“Ilana”
Eu precisava dar um jeito de fazer o Donaldo me enxergar e ficar caidinho por mim, mas ele não aparecia na casa nunca e sem encontrá-lo ficava muito difícil. Aí, eu tive uma idéia, era terrível, seria um grande sacrifício que eu faria, mas poderia dar muito certo.
Eu fui até o velho e fiz o papel da melhor filha do mundo e depois eu disse que queria começar a aprender o funcionamento da empresa, já que eu iria substituí-lo um dia, eu queria estar preparada e todas essas baboseiras. Ele ficou encantado e prometeu que eu começaria a trabalhar no dia seguinte.
Por isso eu estava ali, sentada na sala dele esperando ele me dissesse qual seria a minha sala. Eu queria a da Anabel, já até tinha falado com ele, já que ela não iria voltar, e além do mais, eu queria e eu merecia tudo o que era dela.
- Ilana, querida, me desculpe, essa ligação demorou demais. Mas agora vamos à você. Vou chamar o Donaldo. – O velho pegou o telefone de novo e mandou a secretária chamar o Don, que não demorou para aparecer, lindo naquele terno azul.
- O que você quer? – Ele parecia irritado.
- Fala comigo direito, Donaldo. – O velho resmungou. – E cumprimente a Ilana.
- Fala logo o que você quer. – O Don repetiu sem nenhum humor e fingiu que nem me viu ali.
- Muito bem. A Ilana vai trabalhar aqui à partir de hoje, ela vai ocupar a sala que era da Anabel. Você vai ensiná-la tudo, vai se ocupar de fazê-la entender todo o funcionamento da empresa. – O velho ordenou.
- Mas nem fodendo! – O Don se apressou a responder. – Essa aprendiz de vadia não vai entrar na minha empresa e não vai ocupar a sala da minha irmã! E eu tampouco vou ser a babá dessa criatura.
- DONALDO! Respeite a Ilana! Ela é uma moça correta, não é como a sua adorada irmã que é uma safada! – O velho estava até com a veia na têmpora pulsando de tanta raiva. – E essa empresa, seu moleque, É MINHA!
- Sua? – O Don gargalhou e se aproximou colocando o dedo na cara do velho. – Seu ladrãozinho de merda! Isso aqui nunca foi seu!
- Veja lá como fala, Donaldo, eu sou o seu pai! – O velho alertou, mas o Don não ligou.
- INFELIZMENTE! – O grito do Don ecoou por toda a sala. – Mas eu não me orgulho disso.
- Mas usa o meu sobrenome! – O velho jogou na cara dele e eu tive vontade de rir.
- Seu sobrenome? Mas nem o sobrenome é seu! Ou você se esqueceu de que quando casou adotou o sobrenome da minha mãe? Com a desculpa de que estava provando o seu amor a ela e abrindo mão do que tinha. Mas, claro, os Lancaster eram uma família estabelecida, respeitável. Já você, Leonel Santos, era só mais um na multidão! Quer saber, vou processar você e arrancar o sobrenome da minha mãe de você. De você, da puta da sua esposa e dessa vigarista que você adotou! Não sei porque não pensei nisso antes. – O Don encarou o pai e seus olhos estavam ejetados de fúria. Mas eu não saberia dizer qual dos dois estava com mais raiva.
- Seu moleque! – O velho praguejou, o Don havia tocado na ferida dele.
- O Recado está dado, Leonel! Essa vigaristazinha não vai trabalhar aqui. – O Don se virou e saiu da sala. O velho deu um murro na mesa e estava rangendo os dentes de raiva.
- Papy, e agora? – Eu choraminguei.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......