.
- Parece que alguém está feliz em me ver. – Comentei com os braços ainda em sua cintura e dei um beijo na ponta do seu nariz.
- Tive medo que você não viesse, depois que o Heitor nos viu. – Era como se ela tivesse espionado os meus pensamentos e ela me olhava como se estivesse ansiosa.
- Meu doce, está tudo bem, o Heitor é um amigo e como um bom amigo vai ficar calado. Assim como eu sei que a Mel também fará. – Eu a abracei e enfiei o nariz nos seus cabelos.
- Eu fiz o jantar! – Ela anunciou efusivamente.
- E não está molhada e nem botou fogo no apartamento? – Brinquei e ela riu, saiu do meu abraço e deu um tapinha no meu braço.
- Isso só aconteceu uma vez. Depois a minha mãe me colocou numa aula de culinária e eu agora cozinho muito bem. – Ela falou com orgulho.
- Ah, agora eu estou curioso! O que temos para o jantar?
- Tortellinis. Massa caseira! – Ela falou orgulhosa.
- Eu amo massa. – Ela riu e saiu em direção à cozinha.
- Pode se sentar à mesa então, eu já vou servir.
Lisandra havia colocado a mesa com muito capricho, havia um arranjo de flores sobre ela e um vinho, que combinava perfeitamente com a massa, já descansava ali. Ela serviu uma linda travessa de tortellinis que cheirava muito bem e para minha surpresa estavam deliciosos. A conversa fluiu leve e descontraída. Ela sorria e eu tinha certeza de que vir vê-la foi a melhor coisa que eu fiz hoje desde que saí desse apartamento pela manhã.
Depois do jantar nos sentamos na sala e tomamos o restante do vinho. Eu estava como que enfeitiçado por ela, nada mais me importava quando ela estava assim tão perto. Ela colocou a taça sobre a mesinha de centro e me encarou. Eu fiz um carinho na lateral do seu rosto e a beijei. Era cada vez melhor beijar a boca dela, como se a cada vez o beijo ficasse mais afinado. Sem deixar de me beijar ela se ajeitou e se sentou em meu colo. Eu apertei os meus braços em volta do seu corpo e não conseguia parar de beijá-la.
- Senti sua falta hoje. – Falei em seu ouvido.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......