“Ricardo”
Tinha sido um ótimo final de semana, a Ana e eu tivemos tempo de conversar e fazer planos para a semana. Os meus pais estavam para chegar e isso a deixou ansiosa e preocupada, ela tinha medo que eles a reprovassem e eu tentei acalmá-la dizendo que eu duvidava muito, mas que de qualquer forma nada mudaria entre nós. Como ela já estava bastante nervosa, eu preferi não contar a ela sobre as coisas que o Alencar havia me contado, eu falaria com ela depois que meus pais chegassem e ela estivesse mais calma.
- Coração, tem certeza de que eu não vou te atrapalhar? – Era a terceira vez que ela perguntava isso desde que chegamos ao escritório.
- Não, moça bonita, você não vai me atrapalhar. Você vai me ajudar um pouco e depois nós vamos buscar os meus pais no aeroporto. – Eu tentei acalmá-la.
- Pelo visto nós temos uma ajudante especial hoje? – O Alencar chegou e sorriu para a Anabel.
- Alencar, essa moça bonita é a minha namorada Anabel, ela vai passar o dia por aqui conosco. Ana, esse é o Alencar. – Eu os apresentei e o Alencar a observou atentamente.
- Menina, você se parece muito com a sua mãe! – O Alencar sorriu como se relembrasse velhos tempos.
- O senhor conheceu a minha mãe? – A Ana se interessou e o Alencar me deu um olhar rápido, compreendendo que eu não havia contado pra ela sobre a nossa conversa.
- Longa história, querida! Mas quando eu a conheci ela era ainda mais jovem que você e tão encantadora quanto. – O Alencar falou e o sorriso da Anabel ficou maior. – Quer tomar um café? Posso te contar como eu conheci a sua mãe.
- Ah, eu quero! – A Ana se animou e saiu de braço dado com o Alencar em direção a copa do andar.
Quando eles voltaram estavam rindo e pareciam se conhecer há muito tempo. Eles tinham se dado bem e a Anabel estava feliz em saber um pouco mais sobre a mãe.
Parecia que o dia transcorreria tranquilo, mas só pareceu. Não demorou muito para a minha irmã Madeleine entrar na sala como um soldado marchando para a guerra.
- Eu não acredito, Ricardo, que você chamou os nossos pais aqui e não me avisou. – A Madeleine parou de frente pra mim e se abaixou para que seus olhos ficassem na altura dos meus.
- Madi! Eu vou bem, obrigado. E você? – Eu coloquei os papéis que segurava sobre a mesa e a encarei. Madeleine se tornava difícil quando o assunto era nossos pais, ela sempre foi um tanto rebelde e a minha mãe não concordava muito com a forma como minha irmã fazia as coisas.
- Não muda de assunto! – Ela me encarava, totalmente focada no que veio fazer no escritório, que era gritar comigo por ter dado motivo para os nossos pais estarem a caminho daqui.
- Madi, pode se acalmar. Eles vão ficar na casa do Patrício e estarão ocupados demais comigo para tentar se meter na sua vida. – Eu encarei a minha irmã. Ela tinha só dois anos a menos que eu, mas às vezes parecia ser ainda mais nova que a Adèle, e nunca gostou de ouvir os conselhos dos nossos pais.
- E por que eles vão estar ocupados com você? – Ela estreitou os olhos e eu bufei.
- Não seja chata! – Eu a avisei antes de mais nada. – Essa é a minha namorada, Anabel Lancaster. Ana, essa é a minha outra irmã, a Madeleine.
- Lancaster? – Madeleine virou seus olhos imediatamente para mim. – Lancaster? – Então ela olhou para a Anabel e de novo pra mim. – Lancaster? Como o diabo Lancaster?
- A Anabel é filha do Leonel Lancaster, Madeleine. – Expliquei e os olhos da minha irmã quase saltaram das órbitas e ela começou a rir.
- Mas você está muito ferrado, Ricardo! – Ele ria como se eu tivesse contado uma piada. – Nossos pais vão acabar com você! – Ela riu mais um pouco e então ficou séria e voltou a me olhar. – Eles vão acabar com você e ainda vão ter tempo de me torturar. Ricardo, o que você tem na cabeça?
- Ih, Madi, longa história que eu não vou te contar agora, mas a Anabel não é o pai dela. – Minha irmã encarou a Ana e então lhe estendeu a mão.
- Eu posso entendê-la. – Anabel sorriu e eu imaginei que ela entendesse mesmo.
Depois do furacão Madeleine as coisas se acalmaram um pouco, mas na hora do almoço o Patrício apareceu acompanhado da Lisa e das minhas duas irmãs.
- Eu mandei o motorista buscar os meus pais e os seus, Rick, então nós vamos direto lá pra casa para encontrá-los. – O Patrício explicou e eu fiquei feliz por não precisar ir ao aeroporto.
- Ótimo! É agora que você foge, Madi. – Eu brinquei com a minha irmã e ela riu.
- E perder os nossos pais pegando no pé de vocês? Ah, querido, isso eu não vou perder. Adivinha quem também vai nos encontrar lá? Meu novo cunhado. – A Madeleine estava mesmo se divertindo e pela cara da Del, ela estava com medo do que aconteceria quando os nossos pais soubessem da novidade que ela tinha.
- Você é impossível, Madi! Alencar, você vem conosco? – Eu convidei, o Alencar já estava sabendo de tudo e eu tinha certeza de que o meu pai não perderia tempo e ficaria muito satisfeito com o que o Alencar tinha pra contar.
- Com certeza! – O Alencar se pôs de pé.
Quando chegamos à casa do Patrício os nossos pais já estavam lá e o Donaldo chegou no mesmo instante que nós. Eu apertei a mão da Anabel na minha e nós entramos na casa.
- Ah, chegaram! – A Lucinda foi a primeira a se levantar.
Não houve preâmbulos, meus pais se aproximaram da Anabel e de mim, muito sérios e a examinaram com atenção. Ela estava nervosa e quando eu pensei em abrir a boca para colocar um basta na inspeção dos meus pais, minha mãe sorriu pra ela e a abraçou. A Ana não sabia o que fazer e demorou uns três segundos para abraçar a minha mãe.
- Seja bem vinda a família, Anabel! – Havia sinceridade e carinho na voz da minha mãe.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......