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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 800

“Patrício”

Foi bom ter passado um tempo com o Sr. Orlando, ele era um homem ponderado e com uma grande vivência. Ele me deu conselhos e uma certa tranquilidade de que tudo se resolveria bem. Eu estava chegando ao escritório, com o ânimo renovado, cheio de esperança e saudade e uma caixa de turróns que eu sabia que adoçariam a minha Lisandra.

- Se você tivesse falado comigo, eu teria dito que ela já estava voltando. Mas eu acho que, no fim das contas, foi bom você passar um tempo com o meu pai. – A Manu me falou assim que me viu.

- Foi sim, Manuzinha! – Eu olhei para ela, sentindo uma onda de ansiedade crescer dentro de mim.

- Sim, ela já chegou. – A Manu se adiantou a minha pergunta.

Eu caminhei devagar até a porta da sala dela e a vi sentada ali, placidamente, olhando a tela do computador e conferindo a agenda. Ela não percebeu que eu havia chegado, ou pelo menos eu pensei que não. Me aproximei devagar e coloquei a sacola sobre a sua mesa. Ela olhou de soslaio para a sacola, mas não parou o que estava fazendo. Então eu me abaixei.

- Podemos conversar? – Pedi num tom baixo e suplicante.

Ela finalmente desviou a atenção da tela do computador, respirou fundo e girou a cadeira, ficando de frente para mim.

- Sim, podemos conversar sobre temas profissionais, Sr. Guzman. – A resposta dela me cortou como faca quente na manteiga.

- Voltei a ser o Sr. Guzman? – Perguntei e ela me olhava estoicamente. – Meu doce... – Tentei tocar o seu rosto, mas ela se afastou.

- Sr. Guzman, provavelmente em algum momento nós falaremos da sua falta de decoro, mas não será agora. – Ela me deu um banho de água fria. Como nós resolveríamos as coisas se ela não queria me ouvir?

- Lisandra, nós precisamos conversar. – Eu insisti, não me daria por vencido.

- Não precisamos falar sobre isso. O mal está feito. – Ela não demonstrava nenhuma emoção.

- Você vai embora? – Esse era o meu pior medo, mas eu precisava saber.

- Apenas se o senhor dificultar as coisas. Eu serei profissional, Sr. Guzman. Ficarei aqui e desempenharei o meu trabalho o melhor possível, a menos que o senhor queira me demitir.

- Minha linda, eu não quero te demitir, eu te quero na minha vida, de todas as maneiras. Por favor, me escuta. Me perdoa, meu amor. – Eu estava beirando o desespero, mas ela não cedeu.

- Já disse, Sr. Guzman, eu estarei aqui para os assuntos profissionais. – Tendo dito isso ela girou a cadeira novamente e ficou de frente ao computador.

Eu tinha um enorme buraco em meu peito e uma dor lancinante me atravessava inteiro. Cabisbaixo eu caminhei para a minha sala e me sentei desanimado em minha cadeira. Logo depois o Alessandro entrou e se sentou em frente a mim.

- Como você está, irmão? – Ele me perguntou com o olhar preocupado.

- Arrasado, Alê. Ela nem quer falar comigo. Voltou a me chamar de Sr. Guzman. – Eu bati a testa na mesa, estava me sentindo derrotado.

- E você vai desistir? – Ele insistiu.

- Exige? Exige... – Ela quase perdeu o controle, mas se recuperou no último momento e continuou como se eu fosse só o chefe idiota. – Está bem, Sr. Guzman, amanhã me apresentarei com trajes adequados.

- E vai passar o dia inteiro num escritório executivo vestida como uma adolescente? Uma menininha mimada! – Eu sabia que isso a deixaria furiosa, mas eu queria ver aquele fogo nos olhos dela, queria quebrar todo aquele gelo de indiferença.

- Menininha mimada? Tem certeza disso, Sr. Guzman? – Ela me encarou começando a ficar irritada.

- Sempre tive certeza! Só uma menininha mimada se comporta assim, se nega a conversar como um adulto faria. – Eu dei um pequeno sorriso e vi a raiva tomar conta dela por completo.

- Seu cretino, idiota, palerma! Minha roupa não é apropriada para o escritório? Talvez você prefira que eu ande nua por aí, já que roubou todas as minhas coisas da minha casa!

Ela estava com muita raiva, com tanta raiva que puxou a camiseta de malha sobre a cabeça e a atirou ao chão, revelando um sutiã de renda turquesa que deixava seus seios ainda mais empinados e tentadores.

Eu fechei o espaço entre nós e a peguei pela cintura, tirando seus pés do chão e a erguendo para ficar na minha altura. Ela se debateu, pés no ar chutando e punhos cerrados batendo em meu peito. Eu segurei a sua nuca e a beijei. Ah, como eu estava com saudade! Eu a beijei, com amor, com loucura, com desespero.

Primeiro foram só os lábios colados, os lábios dela estavam firmes, cerrados, como se ela não quisesse permitir a minha invasão. Depois, eu passei a língua em seus lábios e ela arquejou, me dando involuntariamente passagem para a sua boca e a minha língua a invadiu. Nossas línguas duelaram, aflitas, ansiosas, sôfregas. Quando os braços dela se emaranharam em meu pescoço eu soube que havia derrubado a última barreira. Caminhei com ela, sem deixar de beijá-la, até o sofá em minha sala e me deitei com ela ali. Eu não estava nem aí para a porta aberta, eu só me importava com ela, só me importava em tirar toda essa distância do meio de nós dois.

Eu escorreguei os meus lábios pelo seu pescoço e minha mão se encheu com o volume do seu seio perfeito. Ela abriu mais as pernas para me acomodar e gemeu ao sentir o contato e a fricção que eu causei com a minha pelve na dela. Ela estava entregue! Ela era minha! Sempre foi e sempre seria minha!

- Patrício? – Ouvi a voz do Rick chamar e a Lisandra me empurrou, mas eu me mantive grudado nela. – Ah, não! Não sou obrigado! Vocês nem fecham mais a porta! – Ouvi o Rick reclamar e ri, mas debaixo de mim a Lisandra estava irritada.

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