“Lisandra”
O Alessandro tocou num ponto muito sensível para o Patrício e eu sabia disso, imediatamente ele ficou tenso e é claro que eu percebi, mesmo que ele tenha tentado disfarçar no segundo seguinte com um sorriso. Isso poderia fazer um estrago no meu recém namoro, mas eu não permitiria que as coisas degringolassem assim, eu não ia deixar o clima entre nós esfriar por causa de algo com o qual eu podia lidar no momento. Eu decidi ser inteligente e tirá-lo do desconforto. E além do mais, eu precisava ter confiança no meu propósito de conquistá-lo.
- Cariño, nós podemos jantar com eles e sair mais cedo, mas nós temos que ir para o meu apartamento, você já tinha deixado algumas coisas lá, seria mais prático. – Falei sem deixar transparecer que eu percebi o seu incômodo e ele relaxou imediatamente.
- Tem razão, seria mais prático. Mas não seria o mais honesto. Vem cá. – Ele suspirou e me puxou para os seus braços. – Eu mandei reformar a casa inteira, você sabe porque. Eu ainda não me sinto pronto para levar você para dormir lá.
- Cariño, eu sei e eu entendo! Eu sei exatamente o que você sente, você não quer ter lembranças lá que não sejam definitivas, com a mulher com quem você vai dividir a vida. E nesse momento você ainda não sabe, mas essa mulher sou eu e quando você descobrir, você vai me levar até lá. Tome seu tempo e não se preocupe com isso, hã?!
- Você entende mesmo! – Ele passou a mão pelo meu cabelo e brincou com a ponta. – E está tudo bem pra você?
- Está tudo bem pra mim, desde que você esteja confortável e feliz. – Era verdade, pouco me importava em qual cama dormiríamos, se ele estava comigo, o resto era uma questão de acomodar as coisas.
- Eu preciso descobrir qual é o seu defeito, porque você tem que ter um, você não pode ser perfeita assim! – Ele me apertou em seu abraço e eu ri.
- Não sou eu quem vai te contar qual é. Pra mim é ótimo que você pense que eu sou perfeita.
- Espertinha! – Ele me beijou, já estava novamente relaxado e divertido.
- Vamos, vamos jantar na casa do Alessandro. Eu sei que tem um carinha lá que vai roubar a minha namorada, mas eu vou arriscar.
Eu ri, pois sabia bem que ele estava falando do Augusto, filho do Alessandro e da Catarina. Saímos do escritório abraçados. Quando chegamos ao estacionamento e eu vi o carro eu não me aguentei e comecei a rir.
- O carrinho do zero zero sete? – Olhei pra ele divertida.
- Ah, se tornou o meu carro preferido depois que meu doce me comparou com ele. – Ele sorriu convencido.
- Então vou te dizer uma coisa. – Me aproximei do seu ouvido e falei baixinho. – Você é muito melhor do que ele!
- Ah, mulher, assim vai ficar difícil ir jantar com os nossos amigos. – Ele me beijou.
- É uma pena que esse carrinho seja tão pequeno... – Deixei a sugestão no ar.
- Droga! Amanhã eu vou vir trabalhar com o Bel Air!
Eu comecei a rir e entrei no carro. Durante todo o caminho ele me tocava, me beijava quando parava nos semáforos, segurava a minha mão e nós conversamos animados sobre os planos para a semana. Na casa do Alessandro fomos recebidos pela Catarina.
- Eu estou tão feliz por vocês dois! – Catarina me abraçou! – Fica tranquilo, Pat, o Flávio vai entender.
- Tomara, Cat! Mas se ele não entender, terá que se acostumar. – O Patrício respondeu a Catarina e eu fiquei feliz com a sua resposta, significava que ele não ia voltar atrás por causa do meu irmão.
- Titi Isaaa! – O Augusto gritou e veio correndo com os braços estendidos pra mim.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......