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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 746

“Lisandra”

Eu estava olhando aquelas duas mulheres saindo do elevador como se tivessem sido convidadas. Nenhuma das duas tinha vergonha na cara, especialmente a tal de Taís. Elas apareciam aqui como se nunca tivessem ido embora.

- Oi, gente! – A Virgínia abriu um sorriso e cumprimentou todo mundo.

- O que vocês estão fazendo aqui? – A voz do Rick era grave, sem nenhum traço de humor ou aquela leveza que ele sempre tinha.

- Nós dois precisamos conversar, Ricardo! – A tal da Taís era muito cara de pau mesmo.

- Conversar? – O Rick bufou. – Quando eu quis conversar você não quis, Taís, então agora conversa com o meu advogado. Eu não tenho nada para falar com você.

A Virgínia estava olhando o Patrício abraçado a mim, com uma cara de desgosto que me deixou até incomodada. E quando ela falou, ela me ignorou completamente.

- Patrício, eu gostaria de falar com você. – Ela se aproximou do Patrício, que continuava com o braço em volta da minha cintura.

- Eu não tenho nada pra falar com você, Virgínia, o tempo pra falar passou. O que foi dito, foi dito, e o que não foi, já não tem importância. Então é melhor você voltar de onde veio e não me procurar mais. – O Patrício falou muito sério e eu senti uma pontinha de alegria. Ele era meu e eu seguiria o conselho da Mel, não o entregaria de bandeja.

- Patrício... – Ela ia insistir, então eu, com os poderes que ele me deu quando me fez sua namorada, resolvi falar.

- Olha, Virgínia, ele não quer falar com você, mas se você quiser falar comigo, eu sou toda ouvidos. Podemos ir tomar um café e você me conta porque agiu tão mal com o meu namorado. – Falei com classe e educação.

- Eu não tenho nada pra falar com você, eu nem te conheço! – Ela me olhou com desprezo.

- Ah, não seja por isso. Muito prazer, eu sou Lisandra Moreno, namorada do Patrício! – Estendi a minha mão sabendo perfeitamente que ela ia me ignorar.

- Olha aqui, minha filha, não se mete nisso, você não sabe o que aconteceu, não sabe o que existia entre nós, mas com certeza já percebeu o jeito que ele me olha. – Ela estava tentando me provocar.

- Ah, mas você está muito enganada, porque eu sei o que aconteceu e com certeza eu percebo o jeito que ele te olha. Ele te olha como se você não fosse ninguém, com o olhar vazio. Você não percebeu isso? – Ela estava ficando irritada e voaria no meu pescoço a qualquer momento, mas eu não estava nem aí.

- Muito bem, agora vocês duas já sabem que não são bem vindas aqui. E eu vou poupar o trabalho de vocês, vocês não são bem vindas em minha casa, e tampouco na casa de qualquer um dos meus amigos. Vocês perderam os amigos e perderam toda a nossa consideração, porque além de abandonar o Rick e o Patrício da forma mais leviana que eu já vi, vocês também abandonaram os amigos. Então agora saiam daqui antes que eu chame a segurança. – O Alessandro jogou a pá de cal sobre elas.

- Não, Virgínia, eu não te traí, eu não sou assim. Nós terminaríamos porque nós dois estávamos infelizes, insistindo em algo que não estava funcionando e mais cedo ou mais tarde descobriríamos que nunca nos amamos, foi atração ou qualquer coisa assim, mas nunca foi amor. Você sabe, no seu íntimo você sabe! – O Patrício respondeu.

- Isso não é verdade! Os beijos que você me deu, as coisas que você me falou, todas as vezes que fizemos amor. – Eu comecei a me sentir desconfortável naquela situação, eu não queria ouvir os detalhes do relacionamento deles. – Ele já te disse, Lisandra, que ele quer casar com você, que quer ter filhos com você? Porque pra mim ele disse. E a gente só pensa em casamento com quem a gente ama, não é mesmo, Lisandra?

- Chega, Virgínia! – O Patrício me colocou atrás dele como se quisesse me proteger e elevou a voz. – Você não tem direito de vir aqui e fazer essa cena! Você não tem direito de perturbar a Lisandra! E você não tem direito de estragar a minha vida!

- Bombom, eu não quero estragar a sua vida. Eu quero consertá-la. Para de iludir essa coitada, bombom! É a mim que você ama!

- Eu não te amo! – O Patrício bradou de repente e eu até me assustei. – Agora para com isso e sai daqui.

- Podem acompanhar as duas pra fora da empresa. E nenhuma delas pode voltar a entrar aqui. – O Alessandro falou e eu vi dois seguranças se aproximares da Virgínia e da Taís.

- Não precisa colocar a mão em mim. – A Taís reclamou.

Os seguranças as colocaram no elevador e quando a porta se fechou eu deixei as lágrimas caírem.

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