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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 835

“Ricardo”

Eu soltei a Anabel e encarei aquele homem sem respondê-lo. Talvez ele também não estivesse disposto a abrir mão dela. Com certeza não estava. Ela era linda demais e cheia de vida, inteligente, encantadora. Claro que ele não abriria mão dela assim tão facilmente.

Então eu percebi que ele estava me olhando com seriedade, mas havia um brilho de divertimento em seus olhos. Ele olhou para ela e sorriu.

- Você não falou de mim para ele? – Ele perguntou para a Anabel e me deixou confuso.

- Não, não falei. – Ela estava rindo e eu começava a não gostar do que estava acontecendo.

- Meu caro, Donaldo! – O Alessandro se aproximou e cumprimentou o homem. Aquele nome deveria me dizer alguma coisa. – Que milagre é esse? Você não costuma aparecer por aqui.

- Alessandro! Bom te ver. Eu estou passando um tempo com a minha irmãzinha. Ela queria me arrastar pra um desses bares lotados, mas eu a convenci a vir pra cá, achei que seria mais tranquilo. – O homem respondeu e eu percebi então a semelhança.

- Irmãzinha? – Eu olhei para a Anabel em choque.

- Eu estava tentando te dizer. – A Anabel estava rindo. Eu me virei para o irmão dela, não tinha como eu estar mais sem graça, mas ele estava rindo.

- Me desculpe por isso, mas... – Eu comecei a me desculpar, mas ele me interrompeu.

- O que é isso, cunhado! Acho que posso te chamar assim, porque eu sei que a minha irmã está apaixonadinha por você e já faz muito tempo, então ela vai aceitar o seu pedido. Não tem porque se desculpar, eu gostei do que eu vi, só não precisava saber sobre ela estar na sua cama, foi informação demais. – O Donaldo estendeu a mão e eu a apertei.

- É um prazer conhecê-lo, eu sou o Ricardo Fontes. – Eu me apresentei formalmente.

- Donaldo Lancaster. Mas vamos nos sentar. Ou você tem muita pressa de levar a minha irmã daqui? – Ele estava brincando comigo, eu sabia. Mas eu realmente queria sair dali com ela.

- Donaldo, você não quer se juntar a nós? Estamos jogando pôquer e o Rick nos abandonou por causa da Anabel. – O Alessandro sorriu para a Ana.

- Ana, vou te dar um conselho, não o deixe fugir, porque quando um homem abandona a mesa de pôquer por uma mulher, significa que ela é importante. – O Donaldo falou com a irmã.

- Donaldo, me desculpe por interrompê-los, é que... – Eu não sabia como explicar.

- É que você ficou com ciúmes. Rick, eu te entendo. Eu teria feito quase a mesma coisa, eu não seria tão gentil como você, teria jogado minha mulher sobre os ombros e a levado daqui. Mas você tem o meu respeito, foi gentil e deixou que a decisão fosse dela. – O Donaldo sabia exatamente o que eu senti e foi compreensivo sobre a situação.

- Eu posso falar agora? – A Anabel falou mais alto chamando a nossa atenção. – Minha nossa, o que há com os homens? Vocês não me deixam responder.

Eu ri da sua carinha de brava para o irmão e ela me encarou, ficando séria pela primeira vez desde que eu os interrompi.

- Rick, agora que você sabe que ele é meu irmão, você quer retirar o que disse ou mudar alguma coisa? – Ela me perguntou, olhando nos meus olhos, eu sustentei o seu olhar e passei os meus braços em volta dela a puxando de volta para mim.

- Auto lá, senhora! – Eu falei mais alto que a mulher. – Para o seu conhecimento, eu não sou casado. Não que isso seja da sua conta!

- É, não é e eu aposto que essa daí é a culpada pelo seu divórcio. – A mulher parecia odiar a Ana.

- Não aposte, pois a senhora vai perder. Agora nos deixe em paz. – Eu me virei e puxei a Anabel comigo para sairmos dali. Ela estava tremendo.

- Paz? – A mulher deu uma risada azeda. – Eu nunca vou te deixar em paz, Anabel, nunca vou deixar que esqueçam a mulherzinha sem vergonha que você é.

Eu fiz menção de me virar e colocar aquela mulher no lugar dela, mas a Ana me puxou. Ela tremia e chorava.

- Me tira daqui, por favor. – Eu olhei em volta e um aglomerado de pessoas já se formava para assistir àquele circo. Eu precisava tirá-la dali, mas eu não podia deixar aquela mulher pensar que poderia ofendê-la daquela forma.

- Vai, sua vagabunda, foge como a covarde que você é! – A mulher não parava e eu fiquei enfurecido e me virei, mantendo a Anabel atrás de mim.

- A senhora está muito enganada! E deveria ter vergonha de fazer um escândalo num lugar como este. Não mexa com a Anabel ou eu tomarei medidas legais contra a senhora. – Eu respondi sentindo muita raiva por aquela mulher falar com a Ana daquela forma.

- Você não sabe com quem você está se metendo, cuidado, essa daí vale menos do que uma ponta de cigarro jogada no asfalto! – A mulher destilou o seu veneno.

- Não, senhora, a senhora é que não sabe com quem está se metendo. A Anabel não está mais sozinha, saiba disso. E pare de passar vergonha, uma mulher na sua idade armando escândalo, só mulheres vulgares fazem isso. Talvez seja a senhora quem não valha uma ponta de cigarro jogada no asfalto! Se aproxime dela outra vez e a senhora vai ter sérios problemas legais. – Eu bradei e dei as costas saindo dali com a Ana tremendo em meus braços.

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