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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 846

“Anabel”

Enquanto estávamos jantando o Donaldo ia elaborando o plano de como faria o nosso pai flagrar a esposa com o amante. Eu não gostava daquilo, mas ele não concordava comigo. Estava certo de que se o nosso pai se preocupasse com a esposa, desviaria a atenção de nós.

- É isso, um “amigo anônimo” vai plantar a semente da discórdia. Cunhado, você vai me dar o endereço da imobiliária? – Meu irmão parecia uma criança prestes a fazer uma traquinagem.

- Com certeza! – O Rick respondeu com a mesma empolgação.

- Só eu estou preocupada com o alvoroço que essa história vai causar? – Reclamei e eles riram.

- Moça bonita, nos próximos dias o seu pai vai andar tão ocupado que nem vai se lembrar daqueles vídeos horríveis. Vai ser melhor pra você. – O Rick segurou a minha mão.

- E vocês acham que essa história do amante vai ocupá-lo tanto assim? – Eu não estava botando muita fé naquilo.

- Na verdade... – O Rick se recostou e olhou pra mim, fazendo uma pausa como se tivesse algo grave para contar. – Ele vai ficar muito ocupado com o meu pai infernizando a vida dele também.

- O seu pai? – Eu não entendi.

- Sim, Ana, meus pais estão vindo passar uns dias. Estão vindo justamente para nos ajudar com o seu pai. – O Rick contou com uma solenidade excessiva.

- Mas os nossos pais se odeiam. – Eu não entendia como o pai do Rick poderia ajudar.

- Exatamente. Por isso o meu pai vai nos ajudar. Ele vai tirar a atenção do seu pai de cima de você e vai nos ajudar a te livrar de vez da tirania do seu pai. – O Rick falava e eu continuava sem entender.

- É mesmo, por acaso você sabe qual a razão da briga deles? – Meu irmão ficou tão curioso quanto eu.

- Sim, pelo menos sei o que de acordo com o meu pai é uma versão resumida. – O Rick estava prestes a contar.

- Tem a ver com a nossa mãe. – Eu me lembrei do que a Melissa havia falado mais cedo.

- Tem sim, o que a Mel te contou? – O Rick me olhou curioso.

- Só que o seu pai salvou a minha mãe. Lembra, Don, do anjo que a mamãe sempre falava? – Eu me virei para o meu irmão que fez uma careta.

- Eu me lembro exatamente do dia que aquele homem chegou com a polícia lá em casa. Eu tinha só cinco anos, mas eu me lembro dos gritos da nossa mãe e me lembro de um homem de bigode que me pegou no colo e entrou comigo na ambulância, onde a nossa mãe estava quase desmaiada e toda machucada. – Meu irmão fungou e lamentou. – Tem coisas que são impossíveis de esquecer.

- Sua mãe falava do meu pai? – O Rick me olhou afetuosamente.

- Sim, ela se referia a ele como um anjo que a resgatou e dizia que foi graças a ele que eu sobrevivi. – As lágrimas estavam em meus olhos de novo.

- Ei, moça bonita. – O Rick se virou e segurou o meu rosto entre as mãos. – Parece que estava escrito. – Ele falava baixo e eu o olhei e sorri.

- Nós dois. – Eu falei e ele dez que sim.

- É, eu também não entendo. Ela dizia que, se algo acontecesse com ela, a casa era nossa e a empresa também. Mas não adianta lamentar, nós precisamos agir. Por isso eu pensei em uma coisa. – O Donaldo estava certo, nós precisávamos agir e eu precisava me esconder.

- Ai, você e suas idéias mirabolantes! Vai, fala. – Eu bufei.

- Conforme as regras da nossa empresa, o presidente precisa ser o acionista majoritário. Eu vou transferir pra você três por cento das minhas ações. – Eu olhei pra ele como se não tivesse entendido.

- Você passa a ter trinta e seis por cento, se torna a acionista majoritária e tira a presidência do nosso pai. Você passa a controlar tudo. – A idéia dele era a coisa mais estapafúrdia que eu já tinha ouvido na vida.

- Sem chance, Don! Eu não vou enfrentá-lo, eu não consigo. – Eu me adiantei a responder.

- Você consegue sim! – Ele falou e eu desviei o olhar. – Anabel, você é uma mulher forte e capaz! Para de se esconder como se fosse um animalzinho assustado!

- Eu sou um animalzinho assustado! – Eu retruquei. Não aceitaria aquilo de jeito nenhum.

- Não, você não é! – O Don parecia zangado.

- Don, se ele colocar as mãos em mim ele me mata! – Eu respondi assustada.

- Eu vou estar lá com você! – Ele garantiu.

- Você não estava quando ele me trancou no apartamento. – Eu me arrependi imediatamente do que eu disse, soou como se eu o culpasse e não era isso. – Desculpa, Don. O que eu quis dizer é que você não pode estar comigo o tempo todo e ele vai vigiar e esperar o momento certo de me pegar e quando ele fizer, ele vai me trancar e terá tudo o que é meu, inclusive os seus três por cento de ações.

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