“Lisandra”
Os meses estavam passando depressa. O Patrício era o melhor e mais dedicado pai, estava sempre atento e cuidadoso. Como marido ele era mais perfeito que eu já tivesse sonhado e eu vivia a minha realidade que era muito melhor que um sonho.
Mas eu via uma outra história começar. Eu via o Augusto sempre pendente da Marisol. Ele era louco por ela e sempre que podia ia lá pra casa e ficava horas olhando para a minha bebê. Minha mãe foi quem notou aquilo e chamou a minha atenção. Ela viu o cuidado e a preocupação do Augusto com a Marisol e sorriu.
- Sabe, eu já vi esse filme. – Minha mãe falou.
- Que filme, mãe? – Eu perguntei curiosa.
- De um garotinho muito esperto que fica encantado com uma bebêzinha linda e não consegue ficar longe dela. – Minha mãe sorriu olhando para o Augusto sorrindo para a Marisol no carrinho de bebê.
- Ele era assim comigo? – Eu ri.
- Sim, o Patrício era exatamente assim com você. Ficava horas te olhando e sorrindo. Mas não tem novidade, ele ainda faz isso. – Minha mãe sorriu.
- Seria engraçado ver a história se repetir.
- É, mas esses dois têm uma vantagem, o Augusto é só quase três anos mais velho que a Marisol. Talvez eles não briguem tanto. – Minha mãe olhava os dois como se viajasse no tempo.
- Eu espero que não! – Eu ficaria feliz se a minha filha tivesse a mesma sorte que eu na vida.
E assim os dias iam passando. Mas a licença maternidade acabou mais depressa do que eu gostaria e, embora eu estivesse feliz para voltar ao trabalho, eu também estava apreensiva em deixar a minha bebê. Na empresa tinha uma creche e eu poderia levar a Marisol comigo, contudo, a Wanda, que andava mais coruja do que uma avó, ficou rabugenta e nada contente por eu dizer que levaria a menina, tão novinha, para a creche e como ela e a Catarina se juntaram num sonoro coro de que poderiam cuidar melhor da Marisol em casa eu acabei cedendo. Felizmente o meu marido era o meu chefe e eu voltei a trabalhar em meio período, de modo que eu passava as manhãs com a minha filha em casa e ia para o trabalho à tarde.
- Olha quem voltou para enfeitar esse escritório?! – O Rick caminhou em minha direção quando eu saí do elevador. – Oi, gata! Francamente, o Patrício tem muita sorte, a maternidade te deixou ainda mais linda.
- Ih, Rick, essa pele boa e o sorrisinho no rosto não é a maternidade não, isso é o Patrício que anda trabalhando arduamente para deixar essa mulher radiante desse jeito. – O Thales se aproximou para me abraçar.
Desde que a Manu saiu de licença maternidade o Thales, meu amigo que estava namorando o PH, ocupou o lugar dela. E pelo que o Patrício me contou ele a substituiria definitivamente, já que o Alessandro a mandaria para o departamento jurídico, para ser o braço direito do advogado sênior da empresa.
- É, nisso você está certo, Thales, meu marido trabalha arduamente todas as noites para me deixar feliz. – Eu ri e me dei conta do quanto eu sentia falta do meu trabalho.
Eu caminhei para a minha sala e encontrei sobre a minha mesa uma caixinha de doces com um cartão, com a letra bonita do meu marido, e que dizia unicamente “bem vinda de volta, Sra. Guzman”. Meu peito se encheu de alegria. Eu amava esse homem e, apesar de casados, ele se esforçava todos os dias para me conquistar.
Com a caixa de doces em mãos eu fui até a sala dele. Ele estava ao telefone quando eu entrei e abriu um grande sorriso ao meu ver, fazendo sinal para que eu me aproximasse. Eu fui até ele e me sentei em seu colo. Ele se apressou em sua ligação enquanto eu abria a caixa de doces e colocava um na boca.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......