Durante o jogo, Levy era gentil e atencioso comigo o tempo todo, mesmo Alessandro praticamente rosnando pra ele. Ele tocava gentilmente em minhas mãos, explicava sobre o jogo em meu ouvido, e eu dei bastante atenção a ele. Alessandro estava cada vez mais emburrado.
- Então, moças, onde vocês querem ir jantar hoje? – Angel perguntou olhando rapidamente as cartas que recebeu e depois colando seus olhos na Melissa.
- Que tal uma sala reservada no Le Soufflé? – Leandro sugeriu bem animado. – Você conhece, Taís? A comida lá é deliciosa.
- Já ouvi falar, mas nunca fui. É difícil conseguir uma reserva lá. – Taís falou demonstrando estar interessada, deixando o Rick muito puto.
- Não é difícil para o Leandro, o tio dele é o dono. – Miguel comentou. – Se todos concordarem eu acho um ótimo lugar. O restaurante é muito agradável e a comida deliciosa. Está a altura dessas mulheres lindas! – falou piscando para a Samantha. Heitor estava suando de nervoso.
- Ah, então está decidido. Mas depois vocês têm que nos levar em casa, nós já bebemos no brunch e não dá pra ir a um restaurante francês e não tomar um bom vinho. – Virgínia decidiu.
- Ô ruivinha, já está certa que nós vamos perder? Não tem fé na gente? – Patrício choramingou. Ele estava aos pés dela.
- Ah, Patrício, tudo pode acontecer. – Virgínia abriu um inocente sorriso para ele.
Durante a partida nós fizemos tudo para tirar a atenção dos nossos homens do jogo. Flertamos abertamente com o Levy e seus amigos e nossos homens estavam espumando de raiva, inclusive o Nando, que é sempre tão controlado.
O primeiro a sair do jogo foi o Leandro. Sem precisar jogar ele concentrou toda a sua atenção em Taís, fazendo o Rick bufar de ódio e perder a concentração. Não demorou nada e o Rick também estava fora e disputando a atenção da Taís com o Leandro.
Depois saiu o Miguel, que se dedicou a bajular a Samantha, fazendo com que Heitor deixasse o jogo quase que imediatamente. Os próximos foram o Angel, que começou a falar bem baixinho próximo ao ouvido da Mel, fazendo o Nando sair do jogo na sequência. Por fim, Luciano baixou as cartas e declarou que estava fora e antes mesmo que ele olhasse para Virgínia, Patrício já tinha jogado suas cartas na mesa e puxado a cadeira da Virgínia para mais perto de si.
Sobraram Alessandro e Levy. Eu estava entre os dois e Levy estava com o olhar brilhando e um sorriso lindo, ele se divertia com a situação.
- É, linda Catarina, parece que eu vou te levar pra jantar. – Ele falou me dando uma piscadinha.
- Porra nenhuma, Levy! – Alessandro rugiu. – Eu dobro a aposta!
Levy o encarou, estreitou os olhos como se examinasse o adversário, mas o rosto do Alessandro estava impassível a mesma carranca desde o momento em que se sentou. Não vacilou, não tremeu, não alterou a voz, não moveu um músculo do rosto.
- Eu cubro a sua aposta, meu caro. E aposto mais dez mil. – Levy olhou pra mim. – Essa mulher vale qualquer risco.
Os olhos do Alessandro brilharam com o desafio. Ele empurrou todas as suas fichas para o centro da mesa e abriu um pequeno sorriso meio de lado.
- Aposto tudo! Como você disse, essa mulher vale qualquer risco.
A aposta do Alessandro era vultosa, pelo que entendi tinha muito dinheiro naquelas fichas. Levy se empertigou na cadeira. Olhou suas cartas, pensou, tornou a examinar o Alessandro. Jogou suas cartas sobre a mesa e disse:
- Estou fora. Acho que dessa vez a sorte não sorriu pra mim, Linda Catarina! – Pegou minha mão e beijou o dorso como se se desculpasse.
- Ótimo, ganhamos. Agora senhores, se nos dão licença, vamos levar nossas belas mulheres para jantar. – Alessandro falou se pondo de pé, jogando as cartas na mesa e juntando as fichas.
- O que eu acho estranho, garotas, é que vocês não vieram falar conosco. – Nando falou magoado.
- Ah, príncipe, desculpe, mas nós não vimos vocês! – Melissa mentiu descaradamente e deu um selinho no Nando. Ela era louca pelo namorado, mas não revelaria nossos segredinhos jamais.
Depois do jantar, Alessandro pediu torta de chocolate de sobremesa e dividiu comigo, como sempre fazíamos. A cada pedaço que ele colocava em minha boca seus olhos brilhavam um pouco mais, cheios de desejo e promessas.
Ao final, Alessandro insistiu em me levar em casa, mesmo a Melissa dizendo que ela e o Nando iam para o mesmo apartamento. Quando ele parou o carro na porta do meu prédio, ele saiu do carro e deu a volta para abrir a porta para mim. Mas antes de me despedir, precisava de uma resposta, então perguntei:
- Alessandro, por que ainda está aqui? – vendo a sua expressão confusa, eu esclareci. – Eu deixei um bilhete de adeus.
Ele sorriu, colocou a mão em meu rosto e me deu um selinho.
- Catarina, eu jamais vou dizer adeus a você! Eu já disse, se for preciso, eu passarei o resto dos meus dias implorando o seu perdão e eu jamais vou desistir de você. Eu te amo!
- Mas... – ele nem me deixou terminar, me calou com um beijo.
- Agora entra, diz para o Pedro que mandei um beijo. Bons sonhos, meu amor!
Eu me virei e entrei no prédio. Eu estava sem entender como ele tinha tanta fé que tudo ficaria bem, mas, ao mesmo tempo, eu estava feliz por ele não desistir.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......