“Anabel”
Finalmente eu tive coragem para abrir o jogo e deixar claro para o Ricardo o que eu queria. E como eu o queria. Eu estava sentada com a minha amiga numa mesa daquele bar e quando o cara dela chegou com o amigo e eu me levantei para cumprimentá-los eu vi o Rick no balcão sozinho e parecendo infeliz quase a ponto de se jogar de um prédio.
Eu não pensei duas vezes e rapidamente dispensei minha amiga e os caras e fui me sentar naquele balcão ao lado dele. Fazia muito tempo que eu não o via e ele estava ainda mais lindo que antes, os cabelos bem cortados, sem barba, a pele bronzeada do sol, quase num tom dourado. Eu o reconheceria há quilômetros de distância.
Eu me aproximei, tentei esconder o medo que eu senti dele me repelir. Mas pior do que estava não poderia ficar. Ele já não me procurava desde aquele almoço na casa do Patrício. Mas eu não consegui tirá-lo da cabeça. E ele não me colocou para correr, não, pelo contrário, ele me recebeu como antes, com gentileza e aquele olhar de menino perdido.
Enquanto ele falava eu observava sua boca tentadora se mover e pensava em como seria a sensação de beijá-la. Eu observava suas mãos segurando o copo e pensava na sensação de tê-las em meu corpo. Eu estava caidinha por esse homem e todos esses meses não me fizeram deixar isso pra lá. Sentada ali naquele bar, enquanto ele falava e meus pensamentos divagavam sobre a maravilha de homem que ele era, eu pensei que talvez se eu o tivesse por uma única vez fosse suficiente e eu pudesse seguir em frente.
Então, quando as coisas caminharam para isso, mesmo sabendo que seria só uma noite, eu pulei de cabeça, eu pegaria o que ele estava me oferecendo e lamberia os dedos. Depois disso eu poderia seguir em frente. Mas agora que eu senti o seu beijo, que eu tinha suas mãos sobre mim, seus olhos adorando o meu corpo, eu não sabia mais se uma única vez em seus braços seria suficiente pra mim.
Seu beijo era faminto e despertava um lado primitivo em mim, me fazendo querer mais e quando ele encheu sua boca e suas mãos com meus seios eu tive um breve vislumbre do paraíso e eu quis mais. Suas mãos pelo meu corpo traziam uma sensação deliciosa de antecipação. E quando ele me tocou ali, no meu centro sensível, ainda que sobre o tecido da calcinha, meu corpo vibrou de uma forma que nunca havia vibrado antes.
Eu ansiava por sua boca ali também. Ansiava pelo preenchimento que o seu membro me ofereceria e, pelo que eu pude sentir pelo roçar do seu quadril no meu, seria uma luta levá-lo até o fim. Ele era generosamente grande. Eu queria tocá-lo, testá-lo senti-lo. Queria todas as sensações que ele tinha a me oferecer.
Então ele me olhou daquele jeito enquanto tirava a minha calcinha, como se me reverenciasse, como se revelasse algo perfeito e divino diante de seus olhos. E ele gostou, eu vi nos olhos dele que ele queria aquilo tanto quanto eu. E ele estava pronto para se perder no meu corpo. Mas o encanto foi quebrado com os sons de telefone tocando alto e irritantes.
- Desculpe, moça bonita. – Ele se abaixou sobre mim e me deu um selinho. – Eu vou dispensá-los e volto pra você.
Aquilo soou como uma promessa, mas algo me dizia que ele não conseguiria dispensar os amigos. Ele se levantou e caminhou até a porta. Eu me sentei e puxei o meu vestido o colocando no lugar, procurei pela minha calcinha, mas não a encontrei.
Fui até o meio da sala e peguei a minha bolsa que eu deixei cair quando ele me envolveu em seus braços e tirei de lá o celular para chamar um taxi. E como eu previ, ele não conseguiu dispensar os amigos.
- Ah, Rick, até parece, nós não vamos deixar você sozinho hoje, trouxemos suprimentos. – Eu reconheci a voz do Patrício. Eles eram bons amigos e estavam preocupados com ele, eu entendia isso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......