“Patrício”
Foi bom ter passado um tempo com o Sr. Orlando, ele era um homem ponderado e com uma grande vivência. Ele me deu conselhos e uma certa tranquilidade de que tudo se resolveria bem. Eu estava chegando ao escritório, com o ânimo renovado, cheio de esperança e saudade e uma caixa de turróns que eu sabia que adoçariam a minha Lisandra.
- Se você tivesse falado comigo, eu teria dito que ela já estava voltando. Mas eu acho que, no fim das contas, foi bom você passar um tempo com o meu pai. – A Manu me falou assim que me viu.
- Foi sim, Manuzinha! – Eu olhei para ela, sentindo uma onda de ansiedade crescer dentro de mim.
- Sim, ela já chegou. – A Manu se adiantou a minha pergunta.
Eu caminhei devagar até a porta da sala dela e a vi sentada ali, placidamente, olhando a tela do computador e conferindo a agenda. Ela não percebeu que eu havia chegado, ou pelo menos eu pensei que não. Me aproximei devagar e coloquei a sacola sobre a sua mesa. Ela olhou de soslaio para a sacola, mas não parou o que estava fazendo. Então eu me abaixei.
- Podemos conversar? – Pedi num tom baixo e suplicante.
Ela finalmente desviou a atenção da tela do computador, respirou fundo e girou a cadeira, ficando de frente para mim.
- Sim, podemos conversar sobre temas profissionais, Sr. Guzman. – A resposta dela me cortou como faca quente na manteiga.
- Voltei a ser o Sr. Guzman? – Perguntei e ela me olhava estoicamente. – Meu doce... – Tentei tocar o seu rosto, mas ela se afastou.
- Sr. Guzman, provavelmente em algum momento nós falaremos da sua falta de decoro, mas não será agora. – Ela me deu um banho de água fria. Como nós resolveríamos as coisas se ela não queria me ouvir?
- Lisandra, nós precisamos conversar. – Eu insisti, não me daria por vencido.
- Não precisamos falar sobre isso. O mal está feito. – Ela não demonstrava nenhuma emoção.
- Você vai embora? – Esse era o meu pior medo, mas eu precisava saber.
- Apenas se o senhor dificultar as coisas. Eu serei profissional, Sr. Guzman. Ficarei aqui e desempenharei o meu trabalho o melhor possível, a menos que o senhor queira me demitir.
- Minha linda, eu não quero te demitir, eu te quero na minha vida, de todas as maneiras. Por favor, me escuta. Me perdoa, meu amor. – Eu estava beirando o desespero, mas ela não cedeu.
- Já disse, Sr. Guzman, eu estarei aqui para os assuntos profissionais. – Tendo dito isso ela girou a cadeira novamente e ficou de frente ao computador.
Eu tinha um enorme buraco em meu peito e uma dor lancinante me atravessava inteiro. Cabisbaixo eu caminhei para a minha sala e me sentei desanimado em minha cadeira. Logo depois o Alessandro entrou e se sentou em frente a mim.
- Como você está, irmão? – Ele me perguntou com o olhar preocupado.
- Arrasado, Alê. Ela nem quer falar comigo. Voltou a me chamar de Sr. Guzman. – Eu bati a testa na mesa, estava me sentindo derrotado.
- E você vai desistir? – Ele insistiu.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......