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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 853

“Donaldo Lancaster”

Já fazia muito tempo que eu não me interessava por ninguém e geralmente as mulheres não me impressionavam assim. Mas a Adèle era tão divertida, espontânea e linda que foi impossível não me encantar. A conversa fluía fácil com ela, era uma mulher inteligente, de pensamento rápido e tinha um senso de humor aguçado.

A ironia da coisa é que ela era uma Fontes e eu poderia ter problemas com o pai dela, o meu certamente ficaria colérico, mas eu não me importava com ele. No entanto, eu me importava com o que ele poderia fazer a ela e isso me incomodou, ela seria um caminho fácil para ele atingir a mim, ao Ricardo e ao Sr. Fontes ao mesmo tempo. Eu precisava mantê-la longe dos olhos e ouvidos dele.

- Bom, meus queridos, eu preciso ir. – A Adèle se levantou e eu me dei conta que já era bem tarde.

- Eu vou te levar em casa, Del. – O Ricardo se levantou.

- Rick, não seja protetor. Eu vou chamar um taxi. – Ela reclamou.

- Está tarde, Del. – O Rick reclamou e eu me atrevi.

- Olha só, Del, nós podemos ir juntos de taxi até o Grupo Mellendez, meu carro está lá, aí depois eu te deixo em casa. E você não se preocupa, Rick. – Eu ofereci e o Rick me olhou como quem não acreditasse na minha gentileza.

- Ah, eu aceito, Don! – A Adèle concordou de pronto. – E nós podemos conversar um pouco mais pelo caminho.

- Eu vou adorar! – Eu sorri e meus olhos estavam capturados nos dela, aqueles lindos e expressivos olhos castanhos adornados por óculos com aro de tartaruga que lhe davam um ar de intelectual.

Ela passou a sua mão de dedos longos e unhas bem feitas pelos longos cabelos pretos repicados e com algumas mechas caramelo que iluminavam o seu rosto e os jogou para trás, seu cabelo ia até a sua cintura e emoldurava perfeitamente o seu rosto fino e delicado que se tingia de um rosa pálido quando ela ficava sem graça. Ela era linda, delicada e graciosa, com aquele nariz afilado e que combinava perfeitamente com seus lábios volumosos, mas sem exagero, apenas o suficiente para se destacarem no rosto perfeito.

- É claro que ela vai adorar. – O Ricardo murmurou ao meu lado, um tanto rabugento, mas eu estava interessado demais na irmã dele para lhe dar atenção.

Nós nos despedimos do casal e chamamos um taxi. Saímos juntos do prédio e eu abri a porta do carro para que ela entrasse. No trajeto até o estacionamento do grupo Mellendez eu aproveitei que finalmente estávamos sozinhos para saber um pouco mais sobre ela.

- Então, Del, seu irmão parece ser meio ciumento. – Eu ri, me lembrando que o Ricardo parecia meio preocupado com a minha interação com a irmã dele.

- Ah, um falso puritano! Ele está dormindo com a sua irmã, você vai mesmo se importar com os sentimentos dele? – Ela sorriu, era uma mulher que não se intimidava.

- Nem um pouco. – Eu ri, mas na verdade me importava, eu gostava de fazer as coisas direito. – Você é muito bonita, Adèle. E muito interessante. Por acaso tem um namorado escondido em algum lugar?

- Não. Nenhum namorado e nem nada do gênero. Eu não namoro, Don. – Isso me surpreendeu.

- E por que não? – Eu quis saber.

- Chance de quê? De me levar pra cama? – Havia um certo desdém na voz dela quando disse aquilo e eu não gostei, o que quer que tenha acontecido a fez sofrer.

- Não, de ser o seu futuro namorado! – Era melhor colocar logo as cartas na mesa.

Eu não era o tipo de cara que enganava uma mulher só para levá-la pra cama, tampouco me divertia com qualquer uma. Eu gostava de relacionamentos sérios e com potencial para durar, eu queria que ela entendesse isso.

Ela me encarou de boca aberta e olhos arregalados, talvez eu a tenha pego de surpresa, e sendo assim, eu decidi surpreendê-la mais um pouco. Me aproximei rapidamente e a beijei. Ela demorou um segundo ou dois para compreender o que eu estava fazendo, mas não se afastou. Então suas mãos tocaram os meus braços e ela aceitou o beijo que eu lhe dava.

Ela tinha os lábios macios e quentes, e quando sua língua tocou a minha me convidando para entrar e saborear a sua boca eu não perdi tempo, eu segurei sua cabeça e a puxei para o meu peito. No espaço confinado do banco de trás daquele taxi eu a beijei como se tomasse posse dela e a fizesse minha. Eu estava ciente dos olhos do taxista divididos entre o trânsito a sua frente e o retrovisor que mostrava o que acontecia no banco de trás e por isso eu não a beijei como eu queria e pelo tempo que eu queria.

- Podemos continuar esse beijo na sua casa? – Eu falei bem baixinho em seu ouvido.

- Podemos! – Ela concordou e eu senti um contentamento crescer dentro de mim, segurei a sua mão, passando os dedos pelos nós dos seus, e voltei a me recostar no banco.

- Bebê, eu vou te mostrar que eu sou um bom sujeito e que valho a pena! – Eu estava confiante de que poderia provar a ela o meu valor e eu começaria não ultrapassando nenhum sinal essa noite.

Eu queria beijá-la? Sim, muito, mais do que eu já quis beijar uma mulher antes. Mas eu me controlaria e não a levaria para cama esta noite, tampouco a provocaria sexualmente. Eu queria e iria conquistá-la, com romance, carinho e delicadeza. E quando eu a levasse pra cama ela teria absoluta fé em mim. Isso ia me custar um controle fenomenal, porque a Adèle era toda provocação no seu estilo secretária sexy sem ser vulgar, mas eu mostraria a ela que eu era diferente. E eu não fazia isso só por ela, eu também queria ter certeza de que a linda Adèle não partiria o meu coração, como a outra já havia feito. Eu sabia que estava apostando alto, poderia sair disso machucado ou poderia dar muito certo, só o tempo poderia dizer.

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