“Virgínia”
O Patrício me deixou meio confusa naquele vestiário. Depois que ele saiu, eu levei um minuto ou dois para me mexer. Eu me vesti e saí de lá, voltei para o hotel e felizmente a Taís não estava. Eu me deixei cair na cama e fiquei pensando sobre o que tinha acontecido. O Patrício não reagiu a mim, não reagiu ao meu corpo, isso era novidade. Antes ele sempre me queria e agora...
Mas teve mais, ele me disse que estava com nojo de mim. Isso foi horrível! Quando eu decidi voltar eu pensei que o encontraria me esperando, triste por eu ter partido, como eu vi nos olhos dele no dia em que fui embora. Mas não foi o que eu encontrei. Mas o que aconteceu? Ele não podia ter me esquecido assim. Será que ele descobriu as coisas que eu fiz? Só se... não, mas quem sabia não contaria e a minha família não tinha contato com ele.
O telefone do quarto chamou e eu atendi, esperava que não fosse a Taís querendo que eu saísse.
- Senhorita, aqui na recepção tem uma Srta. Lascuran que deseja vê-la. – A voz feminina da recepcionista do hotel falou com um tom gentil e profissional.
- Melissa? – Isso era uma grande surpresa pra mim.
- Exatamente.
- Diz que eu já estou indo. – Eu desliguei o telefone, calcei os sapatos e saí do quarto.
Cheguei na recepção e vi a Melissa sentada num sofá bem no canto. Me aproximei cautelosa, eu não sabia o que esperar, porque até onde eu sabia estavam todos magoados comigo. E eu nem entendia isso, porque eu não fiz nada com as meninas.
- Oi, Virgínia! – Melissa ficou de pé quando me viu. – Tem tempo pra uma conversa?
- Oi, Melissa. Sim, claro. Sente-se. – Apontei o mesmo sofá de onde ela havia acabado de se levantar.
- Não, aqui não. Vamos dar uma volta. – Melissa era altiva e sua voz e suas maneiras indicavam que ela havia nascido para liderar, então, quando ela me chamou para dar uma volta, pareceu mais uma decisão que eu deveria acatar do que um convite.
- Tudo bem. Vamos. – Eu concordei, o que poderia acontecer? Ela no máximo me falaria alguns desaforos, nada mais.
Saímos do hotel, o manobrista rapidamente entregou o carro dela e nós saímos dali. Ela não disse nada enquanto dirigia, apenas dirigiu e parou numa cafeteria pequena de bairro. Não havia ninguém ali além da atendente no balcão, Melissa foi até lá e pediu alguma coisa, depois nos sentamos em uma mesinha nos fundos.
- Está surpresa por eu te procurar. – Não era uma pergunta, mas a Melissa era o tipo de pessoa que sabia ler os outros.
- É, depois do que aconteceu na casa do Patrício eu estou. – Falei me lembrando que a Melissa se postou de forma protetora perto da Lisandra. – Ela é sua amiga agora?
- A Lisandra? Sim, ela é minha amiga, assim como da Cat, da Sam e da Manu. – Melissa falava com calma. – Virgínia, eu fui te procurar porque, por mais que eu tente, eu não entendo o que aconteceu. – Melissa foi direto ao ponto, ela queria saber porque eu fui embora.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......