“Patrício”
Eu já havia percebido o que a Lisandra estava fazendo, mas ela também não era nada sutil, aquele café da manhã foi planejado por ela, ela me mimava e era extremamente carinhosa e eu adorava essa personalidade dela. Ela estava me conquistando e eu estava muito feliz com isso. Eu fui criado por pais muito amorosos e que sempre incentivaram a demonstração de afeto. Em minha casa nós nos abraçávamos e sempre éramos carinhosos uns com os outros e meus pais, eles viviam como se fossem um casal de namoradinhos adolescentes, sempre aos beijos e declarações de amor. E era isso que a Lisandra estava me proporcionando, justamente o que eu sempre admirei que havia entre os meus pais e eu idealizei para mim. Era irresistível o que ela fazia.
Eu gostava de ser mimado e paparicado, adorava o jeito carinhoso dela, mas nada me encantava mais do que a sua franqueza, seu coração aberto e sua atitude positiva. Ela me tocava o tempo todo com um gesto carinhoso e permitia que eu a tocasse, nunca era demais, nunca era exagerado. Eu me sentia muito à vontade com ela, à vontade para dizer o que eu queria, à vontade para fazer o que eu queria. É, ela sabia o que estava fazendo e ia conseguir o que queria muito rápido. Eu já estava totalmente à mercê dela.
- Meu doce, o Flávio chega no domingo e eu pretendo conversar com ele, mas no próximo final de semana, eu quero ir a Campanário falar com seus pais. – Falei com ela no elevador do escritório.
- Cariño, você não tem que falar com ninguém. Nós estamos namorando e pronto, eu não sou uma menina que precisa da aprovação dos pais para ter um namorado. Se fosse quando eu tinha quinze anos... – Ela suspirou e eu ri. Então, aproveitando que estávamos só nós dois no elevador, eu me virei para ele e segurei carinhosamente o seu queixo.
- Se fosse quando você tinha quinze anos, eu teria pedido aos seus pais para namorar você logo depois daquele beijo, e eu teria sido respeitoso e acatado as regras que eles certamente imporiam, namoraria você de bom grado sentado no sofá da sua casa sob a atenta supervisão da sua mãe e não teria te levado pra cama até que você fosse maior de idade, dona e senhora desse narizinho lindo. Mas, você frustrou meus planos e fugiu de Campanário antes que eu pudesse falar com seus pais. – Disso ela não sabia e eu sabia que ela ficaria surpresa com essa confissão. Ela arregalou os olhos surpresa e prendeu a respiração.
- Não... você não ia! – Ela estreitou os olhos.
- Ah, eu ia! Por que você acha que eu voltei à sua casa no dia seguinte?
- Não... você não ia! – Ela repetiu e eu ri.
- Ia sim! Eu queria falar com você e perguntar se você queria ser minha namorada, porque eu só pensava naquele beijo, e depois eu falaria com os seus pais. Mas você fugiu e eu só pude imaginar que você me odiava, tanto pelo beijo, quanto por todas as vezes que eu fui um idiota com você. Aí a vida seguiu pra nós dois por caminhos separados até agora.
Eu estava sendo muito sincero, era algo que eu nunca contei a ninguém. Depois que eu a beijei no quarto dela, tantos anos antes, eu fui pra casa e fiquei louco com os meus pensamentos. Então eu decidi que eu poderia pedi-la em namoro e levá-la muito a sério, que, apesar da diferença de idade, ela já não era mais uma criança e, desde que eu fosse respeitoso e honrado, eu poderia namorá-la. Agora eu olhava para os olhos dela brilhando pra mim e percebi a emoção quase transbordando deles, enquanto o meu coração estava ficando leve por esclarecer tantas coisas com ela.
- Agora a idiota fui eu! – Ela falou depois de um tempo. – Eu estava tão triste por você ter saído brigando comigo que eu só pensei em ir embora para aquele internato horroroso!
- Não, você não foi idiota. Eu que não agi bem com você. – Passei a mão pelo seu rosto.
- Mas agora eu não sou mais uma adolescente de quinze anos! – Eu ri da sua insistência.
- Eu sei, minha linda, mas acontece que nossas famílias são amigas e o mínimo que eu posso fazer é falar com eles de frente, para que eles fiquem tranquilos, para que saibam que eu respeito você e respeito a amizade das nossas famílias.
- Ai, Patrício, isso é tão fora de moda! – Ela riu, aquela risadinha adorável, e disfarçadamente secou uma lágrima no canto do olho.
- Então eu estou fora de moda! – Sorri pra ela.
- Está bem, faça como achar melhor.
- E você acha que eu vou ficar com essa notícia guardada só pra mim por duas semanas? Mas não vou mesmo, Patrício! – Minha mãe não se dobraria fácil.
- Mãe, por favor, o Flávio chega no domingo e eu vou falar com ele, e no final de semana seguinte eu vou falar com o Sr. Moreno e a dona Inês. – Minha mãe me olhava com desdém, não estava levando em conta nada do que eu dizia.
- Ah, está bem, Patrício. Mas agora eu quero saber de tudo direitinho. – E minha mãe não me deixaria trabalhar se eu não contasse como tudo aconteceu. Então, puxei a Lisandra para a minha sala e nos sentamos no sofá. Durante a hora seguinte nós contamos para os meus pais tudo o que tinha acontecido no dia anterior, quer dizer, quase tudo, tinha coisas que eles não precisavam saber.
Quando finalmente conseguimos terminar a ligação eu joguei o celular sobre o sofá e fiquei pensando.
- O que foi, cariño? – Lisandra me perguntou.
- Eu duvido muito que meus pais vão conseguir guardar a notícia, eles vão contar para os seus pais. Mas eu queria muito falar com o Flávio primeiro.
- Sabe o que eu acho? – Olhei para ela esperando que ela me dissesse. – Acho que você deveria pensar menos em minha família e mais em me beijar. Ela me deu um sorrisinho sedutor.
E eu tinha que concordar que a idéia dela era muito boa!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......