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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 712

“Patrício”

Eu estava agarrado à Lisandra, dormindo feliz e satisfeito depois da nossa noite de sábado, quando ouvi ao longe uma voz chamá-la. A apertei mais em meus braços, aquilo deveria ser só um resquício de algum sonho gravado em minha mente. Mas eu ouvi de novo.

- Lisa! – Era uma voz familiar e parecia tão perto.

Mas eu estava cansado e aquilo não devia ser nada além de um reflexo do sono, eu não estava totalmente desperto. Não estava, mas fiquei no momento seguinte.

- MAS QUE CARALHO ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – O Flávio vociferou na porta do quarto e foi aí que eu abri os olhos para vê-lo ali.

- Merda! – Eu não sabia o que fazer, eu não podia levantar porque estava nu e a Manu estava ali, também não podia puxar o lençol porque a Lisandra estava nua debaixo dele também. – Lisandra, acorda! – Ela ainda estava ressonando e eu precisei sacudi-la.

A Lisandra acordou e levou um enorme susto ao ver o irmão, eu precisei apertar ainda mais os meus braços em volta dela, para que ela não se levantasse levando o lençol que nos cobria e me deixando ainda mais exposto.

Só que o Flávio não estava muito interessado em esperar que nos recompuséssemos e deu dois passos em direção a cama. Felizmente a Manu estava ali e estava pensando melhor que nós, ela o fez parar, se colocando na frente dele.

- Flávio, calma! Vamos esperar na sala. – Manu parou em frente ao marido.

- Esperar na sala nada, baixinha! – O Flávio reclamou e parecia irado.

- Esperar na sala, Flávio! – Manu ergueu a voz. – Eles precisam se vestir.

O Flávio nos olhou, com os olhos injetados de raiva, e se virou para sair do quarto.

- Dou dois minutos para os dois irresponsáveis estarem na sala. – Ele falou como se nós fôssemos adolescentes flagrados na cama dos pais. O Flávio saiu reclamando e a Manu nos lançou um olhar divertido e fechou a porta.

- Como ele entrou aqui? – Eu nem estava raciocinando para me lembrar de que ali havia sido o apartamento dele.

- Ele tem a chave. – A Lisandra falou e eu me virei para olhá-la. – Que foi? Eu te disse que ele tinha a chave. Mas ele deveria chegar de viagem só hoje à noite. Ou será que eu me enganei?

- Minha nossa, ele vai arrancar a minha cabeça! – Eu me sentei na cama e coloquei o rosto nas mãos.

- Calma, cariño, vai ficar tudo bem. – Lisandra deu um beijo em meu ombro e saiu da cama.

Nós nos vestimos rapidamente e, depois de escovar os dentes e jogar uma água no rosto eu saí do quarto para encarar o meu amigo. Eu esperava que ele ainda fosse meu amigo depois que enfrentássemos essa questão.

- Flávio, não seja um adolescente mimado. – Escutei a Manu repreender o marido.

- Adolescente mimado, baixinha? É a minha irmã! E o cara que é meu amigo de infância! – O Flávio reclamou.

- Que bom que ele é seu amigo, assim você sabe que sua irmã está com uma boa pessoa. – Manu cruzou os braços na frente do corpo.

- Baixinha, é diferente! – O Flávio resmungou.

- Diferente porque eu não sou sua irmã? – Manu o desafiou.

- Baixinha...

- Olha aqui, Flávio Moreno, você vai se sentar aí agora e fechar a boca. Vai escutar o que eles têm a dizer e vai ficar feliz por sua irmã estar namorando um amigo seu que é uma das melhores pessoas que eu já conheci na vida. – Manu sabia bem manejar o delegado Flávio Moreno. Eu acharia graça se a situação fosse outra.

- Baixinha, eu peguei os dois na cama! – Ele tentou argumentar.

- Não seja um falso moralista! E se você tivesse tocado a campainha, como eu sugeri, não teria pegado os dois na cama. Mas não, você se achou no direito de invadir a privacidade da sua irmã! – Lisandra estava rindo abertamente do irmão sendo controlado pela esposa, uma mulher baixinha e delicada, mas que o enfrentava com pulso firme.

- Está bem, baixinha, eu vou ouvi-lo! – O Flávio resmungava como um idoso zangado.

- Muito bem! Lisa, vamos fazer um café, enquanto esses dois conversam civilizadamente. – Manu chamou a Lisandra e as duas foram em direção à cozinha.

- Ela te mantém em rédea curta. – Eu estava rindo e não podia deixar de mexer com o meu amigo.

- Cara, você nem imagina! – O Flávio passou a mão no rosto. – Anda, agora senta e me explica que porra está acontecendo, já que eu não posso bater em você.

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