Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 762

“Lisandra”

Depois da nossa conversa no carro o Patrício ficou introspectivo e agora eu sabia o motivo, o que me deixava introspectiva também, porque uma partezinha egoísta e ciumenta dentro de mim queria que ele não se importasse com a mudança negativa da sua ex, mesmo ele me dizendo que era uma questão de humanidade se preocupar com o próximo. Mas eu sabia como ele era, eu o conhecia, e ele sempre se preocupou com as pessoas, isso era da natureza altruísta dele.

Quando chegamos ao escritório ele se fechou em sua sala e não me chamou nem uma única vez. De minha parte eu fiquei bem quieta em minha mesa tentando focar no meu trabalho. Mas eu me sentia um pouco indisposta. Talvez eu estivesse ficando resfriada. Fato é que eu não me sentia bem e queria ir pra casa, então fui até a sala do Rick.

- Rick. – Chamei baixinho e ele ergueu a cabeça do que quer que estivesse lendo para me olhar.

- Oi, Gata! Entra. – Eu entrei e ele me observou. – Está tudo bem? Você está meio abatida.

- Eu acho que estou ficando resfriada. – Respondi. – Mas eu não estou me sentindo bem. Será que você pode cuidar das coisas pra mim? Eu queria muito ir pra casa, realmente não me sinto bem. Está tudo em ordem, é só para o caso de alguma emergência.

- Claro que posso! Diz para o Patrício que qualquer coisa eu ligo no celular dele. – O Rick deduziu que o Patrício iria comigo.

- Não, o Patrício não vai comigo. – Expliquei.

- Como não? – Ele me olhou surpreso.

- É que eu nem falei com ele. Ele está trancado no escritório e eu não quero atrapalhar. – Expliquei.

- Ele te contou sobre a Virgínia no clube ontem. – É claro que o Rick sabia o que tinha acontecido, eles eram amigos.

- Sim, contou.

- E você está chateada com ele?

- Não estou não, mas acho que ele precisa de tempo pra pensar. Olha, ele se preocupa com as pessoas, independente delas merecerem que ele sequer pense nelas. Eu entendo, não me deixa particularmente feliz saber que ele se preocupa com a ex, mas eu sei que isso não significa que ele queira voltar com ela.

- Mas te incomoda.

- Incomodaria a qualquer um, Rick. Mas eu realmente não estou me sentindo muito bem e não tem nada a ver com isso. – Expliquei.

- Tudo bem. Mas você deveria avisá-lo.

- Eu vou avisá-lo. – Eu sorri para o Rick e saí da sua sala.

Eu ia mesmo avisar ao Patrício, entrei em sua sala e ele estava ao telefone. Ele estava de costas para a porta e nem notou que eu havia entrado. Eu ia esperar que ele terminasse, mas então em ouvi o que ele estava dizendo.

- Só Vinícius, Lisandra. – Ele sorriu mais uma vez. – Vamos ver, como você acordou?

- Péssima, Vinícius. – Ele me olhou com seriedade. – Imaginei. Querida, seus exames ainda não estão prontos, mas você chegou um pouquinho hipoglicêmica. Eu vou te fazer algumas perguntinhas, tá bom?

- Vinícius, quem me trouxe pra cá? – Perguntei sentindo um certo medo.

- Ah, sim, o síndico do seu prédio. Ele viu o momento em que você desmaiou na porta do prédio e te trouxe. Ele está aí fora, posso deixá-lo entrar?

- Sim, por favor. – Eu precisava saber o que havia acontecido no momento em que eu desmaiei. O Vinícius chamou a enfermeira e pediu que mandasse o síndico entrar.

O síndico entrou e rapidamente me acalmou. Ele disse que estava saindo do prédio e me viu tentando me livrar de um sujeito e que eu desmaiei. Ele correu até mim e o sujeito saiu correndo. Então o síndico me trouxe para o hospital e ligou para o Flávio. Eu o agradeci e ele disse que esperaria pelo Flávio na recepção, para que eu ficasse mais à vontade com o médico. Assim que o Vinícius terminou de me examinar o Flávio entrou na sala de atendimento.

- Lisa! Irmãzinha, o que aconteceu? – Ele me deu um beijo na testa e então notou o Vinícius no canto e pareceu respirar aliviado. – Ah, Vini, que bom que é você quem a está atendendo. Como ela está?

- Passando por exames, Flávio, mas ela vai ficar bem. – O Vinícius deu um sorriso confiante. – Assim que eu tiver o resultado dos exames eu volto.

O médico saiu e eu sabia que o Flávio estava pronto para me bombardear com perguntas.