“Lisandra”
Ele estava me olhando como se estivesse processando aquelas duas palavras, como se levasse um tempo para compreender que eu tinha pesadelos recorrentes.
- Espera, no dia em que a minha mãe esteve aqui ela te perguntou por pesadelos, eu estou neles com frequência? – Eu esperava que ele não me perguntasse isso, mas eu não mentiria.
- Desde que você gritou comigo pela primeira vez eu tenho pesadelos. Em geral são versões de você gritando comigo e dizendo que me detesta e que eu sou uma menininha mimada e insuportável. Antes de você voltar de viagem eram formas diferentes e cruéis de você me demitir. – Eu abaixei os meus olhos. – E nos últimos dias era você dizendo que amava a Sabrina e que ela era uma mulher e eu apenas uma menininha mimada.
- Nos dias em que dormimos juntos você não teve nenhum pesadelo. – Ele me observava como se quisesse capturar cada mínima reação que eu tivesse.
- Nos dias em que dormimos juntos eu estava relaxada e feliz, por isso não tive pesadelos. Poderia ter tido sonhos com você, o que também acontece, mas acho que você ali comigo já era o meu sonho. – Eu suspirei e notei um sorrisinho convencido no rosto dele, mas continuei a falar. – Esses pesadelos são vívidos e me causam um terror absoluto. Eu falo dormindo e grito muitas vezes. Acordo me sentindo mal e às vezes eu não consigo acordar. Minha mãe me levou a todo tipo de especialista em sono, terapias do sono, e tudo mais. Mas nada resolveu.
- Eu te fiz muito mal, como você ainda pode gostar de mim? – Ele colocou a mão delicadamente sob o meu queixo e me fez olhar pra ele.
- Eu simplesmente te amo, Patrício, desde sempre eu te amo. – E eu já estava chorando de novo. – Eu não sei quando todo aquele afeto infantil que eu sentia virou amor, mas eu te amo desde que eu consigo me lembrar. Eu tentei te esquecer, muito, mas eu não consigo. E aquele beijo no meu quarto não facilitou as coisas pra mim. Eu simplesmente te amo e não há espaço no meu coração para mais ninguém e nem mesmo para te odiar.
Pronto! Eu me declarei, agora eu saberia se ele sairia correndo, se seria demais pra ele lidar com os meus sentimentos ou se ele estava mesmo disposto a tentar. Ele me olhou por um momento que pareceu longo demais.
- Eu não sei o que eu sinto por você ainda, mas eu sei que é algo que não permite que eu me afaste de você, como se eu precisasse estar perto de você para me sentir bem. Eu quero estar com você o tempo todo, eu sinto falta dos seus beijos, sinto falta do calor do seu corpo, sinto falta do seu cheiro em minha pele. Eu não sei o que é isso e nem onde isso vai nos levar, mas eu quero muito ficar com você, namorar você e deixar que você continue jogando seu feitiço em mim. Mas eu não quero te magoar.
- Eu imaginei que isso fosse acontecer. – Eu abaixei os olhos e tentei sair do seu colo mais uma vez, mas ele me segurou ali.
- Ei, imaginou o quê? Vamos parar de imaginar? Nós não somos bons nisso. De tanto imaginar nós passamos os últimos quatro dias longe um do outro e eu estou morrendo de saudade de você!
- Está? – Eu o encarei e ele sorriu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......