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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 750

“Rick”

Desde que a Taís foi embora eu estava tentando me reerguer. Eu a adorava, desde os tempos da faculdade. Eu ainda me lembro da primeira vez que a vi, durante um intervalo entre as aulas. Eu estava conversando com um professor que havia acabado de dar uma aula, eu havia entregue um trabalho e ele estava satisfeito com o que eu tinha feito.

A Taís entrou na sala às pressas e ignorando totalmente a minha presença começou a tentar persuadir o professor a lhe dar dois pontos extras para que ela não fosse reprovada na matéria dele. Ela usou todos os argumentos que um aluno geralmente usa e ela não desistiria. Eu a achei tão linda e tão persistente, que enquanto olhava pra ela falando com o professor e me ignorando completamente eu acabei elevando a voz e dizendo ao professor que poderia tirar dois pontos meus e dar pra ela. O professor achou aquilo uma piada, mas vendo o meu interesse naquela garota ele resolveu me ajudar. Ele deu dois pontos pra ela e me tirou dois e disse a ela que deveria me agradecer por não reprovar a matéria. Foi só então que ela me olhou e me viu ali. Depois daquilo nós fomos tomar um café e depois desse café nos tornamos um casal. Era uma boa história.

Logo que terminamos a faculdade nós nos casamos, mas os meus pais nunca viram a nossa relação com bons olhos, eles tratavam a Taís muito bem, mas tinham suas reservas. Eu não via o que eles viam. Então o meu pai me disse que se ela gostava de mim, não se importaria se eu não tivesse nada. Eu fiquei furioso com ele e decidi provar a ele que estava enganado. Entreguei tudo o que tinha, de papel passado, para o meu pai. O pai do Alessandro já havia me oferecido um bom emprego, então eu me casei com a Taís e voltei para o país. Mas ela nunca soube que eu tinha entregue tudo o que tinha para o meu pai. Mas afinal, era tudo dele, ele foi colocando em meu nome ao longo dos anos. Então eu fiz o meu caminho, construí a minha carreira e o meu patrimônio.

Mas, a vida rotineira de casada logo incomodou o Taís. Ela gostava de sair, gostava de agitação e gostava de muitas outras coisas.

A medida que eu dirigia pela cidade eu ia me lembrando de como tudo tinha acontecido entre nós dois e eu me lembrei do dia em que ela sugeriu uma experiência diferente pela primeira vez. Ela já estava trabalhando nessa ocasião. Eu cheguei em casa do trabalho e a encontrei com uma amiga, elas estavam conversando animadas e tomavam um vinho. Eu me juntei a elas e a Taís estava muito carinhosa. Depois de um tempo ela começou a me beijar e me elogiar para a amiga, até que disse a amiga que deveria experimentar o meu beijo. Eu a olhei assustado e disse a ela que ela já tinha bebido demais e estava falando bobagem. Encerrei a noite e delicadamente mandei a amiga dela embora. Mas no dia seguinte a Taís se sentou comigo para conversar e expôs a sua vontade de que tivéssemos algumas experiências diferentes. No princípio eu não aceitei, mas ela insistiu, e quando ela ameaçou me deixar, dizendo que estava infeliz, eu cedi. E foi aí que tudo começou, o relacionamento aberto. Mas, de alguma forma nós vivemos felizes desse jeito por um bom tempo, mas eu me cansei e já não queria mais as experiências que ela achava interessantes. Eu queria uma família, mas não era o que ela queria. Aí um dia ela simplesmente foi embora. E eu nunca entendi porque.

E foi com esse porque na cabeça que eu estacionei em frente àquele hotel e entrei. Ela estava sentada no hall do hotel e eu a vi assim que entrei. Eu tinha que concordar com o Nestor, havia algo de diferente nela, ela parecia mais agressiva, não era mais a Taís por quem eu me apaixonei.

- Oi, Ricardo. – Ela me cumprimentou friamente e sequer se levantou para me cumprimentar.

- Oi, Taís. Estou aqui, o que você quer? – Perguntei enquanto me sentava.

- Eu quero saber que história é essa do advogado dizer que você não tem nada além daquela casa, o carro e umas aplicações de merda! – Ela me olhou friamente.

- É o que é, Taís! Imagino que o seu advogado tenha investido minhas finanças muito bem.

- É, ele investigou. E foi tudo o que ele encontrou. – Ela desencostou da poltrona e me encarou.

- Exatamente! Meu pai sempre desconfiou que você era uma vadia. E olha só, ele estava certo! Então eu entreguei todo o meu patrimônio pra ele antes de nos casarmos. – Eu observava o seu rosto, queria capturar todas as suas reações e nesse momento ela ficou vermelha de raiva.

- Não brinca comigo, Ricardo! Você entregou tudo para o seu pai antes de nos casarmos?

- Isso é inveja, Taís?

- Chame do que quiser. Mas é a verdade. Os clubes de sexo, os ménages, os parceiros, tudo isso era uma forma de me distrair. Foi uma pena que você nunca quis incluir o Alessandro ou o Patrício no nosso acordo, eu poderia ter fisgado um deles. – Eu não conseguia nem sentir raiva do que ela dizia. Eu só sentia um vazio.

- Foi por isso que você foi embora, Taís?

- Eu fui embora porque encontrei um amante que me prometeu muito, muito mais do que você me dava e por causa dele eu também tinha ela. E ia tudo muito bem, se não fosse por ela... – O olhar dela ficou vago.

- Ela? Quem é ela? – Eu fiquei confuso. Ela não respondeu e isso ficou ecoando na minha cabeça.

- Rick, eu vou te arrancar cada migalha que você tem. Já que é só a casa, o carro e aquelas aplicações, é justo que fique tudo comigo, afinal, você tem seu papai rico para te bancar. – A Taís me ameaçou e se levantou me dando as costas.

- Vamos ver, Taís, vamos ver! – Falei mais pra mim do que pra ela. Mas na minha cabeça rodava aquele fragmento de informação, “eu também tinha ela”, mas quem era ela?

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