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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 837

“Anabel”

O Rick era o tipo de homem por quem qualquer mulher se encantaria, e não só porque ele era lindo, mas porque ele sabia tratar uma mulher e fazê-la se sentir linda e especial. Ele se levantou do sofá e antes que eu me levantasse ele me pegou no colo e me levou para o quarto.

Ele tirou o meu vestido, dizendo muitas vezes que eu era linda e o quanto ele era privilegiado por me ter ali. Ele jogou o meu vestido no chão e seus olhos ficaram vidrados na minha calcinha dourada brilhante. Ele foi gentil e carinhoso e com seus beijos e suas palavras gentis me fez esquecer aquela cena horrorosa que aconteceu no Clube Social. Pelo menos até a manhã seguinte.

Acordei com o meu celular tocando sobre a mesinha de cabeceira. Eu nem me lembro de tê-lo colocado ali. Ainda era muito cedo e eu poderia ter tido mais um tempo de sono, porém o celular insistia em chamar. Só podia ter morrido alguém!

- Alô! – Atendi com voz de sono e louca para fechar os meus olhos de novo.

- Qual foi a bobagem que você fez agora, Anabel? – Meu pai parecia furioso.

- Do que você está falando, pai? – Eu abri os meus olhos e me sentei na cama. Os olhos do Rick já estavam atentos sobre mim.

- Estou falando da merda desse vídeo na internet outra vez. E de um novo, um escândalo no Clube Social na noite passada. Preciso te explicar mais, Anabel? – O mundo voltou a ruir ao meu redor.

- Pai, eu...

- Onde você está, sua irresponsável? Eu vou mandá-la imediatamente para outro país e você não vai voltar mais. Você só me causa problemas, Anabel!

- Pai... – A minha voz já estava embargada. Eu não sabia o que dizer, pois sabia que nada que eu dissesse faria diferença.

- Anabel, você me enche de vergonha! Minha esposa está inconsolável, com vergonha de ir ao Clube por sua causa! Você não se cansa de atrapalhar as nossas vidas? - Meu pai não queria me ouvir, ele só queria gritar comigo.

- Pai, você pode me escutar? – Eu tentei falar, mas era perda de tempo.

- Escuta aqui, Anabel. Eu não sei quem é o seu amantezinho da vez, mas eu quero você na empresa em meia hora. – Ele desligou o telefone e eu sabia que a coisa seria muito pior quando eu o encontrasse.

Eu senti um arrepio percorrer a minha espinha e o medo começou a me invadir. Da última vez que esse vídeo voltou a circular, ele me deu uma surra e me manteve trancada e incomunicável em meu próprio apartamento por um mês. E disse ao meu irmão que eu tinha viajado para que o assunto fosse esquecido.

Meu pai era um homem brutal quando ficava com raiva. Não era também muito agradável quando estava de bom humor. E era incapaz de um gesto de compreensão ou afeto com os filhos, todo o seu carinho era destinado a esposa vinte anos mais jovem e a filha dela que ele adotou ao se casar.

Eu senti as mãos do Rick em meu ombro e antes que eu me virasse o meu telefone tocou novamente. Era o meu irmão e eu o atendi.

- Oi, Donaldo. – Minha voz de choro denunciava o que havia acontecido.

- Merda! Ele já te ligou. – Meu irmão praguejou. – Você está com o Ricardo?

- Sim, na casa dele.

- Obrigada! Você pode fazer o que você quiser. Eu não acredito que vá conseguir muita coisa, mas se você quer tentar, por mim tudo bem.

- Sabe o que é, moça bonita, eu tenho uns contatos na polícia e tenho uma amiga que é muito especial e que sabe das coisas.

- Melissa Lascuran.

- Ela mesma. – Ele sorriu. – A Mel tem um dom para descobrir coisas que ninguém consegue. Mas ela vai querer falar com você e saber de tudo. Isso te incomoda?

- Não, por mim tudo bem.

Eu sabia que ele queria me ajudar e sabia que a Melissa, em apoio ao amigo, tentaria me ajudar. Eu admirava a personalidade forte da Melissa. Eu não era como ela, eu me quebrei de muitas formas com tudo o que aconteceu desde a morte da minha mãe. E talvez eu já estivesse quebrada antes.

- Ótimo! Agora vamos ao meu bom dia... – Ele começou a espalhar beijos em meu pescoço e em pouco tempo a forma desagradável com que eu fui acordada já havia sido esquecida.

Ele saiu para o trabalho fazendo milhares de recomendações para que eu não atendesse o meu pai no celular e não abrisse a porta, se por acaso o meu pai descobrisse onde eu estava, e garantiu que viria almoçar comigo, pois o corretor traria um casal para ver a casa.

Depois que ele saiu, eu deixei tudo o mais organizado possível, consegui uma camiseta e uma calça de moleton no closet dele, que embora tenham ficado muito grandes não ficaram ruins, e tomei um banho. Agora me restava sentar e esperar, esperar que meu pai se acalmasse para que eu voltasse a sair da toca.

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