“Patrício”
Depois que a Lisandra saiu da minha sala, depois de uma sessão de beijos que quase me fizeram levá-la de volta pra casa, eu pensei um pouco mais e decidi que precisava fazer uma ligação, não era o ideal, mas era necessário e correto. Então fiz mais uma chamada de vídeo.
- Ora, ora! Patrício Guzman me dando a honra de me procurar! – O Sr. Moreno atendeu de bom humor.
- Bom dia, Sr. Moreno, me desculpe incomodá-lo tão cedo, mas eu gostaria de tratar com o senhor um assunto pessoal. – O César Moreno era um homem simpático, mas ele era um pouco mais formal que o meu pai, embora os dois fossem grandes amigos.
- E esse assunto pessoal por acaso se chama Lisandra? – Eu comecei a suar, isso não seria fácil. Mas como ele sabia?
- Sim, senhor. – Eu me senti de repente um adolescente indo pedir a menina que gostava em namoro pela primeira vez na vida.
- Então, me dê um minuto. – Ele se levantou com o celular em mãos e caminhou, voltando a se sentar. Então percebi que ele estava em casa. E aí a dona Inês entrou no vídeo ao seu lado. – Pronto, filho, achei importante a Inês participar, assim você não precisa falar a mesma coisa duas vezes.
- Bom dia, dona Inês! – Cumprimentei formalmente a mãe da Lisandra.
- Bom dia, Patrício. Como você está? – Ela era sempre afável e simpática. Os Moreno sempre me receberam de braços abertos na casa deles e na família deles.
- Muito bem, obrigado. Eu gostaria de falar com os senhores sobre a Lisandra.
- Ah! Finalmente! Mas sua ligação está um pouquinho atrasada, você não acha? – Dona Inês sorriu.
- Sim, imagino que o Raul ou os meus pais possam ter comentado algo e me desculpo por isso. – Era o que eu pensava.
- Não, nenhum deles comentou nada. – O Sr. Moreno se surpreendeu.
- Patrício, eu esperava que tivéssemos essa conversa há uns anos atrás. – Dona Inês explicou.
- Sobre isso, dona Inês, eu lhe devo desculpas. – Eu estava um pouco sem graça e muito nervoso.
- Não me deve nada, querido! Então, vocês estão namorando? – Ela foi logo ao ponto e eu me surpreendi.
- É... sim, dona Inês, Lisandra e eu estamos namorando e eu achei importante conversar com os senhores e deixar claro que eu vou me comportar dignamente e espero que os senhores estejam de acordo com o nosso namoro. – Eu estava me sentindo um adolescente, nem sabia direito o que dizer.
- Patrício, eu teria permitido o seu namoro com a minha filha há muitos anos, se você tivesse sido menos teimoso, e o teria recebido na família de braços abertos e com alegria. Agora eu não preciso permitir, mas agradeço por você ter tido a gentileza de nos ligar. Sei que você se tornou um grande homem, Patrício, minha filha está em boas mãos. – O Sr. Moreno me surpreendeu!
- Você sempre foi digno, Patrício! Você é honrado e eu sei que seus pais te criaram muito bem, eu não poderia desejar genro melhor. – Dona Inês me deixou sem palavras, ela era muito exigente e estar em tão alta conta com ela era um privilégio.
- Eu agradeço muito! E fico feliz, mas, se não for muita ousadia da minha parte, eu gostaria de fazer um pedido. – Eu estava mais confiante agora que sabia que eles não se opunham ao meu namoro com a Lisandra.
- Você quer contar ao Flávio pessoalmente. – O Sr. Moreno me encarou e eu fiz que sim. – Boa sorte, porque ele vai ficar bem chateado quando souber, mas você sabe que depois vai ficar tudo bem, não é mesmo?!
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......