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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 728

“Patrício”

Abotoei sem pressa os botões que eu havia aberto da blusa da Lisandra. Ela me olhava nos olhos enquanto eu fazia isso. Quando terminei eu a beijei antes que ela saísse do meu colo. Ela acordava tão linda, descabelada e com os olhos preguiçosos. Ela saiu do meu colo e ficou de pé, abaixou a saia e, com as mãos nos quadris, ondulou o corpo para ajeitá-la, daquele jeito que me deixava hipnotizado com as suas curvas. Eu olhava para ela descaradamente.

- Apreciando a vista? – Ela sorriu ao perguntar.

- Sempre! Mas você sabe, é uma vista maravilhosa! – Seu sorriso se alargou com a minha resposta. Eu me sentei na ponta do sofá e estendi minha mão para ela. – Vem cá! – Ela veio de bom grado e se sentou em minha perna. – Você dormiu bem?

- Sim, eu sempre durmo bem com você. – Sua declaração fez o meu peito se encher de alegria.

- Então precisamos fazer isso sempre, porque eu também sempre durmo bem com você.

- Que ótimo, somos o remédio contra insônia um do outro. – Ela deu uma risada leve.

- Mas eu também gosto muito de ficar acordado com você. – Brinquei com seu cabelo e ganhei um beijo em resposta. Ela parecia mais relaxada, mais confiante.

- Melhor irmos para o meu quarto antes que eu te jogue nesse sofá e não me importe com quem nos flagrar da próxima vez. – Brinquei, mas seu corpo ficou rígido, como se ela estivesse acordando e voltando ao estado de tensão da noite anterior.

- Estão nos esperando para o café. E nós temos que ir trabalhar. O meu chefe é muito exigente. – Ela brincou, mas eu sabia o que ela estava querendo disfarçar.

- Abotoa a minha camisa pra mim? – Pedi tentando mantê-la ocupada comigo e relaxada.

- Que manhoso! Você mesmo pode fazer isso. – Ela brincou.

- Posso, mas eu adoro ter as suas mãos em mim. – Confidenciei a ela.

- Eu prefiro tirar a sua camisa. – Ela respondeu no mesmo tom baixo que eu usei.

- Fique à vontade!

- Melhor evitar um flagra dos nossos pais. – Ela sussurrou e começou a abotoar cada botão aberto, deixando só o do colarinho desabotoado.

Depois de mais um beijo nós saímos daquele sofá que já era o meu móvel preferido da casa. Eu passei dias evitando algo que estava sendo tão bom, tê-la em minha casa era como um sopro de vida. Me deixava feliz e ansioso para tê-la por aqui cada vez mais. Como eu fui idiota! A Melissa tinha razão de me chamar de palerma.

Já estavam todos reunidos na sala de estar quando saímos da sala de jogos no subsolo e passamos por ali. A cada passo que eu dava em direção a escada para o segundo andar eu sentia a mão da Lisandra se tencionando junto a minha.

- Filho, vocês dormiram no sofá? – Minha mãe nos abordou. – Devem estar com os corpos doloridos.

- Sim, mãe! Bom dia! Nós pegamos no sono vendo um filme. – Expliquei e dei um beijo no rosto da minha mãe.

- Você deveria ter levado a Lisa pra cama, ela deve estar exausta e com dor nas costas. Eu não te ensinei a ser um cavalheiro, meu filho? – Meu pai reclamou.

- Acho que não, Alonso! – O Raul respondeu me encarando.

- Quem diria que depois de tanto se estranharem você estaria apaixonado pela minha filha! – O sorriso dele era genuíno. – Ah, você ainda não sabe. – Ele pareceu ler as entrelinhas na minha expressão confusa.

- Sr. Moreno, eu... – Eu queria me explicar, mas também nem sabia o que dizer e para minha sorte ele me interrompeu.

- Meu rapaz, eu sei. Já passei por isso. Sabe, eu só percebi a existência da Inês quando voltei de Oxford. Ela era uma linda jovem, minha filha se parece muito com a mãe. Mas, então, eu me achava esperto demais para me interessar por uma mocinha do interior que estudou a vida inteira em um colégio interno católico e que tinha modos de uma freira. – O Sr. Moreno riu e continuou sua história. – Eu era um cidadão do mundo, já havia conhecido muitos lugares e estava interessado em mulheres mais cosmopolitas. Mas quando eu voltei de Oxford, ah eu não tive chance! Comecei a sair com ela, me enganava dizendo para mim mesmo que só estava atraído por ela porque era muito linda e eu queria passar o tempo naquela cidadezinha. Mas quando me dei conta eu já estava aos pés dela. E eu quase a perdi. Um dia ela veio se despedir de mim na empresa, disse que os pais a mandariam para a faculdade no Canadá. Eu fiquei louco, não podia perdê-la, me dei conta de que a amava.

- E o que o senhor fez? – Eu não conhecia essa história e fiquei curioso.

- A pedi em casamento! Nos casamos seis meses depois. Seus pais foram nossos padrinhos. Porque o seu pai sempre foi mais esperto que eu, ele amou a Lucinda no instante em que a viu de longe caminhando na praça ao lado da Inês, e ele aceitou isso. Mas a sua mãe o fez sofrer um pouco. – O Sr. Moreno riu.

- Como o senhor teve certeza, Sr. Moreno? – Me atrevi a perguntar.

- Eu tive certeza porque o medo que eu senti de perdê-la foi maior do que o medo que eu sentia de que o nosso relacionamento desse errado por eu estava enganado sobre os meus sentimentos. Mas fica tranquilo, Patrício, ela te ama e está disposta a esperar que você descubra o que sente. E no momento certo, você descobrirá.

- E como o senhor sabe que eu estou apaixonado por ela?

- Seus olhos brilham quando a vêem, como se não existisse ninguém mais no mundo. – Ele sorriu, bateu a mão em meu ombro mais uma vez e se afastou.

Eu voltei a olhar para a Lisandra e então ela olhou diretamente para mim, me viu ali e sorriu, depois jogou um beijo no ar para mim e isso fez o meu coração disparar de alegria.

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