Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 857

“Anabel”

Eu estava cansada de andar de um lado para o outro sem nada de útil pra fazer. Essa situação precisava ser resolvida logo para que eu pudesse voltar a trabalhar e fazer as minhas coisas. Mas já que eu tinha tempo, talvez eu pudesse preparar algo especial para o Rick, mas eu prometi a ele que não sairia sozinha e eu não quebraria a minha promessa, então eu encontraria companhia.

- Oi, Mel, você disse que eu poderia ligar... – Eu expliquei meio sem graça assim que ela atendeu o telefone.

- Quando você quiser, Ana! – Ela parecia feliz em me atender. – Eu ia mesmo te ligar pra saber como você está.

- Ai, Mel, eu estou entediada! – Eu falei de uma vez, eu estava mesmo ficando até depressiva.

- O que você acha de almoçar comigo hoje? – Ela sugeriu e eu senti uma alegria quase infantil crescendo em mim.

- Mesmo? Eu vou adorar! – Eu já estava ansiosa.

- Passo pra te pagar ao meio dia. Nós podemos conversar e eu vou te trazer pra conhecer meu trabalho, assim você não fica tão sozinha. – A Melissa tinha uma sensibilidade que me surpreendia.

Ao longo da vida eu sempre ouvi dizerem o quanto ela era forte e determinada e ela ganhou fama de ser meio louca depois que deu uma surra em uma filhinha de papai vadia que deu em cima do pai dela. Mas eu queria muito ser como a Melissa, que sabe o seu lugar no mundo e não se intimida, uma mulher forte e decidida.

Nós nos despedimos e eu fui me arrumar. Ao meio dia ela estava lá, com um sorriso amigável e os braços abertos.

- Ai, Mel, à partir de agora você é a pessoa que eu mais amo no mundo! – Eu a abracei e ela riu.

- Mais uma para o meu fã clube! – Ela brincou e eu fiz que sim. – Anda, vamos respirar um pouco, ficar trancada aqui deve ser de enlouquecer.

- É sim. Eu entendo que é para a minha segurança, mas eu me sinto claustrofóbica. – Expliquei enquanto caminhávamos até a garagem e então eu me dei conta de uma coisa que me preocupou. – O porteiro não me interfonou para avisar que vocês tinha chegado. Ai, meu deus, será que esse prédio não é tão seguro assim?

- Relaxa, Ana. Eu estou na lista dos visitantes pré aprovados e o Alessandro liberou a minha entrada na garagem. Ninguém entra nessa fortaleza sem ser identificado e sem autorização do morador ou proprietário. Você está segura aqui. – Ela explicou e eu respirei aliviada. – Então, o que você quer fazer?

- Mel, eu pensei em fazer uma surpresinha para o Rick e como as garotas contaram que você é especialista nisso, eu pensei em pedir a sua ajuda. – Eu falei quando entramos no carro.

- Já vi tudo, mais uma discípula! – Ela riu. – Vamos caprichar nessa surpresa porque o Rick, meu bem, merece muito!

- Ai, ele é demais, não é?! – Eu suspirei de amores pelo meu Rick.

- Ele é, um bom sujeito. Não merecia tudo o que passou. – Eu concordava com a Melissa.

- Mel, como a gente faz pra ser assim como você? – Eu perguntei meio sem jeito.

- Assim como? Maluca? – Ela deu uma gargalhada.

- Não! – Eu ri da sua graça. – Forte, decidida, bem resolvida, empoderada.

- Ah, Ana, eu sou o resultado de um ambiente familiar amoroso e que me deu confiança suficiente para eu ser quem eu quisesse. Acho que é isso. – Ela me olhou meio de lado. – Mas sabe, você pode decidir ser assim, forte, decidida, bem resolvida, empoderada. Só precisa acreditar mais em você, se amar e saber o que você quer e se construir.

- Me ajuda, Mel? Às vezes eu sou cheia de neuras e eu me assusto fácil e eu me perco. – Eu não conseguia explicar a ela o tamanho da minha insegurança, mas ela pareceu entender.

- Anabel, olha pra mim. – Ela parou em um semáforo e me encarou. – Você foi criada por um homem abusivo e você deu seu grito de liberdade e independência. Você é uma mulher forte, só precisa acreditar um pouco mais em si mesma!