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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 834

“Ricardo”

O dia passou depressa, eu havia mandado uma mensagem para a Anabel dizendo que não conseguiria encontrá-la essa noite e do escritório eu fui direto para o Clube Social.

Nós estávamos sentados no salão do cassino do Clube Social, já havíamos jogado algumas partidas e implicado uns com os outros o suficiente para rirmos como adolescentes. O assunto favorito dos meus amigos era o meu recém envolvimento com a Anabel e eles resolveram apostar quanto tempo demoraria para eu me dar conta de que estava apaixonado. As apostas variavam de até o fim da semana ou até o fim do mês, mas o Nando foi ousado e disse que seria até o fim da noite, o que fez todos rirem.

- Meu deus! – O Thales falou de repente e eu me virei para onde ele olhava.

A Anabel tinha acabado de entrar no salão, ela usava um vestidinho super curto dourado, justinho e frente única, estava com o cabelo meio preso e um batom vermelho que deixava os seus lábios voluptuosos. Ela estava linda demais. Mas estava acompanhada de um homem alto que a abraçava pela cintura e a fazia sorrir. O homem deu um beijo no alto da sua cabeça e eu senti vontade de arrancá-la de perto dele.

Eles se sentaram em uma mesa ao fundo, sozinhos e começaram uma conversa animada, ao contrário da mesa onde eu estava, pois as conversas cessaram quando os meus amigos viram o que estava acontecendo. Mas o Patrício não tinha amor à vida e se arriscou a abrir a boca.

- Amigos com benefícios. – O Patrício cantou apenas isso e foi o suficiente para que o meu sangue fervesse.

- Cala a boca, Patrício! – Reclamei e ele riu. – Que merda é essa? Eu não posso encontrá-la um dia e ela já tem um plano B?

- Está reclamando por que, Rick? Não foi você mesmo que sugeriu essa coisa de amigos com benefícios, sem compromisso e sem obrigações? Agora aguenta! – O Alessandro me lembrou de algo que me parecia uma boa idéia antes, mas que agora estava se mostrando um verdadeiro desastre. Mas a verdade é que eu não podia mesmo reclamar.

Nós continuamos jogando, mas eu não conseguia tirar os olhos da mesa onde a Anabel estava com aquele homem. Eles conversavam de forma muito animada, ela ria e ele segurava a mão dela com muita intimidade. Aquilo estava me corroendo. A cada vez que aquele homem a tocava ou falava qualquer coisa perto do seu ouvido, eu sentia crescer em mim a vontade de ir até lá, arrastá-la para casa comigo e mostrar pra ela que ela não precisava sair com outros caras. Mas eu não podia, meus amigos tinham razão, foi escolha minha manter as coisas entre nós apenas casuais.

Eu perdi uma rodada atrás da outra, tudo porque não conseguia tirar os olhos da Anabel e do seu plano B. Mas o que estava acontecendo comigo? Por que eu estava tão irritado com isso?

- Rick! – O Heitor me deu um tapa no ombro e eu olhei feio pra ele. – Sua vez! E não me olha assim, foi você quem teve essa idéia ridícula de sexo sem compromisso com essa gata. Era óbvio que ia dar merda.

Eu olhei para as cartas na mesa sem ter idéia do que eu deveria fazer, nem com o jogo e nem com a Anabel. E os meus amigos perceberam isso.

- Quer saber, Ricardo, levanta sua bunda da cadeira, vai até lá e leva sua mulher pra casa. Assume essa mulher de uma vez ou você vai perdê-la e quando se der conta de que está apaixonado por ela vai ser tarde. – O Flávio me encarou, com aquele jeito de quem diz “resolve logo” e eu olhei para ele confuso.

- Por que vocês acham que eu estou apaixonado por ela? – Eu perguntei. – Pode ser só um sentimento de posse por eu estar dormindo com ela, ou um tipo de trauma pelo que eu vivi com a Taís.

- É sério que você está perguntando isso pra gente? – O PH me olhou como se duvidasse que precisariam me responder.

- Tá bom, vamos lá. Quando você via a Taís com outro cara, você sentia o que está sentindo agora? – O Patrício me encarou e eu analisei aquilo. Não eu nunca senti o que eu estava sentindo agora.

- Eu não gostava de vê-la com outro, mas também não pensava em acabar com a situação. Eu deixava que ela resolvesse, nós tínhamos um acordo, eu tinha que aceitar porque eu concordei com o casamento aberto. – Eu expliquei.

- Rick, eu... – Ela tentou falar mais uma vez, mas eu não aceitaria recusas, eu a queria completamente.

- Me diz que sim, Anabel, diz que quer mais do que estar na minha cama sem compromisso, diz que quer ser a minha namorada. Porque eu te quero, Ana, quero namorar você, quero o compromisso, a fidelidade, o título de namorado e tudo o que isso implica. Diz que sim, Ana, e sai daqui comigo.

Ela estava com os olhos marejados e um sorriso enorme no rosto. Eu tinha quase certeza de que ela me diria sim, quase.

- Rick, eu... – Ela estava sorrindo.

- Eu não sei como, Ana, não sei o que você fez, mas eu estou apaixonado por você. E eu sei que você sente alguma coisa por mim. Fica comigo. – Eu estava ficando ansioso, mas ela apenas sorria com aqueles olhos brilhantes.

Mas o homem que estava com ela teve que se meter. Ele ficou de pé e limpou a garganta para chamar a minha atenção. Nós éramos praticamente da mesma altura e eu o encarei, sem soltá-la.

- Você não está sendo um pouco precipitado? – Ele perguntou com um ar de sobriedade. - Você não sabe quem eu sou, não é mesmo?

Eu o encarei, achando ridícula a sua pergunta. Eu não estava nem aí para quem ele era, mas de fato suas feições me lembravam alguém, eu só não sabia quem.

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