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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 761

“Taís”

Não era assim que eu esperava que a Virgínia caísse em si. Eu a amava, me doía falar dessa forma rude com ela, mas ela precisava perceber que só eu a amava e que só eu poderia fazê-la feliz.

- Eu... eu vou embora! Eu vou pedir ajuda, vou ligar para o meu pai e pedir perdão. Ele deve me aceitar de volta e me ajudar, eu vou pra longe de você. – A Virgínia estava fora de si, com as mãos na cabeça e chorando. Mas eu entendia que ela se chocou com a realidade do que se tornou.

- Você não vai a lugar nenhum, Vivi. Seu lugar é comigo. Eu vou terminar o assunto do meu divórcio e nós vamos sair dessa cidade, vamos para algum lugar e vamos ser felizes só nós duas. – Eu falei com calma.

- Você está louca! – Ela tinha razão, eu estava louca por ela.

- Olha, eu vou sair e você vai ficar quietinha aqui pensando e se acalmando. Quando eu voltar você já vai ter colocado a cabeça no lugar. E eu vou levar a chave e tirar o telefone, assim você não faz nenhuma bobagem. – Falei com calma e tirei o aparelho de telefone do quarto.

- Você vai me prender aqui? – Ela me olhou em choque.

- Não, meu amor, eu só vou te deixar pensar sobre tudo. E quando eu voltar, nós vamos nos entender e vamos dormir juntinhas. Tem tanto tempo que você não me deixa tocá-la. – Eu suspirei, estava com saudade.

- Você enlouqueceu! – Ela se afastou de mim.

- É melhor deixar você pensar. Ah, e não tenta nenhuma mal criação, ou eu vou direto no Patrício e conto das nossas aventuras. Eu tenho certeza de que você não quer que ele saiba, não é mesmo?! – Peguei o telefone, as chaves e a minha bolsa, saí do quarto e tranquei a porta. Eu tinha certeza de que no fim do dia ela teria se dado conta de que o lugar dela era comigo.

No elevador esbarrei com um casal interessante. O homem era alto, com braços fortes cabelos loiros e olhos azuis. A mulher era muito linda, embora o corte de cabelo não combinasse com ela. O homem sorriu e me avaliou de cima a baixo, então olhou de soslaio para a mulher, que retribuiu o mesmo olhar para ele.

- Querida, adorei os seus sapatos! – Ela falou comigo e eu sorri. Meus sapatos não tinham nada de especial, mas eu conhecia aquela abordagem.

- Obrigada, os seus também são lindos. Mas esses brincos, que luxo! – Eram jóias, brincos caros, eu podia reconhecer, então eu elogiei e ela sorriu e me mostrou as orelhas, eu me aproximei e toquei, como se fôssemos amigas e eu apenas examinasse seus brincos.

- Você está hospedada aqui ou só veio visitar alguém? – Ela me perguntou.

- Hospedada.

- Ah, nós também. Eu estava falando com o meu namorado que eu sinto falta de ter outra mulher para conversar, os homens não se interessam pelos mesmos assuntos que nós. – Ela tinha um sorriso bonito e falava de modo muito gentil.

- Eu sinto o mesmo! Me chamo Taís. – Estendi a mão e ela se aproximou e me deu três beijos no rosto.

- Eu sou a Sabrina. O bonitão aqui é o Guilherme. – Ela apresentou e ele me cumprimentou com um único beijo no rosto.

Nós tomamos o café da manhã juntos e depois de um tempo de papo furado o Guilherme finalmente disse o que queria.

- Meninas, o que acham de continuarmos a conversa lá em cima? O dia está tão quente, nós podemos ficar mais à vontade no quarto. – Ele comentou com uma malícia evidente.

- Pelo visto você não é a noiva. – Eu ri.

- Não, a pretensa noiva é uma filhinha de papai que corre dele como o diabo corre da cruz. – Sabrina falou com a voz enciumada e eu olhei curiosa para o Guilherme.

- É a noiva que meus pais querem. Mas está bom pra mim. E deveria estar bom pra você também, Sabrina. – Ele falou num tom de advertência.

Uma coisa estava clara pra mim ali, aquele homem tinha dinheiro, ou pelo menos o pai dele tinha, e isso poderia ser interessante.

- Por que os seus pais escolheram essa noiva para você? – Me arrisquei.

- Porque ela é jovem, rica como nós, de boa família, nunca foi casada e pode me dar filhos. Poderia ser qualquer uma, mas dentro dessas condições. E a Sabrininha não se encaixa em nenhuma das condições. – O Guilherme riu e a Sabrina torceu o nariz. De repente uma idéia passou pela minha cabeça, eu conhecia alguém que se encaixava em todas as condições.

- E por que você vai fazer o que os seus pais querem? – Perguntei.

- Porque eu quero acesso irrestrito a fortuna do meu pai e essa é a condição. – O Guilherme respondeu.

- Guilherme, eu tive uma idéia. – Era óbvio que ele tinha muito dinheiro e isso era interessante. – Antes de ir atrás dessa filhinha de papai, acho que você deveria conhecer a minha namorada. Ela é tudo isso e nós podemos ter um acordo bem divertido para todos nós. – A Sabrina me olhou interessada. – Pensa bem, você casa com uma, que seus pais com certeza vão adorar, mas terá três em casa esperando por você.

O interesse do Guilherme era visível e a Sabrina também pareceu gostar da idéia. Algo me dizia que eu tinha encontrado a solução para os meus próprios problemas.

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