“Anabel”
O Rick era o tipo de homem por quem qualquer mulher se encantaria, e não só porque ele era lindo, mas porque ele sabia tratar uma mulher e fazê-la se sentir linda e especial. Ele se levantou do sofá e antes que eu me levantasse ele me pegou no colo e me levou para o quarto.
Ele tirou o meu vestido, dizendo muitas vezes que eu era linda e o quanto ele era privilegiado por me ter ali. Ele jogou o meu vestido no chão e seus olhos ficaram vidrados na minha calcinha dourada brilhante. Ele foi gentil e carinhoso e com seus beijos e suas palavras gentis me fez esquecer aquela cena horrorosa que aconteceu no Clube Social. Pelo menos até a manhã seguinte.
Acordei com o meu celular tocando sobre a mesinha de cabeceira. Eu nem me lembro de tê-lo colocado ali. Ainda era muito cedo e eu poderia ter tido mais um tempo de sono, porém o celular insistia em chamar. Só podia ter morrido alguém!
- Alô! – Atendi com voz de sono e louca para fechar os meus olhos de novo.
- Qual foi a bobagem que você fez agora, Anabel? – Meu pai parecia furioso.
- Do que você está falando, pai? – Eu abri os meus olhos e me sentei na cama. Os olhos do Rick já estavam atentos sobre mim.
- Estou falando da merda desse vídeo na internet outra vez. E de um novo, um escândalo no Clube Social na noite passada. Preciso te explicar mais, Anabel? – O mundo voltou a ruir ao meu redor.
- Pai, eu...
- Onde você está, sua irresponsável? Eu vou mandá-la imediatamente para outro país e você não vai voltar mais. Você só me causa problemas, Anabel!
- Pai... – A minha voz já estava embargada. Eu não sabia o que dizer, pois sabia que nada que eu dissesse faria diferença.
- Anabel, você me enche de vergonha! Minha esposa está inconsolável, com vergonha de ir ao Clube por sua causa! Você não se cansa de atrapalhar as nossas vidas? - Meu pai não queria me ouvir, ele só queria gritar comigo.
- Pai, você pode me escutar? – Eu tentei falar, mas era perda de tempo.
- Escuta aqui, Anabel. Eu não sei quem é o seu amantezinho da vez, mas eu quero você na empresa em meia hora. – Ele desligou o telefone e eu sabia que a coisa seria muito pior quando eu o encontrasse.
Eu senti um arrepio percorrer a minha espinha e o medo começou a me invadir. Da última vez que esse vídeo voltou a circular, ele me deu uma surra e me manteve trancada e incomunicável em meu próprio apartamento por um mês. E disse ao meu irmão que eu tinha viajado para que o assunto fosse esquecido.
Meu pai era um homem brutal quando ficava com raiva. Não era também muito agradável quando estava de bom humor. E era incapaz de um gesto de compreensão ou afeto com os filhos, todo o seu carinho era destinado a esposa vinte anos mais jovem e a filha dela que ele adotou ao se casar.
Eu senti as mãos do Rick em meu ombro e antes que eu me virasse o meu telefone tocou novamente. Era o meu irmão e eu o atendi.
- Oi, Donaldo. – Minha voz de choro denunciava o que havia acontecido.
- Merda! Ele já te ligou. – Meu irmão praguejou. – Você está com o Ricardo?
- Sim, na casa dele.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......