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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 839

“Ricardo”

Encontrei o Patrício e o Alessandro sentados em minha sala quando cheguei ao escritório.

- Aconteceu alguma coisa? – Observei a seriedade dos dois.

- Nós soubemos o que aconteceu no Clube Social ontem, quando você e a Anabel estavam saindo. Como ela está? – O Alessandro perguntou. Eu sabia que havia preocupação ali.

- Péssima. Foi muito desagradável e o pai dela ainda ligou hoje logo cedo. – Respirei fundo e me sentei.

- O pai dela não é um homem muito fácil e a madrasta é uma mulherzinha do tipo sangue suga. O que nós podemos fazer por vocês? – O Patrício ofereceu. Eles estavam ali para me apoiar e me oferecer ajuda. Eu tinha os melhores amigos do mundo.

- Não sei. Eu pensei em falar com a Melissa e o Moreno, ver se eles podem correr atrás dessa história pra mim. A Ana disse que não era ela no vídeo e eu acredito. – Eu os encarei.

- Você já viu o vídeo? – O Alessandro me perguntou com total seriedade.

- Ainda não. – Respondi pensando se eu iria querer ver esse vídeo.

- Deveria ver. – O Patrício me incentivou e eu liguei o computador.

Alguns minutos depois passava na minha frente o vídeo em que o pai da amiga da Anabel estava com uma garota que todos juram que é a Anabel, mas não se podia ver o rosto. Na sequência um vídeo da cena desagradável da noite anterior no Clube Social. Eu baixei os vídeos em um pen drive e me virei para os meus amigos.

- Alessandro, será que o jurídico pode conseguir uma ordem para remoção desse vídeo?

- Claro, eu já avisei a Manu que você falaria com ela. Eles vão fazer o que você quiser. – O Alessandro já havia se adiantado e eu fiquei grato.

- Muito bem! Quando é que você vai me pedir ajuda, Ricardo? – A Melissa entrou em minha sala como se fosse a dona do lugar e eu ri da sua liberdade e do quanto ela ficava à vontade tomando as rédeas de qualquer situação.

- Chegou a mulher que sabe das coisas. – O Patrício riu.

- É, você sabe que eu sei, palerma! – Ela sorriu e me abraçou. – Quer saber o que eu acho? Tem algo errado nessa história. Eu vi os vídeos e eu fiquei com uma sensação de que tem algo errado, eu não sei o quê, mas alguma coisa me incomoda nessa história.

- A Anabel me disse que não foi ela, Mel. – Eu repeti aquilo de novo.

- E você acredita, eu sei. – A Melissa me encarou e esfregou as mãos uma na outra. – Então, posso investigar?

- Eu falei com o Patrício e o Alessandro que eu ia te pedir isso. – Eu sorri pra ela. – Na verdade eu ia pedir para você e o Flávio.

- Ih, não confia nas minhas habilidades não? – Ela reclamou e eu ri.

- Confio, mas o Flávio tem os aparatos da polícia a mão.

- Eu sei, eu ia falar com ele de todo jeito. Posso trabalhar com o delegado, mas eu comando a investigação.

- Sempre, maluca! – Eu ri. Melissa tinha um brilho diferente, uma qualidade que era sua marca, ela exalava uma confiança invejável. Era segura de si, dona de qualquer situação e não se abatia facilmente. Ela era uma mulher forte e determinada. – Você sabe, Mel, que o Nando é um homem de sorte!

- Eu sei, chegou em casa ontem com o dinheiro dos idiotas. – Ela riu.

- Não é disso que eu estou falando. Você é um tesouro, Melissa, ele tem sorte por ter você!

- Sim, mas, considerando o homem sensacional que você é, imagino que o seu pai seja um homem ponderado e que não vai transferir o ódio que sente do pai para os filhos. Aliás, eu não imagino, eu sei. A Lucinda me falou maravilhas sobre seus pais.

- Ih, olha a maluca, já andou trabalhando hoje, hein?! Falou até com a minha mãe. – O Patrício riu. A Melissa não perdia tempo mesmo.

- Não sei, Mel. Quando o assunto é o Lancaster, o meu pai fica cego de raiva. – Eu estava em dúvida se esse era o melhor caminho.

- E nós precisamos saber por que. Saber o que aconteceu, por que eles brigaram. – A Melissa explicou e ela tinha razão.

- Entendo. Eu vou ligar pra ele. Ele vai querer me matar por ter me envolvido com uma Lancaster, mas fazer o quê. – Eu suspirei.

- “O coração tem razões que a própria razão desconhece”, Ricardo, ensinamento de ouro de Blaise Pascal lá no século dezessete. Você se apaixonou, isso é simples. – A Melissa colocou a mão sobre a minha, um gesto de compreensão, conforto e apoio. – Agora liga e coloca no viva voz, assim você não precisa repetir tudo depois.

- E lá se foi a compreensão, de mão dada com a privacidade. – Reclamei e ela riu.

- Até parece que existe alguma privacidade nesse grupo! – A Lisa riu no canto da sala.

- Isso se chama confiança, Lisa! – A Melissa estava certa, nós confiávamos uns nos outros e nós nos apoiávamos. – Vai, Ricardo, eu ainda vou pra sua casa ver a Anabel. Você vem comigo, Lisa?

- Se meu chefe deixar. – A Lisandra estava só provocando o Patrício.

- Até parece, meu doce! Você manda em mim igual a mel manda no Heitor. – O Patrício beijou a mão da esposa e nos fez rir.

- E seja o que deus quiser! – Eu falei e peguei o telefone. Não seria uma ligação fácil.

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