Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 740

“Patrício”

Eu não ia deixar a Lisandra ir embora, ela não! Eu faria exatamente o que ela disse, afinal eu realmente não queria a Virgínia, nem na minha casa e nem na minha vida.

- Virgínia, sai da minha casa. Eu não te amo, Virgínia, o que tinha entre nós acabou! Agora sai daqui, você e a sua amiga. – Ergui os meus olhos para ela, sem soltar a Lisandra, eu não arriscaria soltá-la, ela poderia sair dali.

- Patrício, nós precisamos conversar. Você me deve pelo menos isso! – A Virgínia estava de brincadeira? Era muita falta de noção!

- Eu não te devo nada! Agora sai daqui! – Falei com ainda mais segurança.

- O que é isso, Patrício? Você não tem nenhuma consideração? Me escuta, pelo que vivemos juntos. – A Virgínia havia perdido completamente a razão, não é possível que ela pensasse que eu voltaria para ela.

- Mel, por favor, não deixa a Lisandra ir embora. – Olhei para a Melissa e ela concordou.

- Vai lá e faz o que precisa fazer, palerma! – Melissa concordou e eu soltei a Lisandra.

- Rick, me ajuda aqui? Vamos colocar essas duas intrusas pra fora. – Chamei o meu amigo, pois ele merecia esse momento.

- Ah, com certeza! – Ele respondeu prontamente.

- Quê isso, Patrício? – Virgínia me olhou sem acreditar. – Gente! Meninas, Mel, Cat, Sam, me ajudem aqui, o Patrício precisa voltar à razão.

- Ah, mas é muita cara de pau a sua, não é não, Virgínia? – A Voz da Catarina soou alta e firme. – Você e a Taís foram embora sem se despedir de ninguém, sem dar a mínima que deixavam pra trás amigas, namorado, marido... vocês não deram nenhuma explicação, sumiram por todo esse tempo e agora aparecem aqui como se nada tivesse acontecido?

- Que fique claro, eu só vim visitar os amigos e resolver o meu divórcio, não quero o meu maridinho de volta. – A Taís falou com uma voz irritante e debochada. – Eu te disse, Vivi, nós deveríamos ter procurado as garotas e não o Patrício.

- E teriam recebido a porta na cara! – Melissa falou.

- Olha só, Virgínia, você não é bem vinda, assim como a Taís também não é, então nos poupem do drama e saiam da minha casa! – Eu já estava agoniado para me livrar daquilo, mas a Virgínia cruzou os braços e não se moveu.

- Se quiser eu tiro pelos cabelos, Patrício! – A Samantha ofereceu e eu fiquei tentado a aceitar, mas eu tinha que fazer isso, mostrar para a Lisandra que a Virgínia não era nada pra mim.

- Não, Sam, dessa vez eu resolvo. – Peguei a mala, segurei o braço da Virgínia e saí a puxando pela sala, enquanto o Rick fez o mesmo com a Taís.

- Patrício? – A Virgínia parecia chocada.

- Para a casa do Flávio. Vão passar o resto da semana lá, porque eu quero passar um tempo com a minha namorada e eu preparei uma surpresa. – Eu estava contente, muito contente. No fundo, ver e Virgínia não foi ruim, me deu ainda mais certeza de que eu não sentia absolutamente nada por ela e que a Lisandra era quem eu realmente amava.

- Patrício, todos já foram e eu já preparei o que você me pediu, vocês precisam de algo mais? – O Romano se aproximou.

- Não, Romano, pode ir descansar. Obrigado! – Respondi sem tirar os olhos dela.

Depois, eu peguei o copo de suas mãos e coloquei sobre a mesinha lateral. Fiquei de pé e estendi a minha mão para ela.

- Vem comigo! – Chamei, sentindo o meu coração acelerar de ansiedade.

Ela colocou a sua mão na minha, parecendo confusa e ficou de pé. Seus olhos pareciam ansiosos e ela passou a língua pelos lábios, para umedecê-los e o meu coração saltou no peito. Era ela, a mulher da minha vida era ela. Eu a beijei, com um sentimento intenso correndo em mim, uma necessidade que pulsava nas minhas veias e eu senti que eu tinha encontrado a minha metade, como o Alessandro disse, aquela metade sem a qual eu era apenas a sombra de um homem.

- Onde vamos? – Ela perguntou, com os olhos brilhando de curiosidade.

- Hoje, sou eu que tenho uma surpresa para você! – Passei os nós dos meus dedos no rosto dela e ela sorriu. – Vem!

Eu a abracei pela cintura e saímos caminhando abraçados, lado a lado pela casa, subimos as escadas e quando chegamos ao topo ela congelou e me olhou com aqueles grandes olhos negros, profundos e brilhantes. Ela estava incerta sobre o que eu faria, mas eu não. Então eu a peguei no colo e a levei para o meu quarto.