Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 749

“Rick”

Eu estava muito cansado, a reunião que tivemos à tarde parecia não ter fim, e não vou nem falar da visita da Taís e da Virgínia ao escritório, aquilo foi como abrir a porta do inferno e soltar os demônios, foi tenso, aborrecedor e desnecessário. Felizmente já era final do dia, talvez eu ligasse para o PH e o Thales, eu estava precisando sair um pouco e eles eram boas companhias, o PH sempre tinha um lugar interessante para sugerir.

- Rick! – Percebi que o Alessandro estava me chamando e saí dos meus devaneios. – Está no mundo da lua?

- Desculpe, Alessandro, mas hoje eu não estou no meu melhor dia. – Respondi ao meu amigo e chefe.

- Efeito Taís? – O Alessandro perguntou.

- Eu estou me perguntando o que essa mulher veio fazer aqui. Depois desse tempo todo. – Olhei para o Patrício e ele estava mudo no fundo do elevador. – O que você acha, Patrício?

- Eu não acho, eu tenho certeza que o que quer que elas foram fazer quando foram embora deu muito errado e elas estão voltando com o rabinho entre as pernas. – O Patrício tinha razão, elas não voltaram porque sentiram saudade, voltaram porque alguma coisa deu errado.

- Eu não tinha pensado nisso. Só espero que elas sumam depressa. – Bufei.

- Eu também espero, porque não gosto que a Virgínia fique provocando a Lisandra. – Patrício estava numa situação muito delicada mesmo, a ex implorando pra voltar na cara da atual, isso era uma saia muito justa.

- Bom, no meu caso eu acho que a Taís descobriu que eu não tenho uma gorda parte do dinheiro da minha família e deve ter vindo reclamar. – Eu imaginava que à essa altura o advogado dela já tivesse investigado a minha situação financeira.

- Então, no seu caso, ela vai embora depressa. – O Alessandro apontou. – Mas no seu caso, Patrício, é bom ficar atento.

E foi como se o Alessandro tivesse invocado o problema. O elevador parou no andar do RH e o Nestor entrou, nos cumprimentou polidamente, mas ficou olhando para o Patrício como quem quer falar alguma coisa.

- Nestor, vou te dar um aviso, é melhor pensar antes de dizer alguma gracinha envolvendo a Lisandra. – O Patrício havia percebido os olhares do Nestor.

- Na verdade, Patrício, eu não ia fazer nenhuma gracinha não, é que eu vi uma coisa... – O Nestor levou o dedo ao lábio, como se pensasse o que era melhor fazer. – Bom, melhor deixar pra lá! Ah, eu desço aqui. – Ele olhou para o painel do elevador que estava abrindo a porta.

O Nestor se encaminhou para a porta do elevador, mas o Patrício esticou o braço, o segurou pela parte de traz do colarinho e o puxou de volta, o fazendo encostar na parede do fundo do elevador. O Patrício não falou nada, apenas encarou o Nestor e ergueu uma sobrancelha, foi o suficiente para o Nestor suar frio e começar a falar.

- Eu vi a Manuela e a Lisandra na confeitaria aqui em frente esta tarde. – O Nestor estava um pouco nervoso já e se eu bem o conhecia, já estava arrependido de ter aberto a boca.

- E daí? – O Patrício questionou e o Nestor passou a mão na testa.

- A sua ex as cercou. A sua ex e a ex do Rick. Aliás, a Taís está meio estranha, você não achou não, Rick? Meio agressiva. – O Nestor me olhou, já estava se soltando para fazer a fofoca.

- Fala logo, Nestor, o que você viu e ouviu? – O Patrício estava ficando sem paciência, estava preocupado com a Lisandra.

- Olha, eu não ouvi nada, eu estava passando do lado de fora e vi as quatro sentadas lá dentro. Achei estranho, não sabia que a Lisandra e a Virgínia se conheciam, mas nenhuma delas estava com cara de boas amigas não. Só acho que esse negócio de ex conversando com atual é o tipo de coisa com potencial para fazer estrago na vida de um homem, então eu só pensei em te dar um toque, nada mais. – O Nestor geralmente era um cara muito discreto, então ele não estava falando só por falar, o comentário dele fazia todo sentido do mundo.

- Ele tem razão. – O Alessandro apontou.

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