“Ricardo”
No fim do dia eu fui pra casa acompanhado do Donaldo e da Adèle. O dois pareciam estar se dando bem demais, o que certamente preocuparia o meu pai e acabaria sobrando pra mim. Eu já previa um longo discurso do tipo “você deveria cuidar da sua irmã mais nova”. Mas a minha irmã mais nova tinha vinte e oito anos e sabia se virar muito bem.
- Ana? – Chamei ao entrar.
O Donaldo e a Adèle se acomodaram na sala e eu teria que procurar a Anabel, aquela cobertura era muito grande. Acabei a encontrando no quarto saindo do banho e me arrependi por ter trazido aqueles dois comigo.
- Minha vontade de te levar de volta para o chuveiro é enorme! – Eu a abracei e beijei.
- Eu não vou me opor. – Ela estava rindo.
- Infelizmente temos visitas. – Lamentei e ela me olhou curiosa. – Seu irmão e a minha irmã caçula.
- Sua irmã? – Ela perguntou e eu não sabia se ela estava surpresa ou nervosa.
- Minha irmã. Ela foi contratada pelo Alessandro, vai ser a nova secretária. Ela conheceu o seu irmão no escritório e os dois, ao que parece, estão se dando muito bem.
- Muito bem?
- É, bem demais. Vamos, você verá. Talvez eu esteja enganado, mas... – Uma idéia idiota passou pela minha cabeça, mas eu precisava perguntar. – O seu irmão não ficaria com a minha irmã só para provocar o seu pai ou ficaria?
- Não, coração, não se preocupe. O Don leva relacionamentos muito à sério. E ele jamais usaria a sua irmã assim, se ele se interessou por ela, isso não tem nada a ver com o meu pai. – A Ana me garantiu e eu fiquei um pouco mais tranquilo, mesmo assim eu achava que essa aproximação tinha o potencial de uma bomba atômica.
- Me tranquiliza saber. Mas também eu nem sei porque eu me preocupo, a Adèle sabe se cuidar. – Eu deveria estar preocupado com o Donaldo na verdade, porque a minha irmãzinha não era fácil.
- Tem tanto tempo que eu não vejo o meu irmão com ninguém. – Ela suspirou.
- Muito tempo?
- Ele é tipo você, Rick, não sai por aí ficando com mulheres aleatórias. Fazem uns dois anos, talvez um pouco mais, que ele está sozinho. – A Anabel pareceu se lembrar de um tempo difícil. – Foi mais ou menos na mesma época em que o meu pai me trancou no apartamento. O Don tinha uma namorada, parecia que as coisas iam bem, ele gostava muito dela, chegou a me dizer que estava pensando em se casar, mas de repente, assim do nada, a moça terminou com ele e desapareceu. Ele ficou arrasado.
- Tipo o que a Taís fez comigo. – Percebi que talvez o Donaldo e eu tivéssemos mesmo muito em comum.
- Sim e não. Ela só falou com ele que queria terminar, que não o amava e sumiu. Nós nunca mais tivemos notícias dela. E o Don a procurou, ele estava apaixonado e demorou a esquecê-la. Mas ele nunca mais a encontrou, foi como se ela tivesse sido tragada pela terra.
- Que estranho! Quem consegue sumir assim hoje em dia? – Eu estava surpreso que em tempos de internet uma pessoa conseguisse desaparecer.
- Quem não quer ser encontrado, meu coração! – Ela tinha razão.
- Esquisito. Por que ela fugiria assim do Don? – Uma pulga coçou atrás da minha orelha.
- Não sei, mas te garanto, meu irmão é um cavalheiro e trata as mulheres com respeito. Não se preocupe com a sua irmã. – A Anabel percebeu a minha preocupação.
- Meu pai vai ter um treco! – Eu não pude deixar de rir.
- Espero que ele entenda que eu amo o filho dele! – Ela passou os braços pelo meu pescoço.
- Não sei, talvez você precise demonstrar para o filho dele que o ama. – Brinquei com ela, que riu beijou o meu queixo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......