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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 758

“Melissa”

Eu estava sentada diante de uma mulher que havia sido minha amiga, mas, naquele momento, ela parecia uma estranha. A Virgínia estava mais magra, com olheiras e certamente estava chorando quando eu cheguei naquele hotel. Ali na minha frente ela estava desconfiada, cheia de segredos e parecendo carregar um segredo pesado demais. Seja lá o que ela tenha feito, por onde ela tenha andado, com certeza era algo que a encheria de vergonha diante de nós.

Eu cheguei até a ter pena, mas eu me lembrei de como o Patrício ficou e me lembrei do meu pai me dizendo desde que eu ainda era uma criança: “Melissa, você precisa aprender, você é livre nessa vida para escolher o que quiser, mas saiba que as suas escolhas terão consequências, boas ou ruins a depender do que você escolha, e você vai ter que lidar com elas sozinha”. E era isso, a Virgínia fez escolhas e estava lidando com as suas consequências.

- Eu não sei se eu quero te contar a verdade, afinal, você não é um padre confessor. – Foi a resposta dela pra mim. Ela não queria falar comigo.

- Imaginei. Isso significa que é bem pior do que pensei. – Se não fosse muito, mas muito ruim, ela me contaria, porque ela me conhecia o suficiente para saber que eu iria atrás da verdade e eu a lembrei disso. – Você sabe que eu vou descobrir de qualquer jeito, mas eu não vou te forçar a contar. – Ela não desistiria facilmente.

- Pode ser que você descubra, mas até isso acontecer, eu vou tentar consertar as coisas. Ele vai me perdoar. – Ela falava, mas era óbvio que ela não tinha a certeza que ela tentava me fazer acreditar.

- Você quer que ele te perdoe. Você precisa do perdão dele. Mas você o ama, Virgínia? – Eu achava que não, ela sentia culpa, tristeza, ela sabia que tinha abandonado um grande homem, mas eu não via amor nos olhos dela.

- Eu estou querendo que ele volte pra mim, não estou? – A retórica dela pouco convencia.

- Não te reconheço, Virgínia! – Olhei para ela buscando por algo, uma só centelha da Virgínia de antes, mas não vi. Ela ouviu a minha conclusão e um lampejo de remorso passou pelos seus olhos.

- A vida muda a gente, Melissa. – Ela falou com um tom amargo.

- Ou talvez nós escolhamos mudar. – Respondi e ela limpou uma minúscula lágrima que já ia escapando pelo canto do seu olho esquerdo e tentou mudar de assunto.

- Como você sabia onde eu estava? – Não seria difícil descobrir onde ela estava, mas a pergunta dela fez parecer que ela estivesse se escondendo, que ninguém sabia onde ela estava.

- O Rick. Ele foi conversar com a Taís ontem e como vocês estão juntas, eu deduzi que você estaria lá. – Respondi simplesmente, porque foi exatamente o que aconteceu. Mas quando eu falei que ela e a Taís estavam juntas, o seu semblante mudou.

- Nós não estamos juntas! – Ela reagiu de imediato e foi muito ríspida, quase como se tivesse sido ofendida.

- Calma! Vocês chegaram juntas na casa do Patrício, por isso eu achei que tivessem se hospedado juntas. – Eu expliquei e ela percebeu que reagiu de forma desproporcional e tentou disfarçar. Eu olhei bem para ela e resolvi que podia dar um conselho. – Eu sei que vocês duas se aproximaram muito, mas eu vou te dizer uma coisa, Virgínia, em nome da amizade que tivemos... – Eu suspirei antes de falar. – Ela não te faz bem!

A Virgínia me olhou e algo em mim se agitou, eu tinha quase certeza, mas não, seria muito... de qualquer forma eu precisava saber mais. Mas a Virgínia percebeu que, sem querer, ela me deixou ver algo dentro dela, algo que eu ainda não discernia muito bem, mas que tomaria forma, era só questão de tempo até eu entender. Olhei no relógio preso à parede perto da porta e eu sabia que a Virgínia precisava pensar.

- Eu preciso ir. Quer que eu te deixe no hotel? – Eu ofereci suavemente.

- Não, acho que vou ficar aqui mais um pouco. – Ela olhava para o conteúdo na caneca pela metade.

- Se quiser que eu seja a sua madre confessora, você sabe onde me encontrar. Quem sabe eu não te ajudo a encontrar a sua redenção? – Ela levantou os olhos pra mim e eu sorri pra ela. – Mas ele não é a sua redenção, Virgínia!

CASAL 4 - Capítulo 122: Quem poderá ajudar 1

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