Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 747

“Patrício”

Depois que os seguranças saíram dali com a Taís e a Virgínia eu me virei para a Lisandra e ela estava chorando de novo, tudo o que eu não queria. Ela se afastou e foi até o Rick.

- Você está bem? – Ela estava preocupada com ele e eu também estava, pois ele ainda estava com dificuldade para superar o que a Taís fez.

- Eu vou ficar bem, gata! E você? – O Rick segurou os ombros dela e a encarou.

- Eu também vou ficar. Mas eu não entendo como vocês se meteram com essas duas. – Ela falou para o Rick e ele riu.

- Nem eu entendo! Elas são como ouro de tolo, já ouviu falar? Brilham como ouro, mas não tem o mesmo valor. – Ele respondeu e a abraçou. – Mas o Patrício tem sorte, ele tem você e pela cara dele, ele está preocupado com você. Não permita que ela te abale.

Ela saiu do abraço do Rick e se virou pra mim, me encarou por um momento, limpou as lágrimas do rosto e se aproximou.

- Sr. Guzman, na sua sala, agora! – Ela falou séria e eu estremeci, ela estava chateada e com razão.

Ela passou a minha frente e segurou a porta aberta para eu entrar. Depois que eu entrei, ela fechou a porta. Eu estava caminhando para a minha mesa, mas ela me interrompeu.

- No sofá, Sr. Guzman. – A voz dela era firme segura. E eu estava tenso e com medo.

Caminhei até o sofá e me sentei, eu tinha muito o que falar pra ela. O que a Virgínia fez foi golpe baixo, usar o fato de que eu pensei em me casar com ela e ter uma família para abalar a Lisandra, foi uma baixaria.

- Lisandra, olha... – Ela parou em minha frente e me interrompeu.

- Vai me dizer que se arrependeu da noite passada, Sr. Guzman? – Ela perguntou, justamente o que eu não queria que ela tivesse dúvida.

- Nunca! A noite passada foi perfeita! – Eu não sabia mais como poderia garantir a ela que a amava, mas eu tinha um passado, um passado que resolveu explodir na minha cara.

- Que bom, Sr. Guzman, porque eu não me arrependi e eu vou te mostrar de novo que estar comigo é muito bom e fazer o senhor se lembrar que é meu. – Ela falou solene e eu estava meio confuso.

- Meu doce, eu... – Ela não me deixou falar, se sentou em meu colo e me beijou, me beijou até que eu fiquei sem fôlego, me beijou até que em minha mente a única coisa que existia era ela.

- Cariño, eu te amo tanto! – Ela falou baixinho e passou a mão pelo meu rosto.

- Você me deu um grande susto. – Falei, abraçado a ela, tentando acabar com qualquer mínima distância entre nós. – Eu te amo, meu doce, muito! E pra você saber, estar com você não é muito bom não, estar com você é extraordinário, é a melhor parte do meu dia, é pelo que anseio todas as vezes que você se afasta. – Eu vi o sorriso voltando para o rosto dela e continuei. – E tem mais uma coisa, eu nunca me esqueço que eu sou seu, está na minha pele que sente apenas o seu calor, está no meu corpo que só reage ao seu, está no meu coração que só b**e por você! Mas sempre, todas as vezes que você quiser, você pode me mostrar o quanto é bom estar com você e me lembrar que eu sou seu.

Quando acabei de falar o sorriso dela estava brilhante nos lábios e chegavam aos seus olhos.

- Sr. Guzman, eu só não tiro a sua roupa agora porque o senhor tem uma reunião importante daqui a pouco. – Ela sorriu e entrelaçou os braços no meu pescoço.

- Eu acho que vou faltar a essa reunião! – Eu sorri e a beijei novamente e depois desse beijo ela olhou nos meus olhos.

- Cariño, eu não vou desistir de você. Agora eu sei que você me ama e eu não vou deixar aquela ruiva te tirar de mim.

- Ela jamais vai me tirar de você, ninguém vai. – Eu queria garantir à ela.

- Eu sei, mas se você quiser conversar com ela e entender porque ela foi embora, eu não me importo.

- Eu não preciso saber porque ela foi embora, não mais! Isso é passado e não importa mais. Sendo assim, eu não preciso e, principalmente, eu não quero conversar com ela. E eu também não quero que ela tire a sua paz.

- Posso te perguntar mais uma coisa?

- Tudo o que você quiser. – Eu estava brincando com uma mecha do cabelo dela.

- A injeção da alergia, na fazenda da Manu, como você sabia aplicar? E como você conseguiu aquela injeção? Porque eu me dei conta depois que eu tinha esquecido o meu estojo em casa.

- Ah, isso? Isso é porque quando descobriram a sua alergia eu quis saber tudo a respeito, então eu aprendi sobre a alergia, o antídoto, como aplicar e as manobras de primeiros socorros. E justamente porque eu sempre prestei atenção em você que eu tinha quase certeza que você tinha esquecido a injeção, então eu pedi ao Dr. Molina a receita, que ele me mandou por e-mail, e comprei quando paramos na farmácia antes de ir para a fazenda.

- Meu herói! – Ela sorriu. – Então eu estou segura com você?

- Muito segura, porque eu tenho um estojo com a sua injeção em cada carro, um estojo em casa e um estojo na gaveta da minha mesa ali. – Respondi.

- Precavido você! – Ele riu.

- Meu doce, você não pode imaginar o desespero que eu senti no dia do primeiro casamento do Flávio, quando nós vimos você na cozinha quase sem respirar e ninguém achava o seu estojo com a injeção. E aí se repetiu no segundo casamento do Flávio. Eu não quero sentir aquele desespero nunca mais.

- Fica tranquilo, meu irmão não vai se casar uma terceira vez! – Ela riu com a própria piadinha.

- É sério, meu doce, eu não quero sentir aquilo de novo! – Só de pensar eu me sentia mal.

- Você não vai! – Ela prometeu e me beijou.

Perdi a noção do tempo que passei ali com ela. Só nos soltamos quando o Alessandro ligou no meu celular e disse que estava na hora da nossa reunião. Eu a deixei na sala dela com mais um beijo e fui para a reunião, pronto para conquistar o mundo.