Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 872

“Leonel”

Aquele filho da puta ia me pagar, ah, ia! Fui apunhalado pelas costas pelo meu próprio filho! Mas isso só podia ser coisa do Átila, é claro, ele não conseguiu o que queria quando me dedurou para o meu sogro e depois eu o coloquei para correr e ele nem conseguiu o que queria quando tentou salvar a Antônia. Eu aposto que ele tramou essa vingança por todos esses anos e conseguiu fazer a cabeça do idiota do Donaldo. Mas como ele entrou em contato com eles? Como ele conseguiu a confiança da Anabel assim? Eu precisava descobrir isso.

Eu fui para a minha sala e aqueles dois gorilas vieram atrás de mim. O Donaldo estava passando dos limites, mandando os seguranças me vigiarem. Essa empresa era minha! MINHA! Como eles ousam... mas eu avisei para aquele advogadozinho mequetrefe que ele tinha que ter colocado pelo menos a metade das ações da empresa em meu nome, assim ninguém ameaçaria o meu reinado, mas não, ele ficou com medo, disse que seria facilmente contestado. Mas se ele tivesse seguido as minhas ordens, nada disso estaria acontecendo.

Eu juntei algumas coisas mais importantes, só o que o Donaldo não poderia encontrar. Eu sairia dali, mas eu voltaria. Eu ia mandar o advogado dar andamento nos trâmites para interditar aquela louca e quando eu voltasse eu chutaria todos aqueles imbecis para fora da minha empresa, inclusive aquele conselheiro filho da puta.

- Senhor? – A secretária entediada me chamou quando eu passei por ela.

- O que é? – Eu perguntei irritado.

- Tem uma pessoa esperando para falar com o senhor. – Ela respondeu como se não desse a mínima e indicou com a cabeça o homem de terno de pé à sua frente.

- E quem é você? – Eu perguntei impaciente.

- Oficial de justiça, Sr. Leonel! Vim lhe entregar uma intimação, por favor, assine aqui. – O homem se apresentou, me deixando intrigado.

- E agora, qual é a merda? – Eu perguntei enquanto assinava.

- São três intimações na verdade, eu me expressei mal anteriormente. – O Oficial falou e me estendeu três papéis depois que eu havia assinado o seu livro. – Nessa o senhor foi acionado em um processo que pede que deixe de usar o sobrenome Lancaster, essa aqui é uma ação de desconstituição de paternidade e a terceira é uma medida protetiva, o senhor está proibido de se aproximar a menos de dois quilômetros da Srta. Anabel Lancaster. O senhor não pode entrar em contato por nenhum meio e não deve se aproximar, compreendeu, senhor?

- O que você está dizendo? – Eu pensei que tivesse ouvido errado. Mas o que estava acontecendo? O mundo estava de pernas para o ar.

- É isso mesmo, sugiro que contrate um bom advogado para responder aos processos. Agora se me dá licença. – Com isso o oficial de justiça foi embora e me deixou plantado ali, totalmente embasbacado.

Eu olhei para a secretária e ela continuava com cara de morta, como se nem tivesse ouvido nada. Eu não poderia nem gritar com ela por bisbilhotar, porque ela simplesmente não estava nem aí para aquilo. Eu bufei e dei as costas, precisava falar com o advogado urgente.

Saí do escritório e liguei para o advogado mandando que me encontrasse em minha casa. Tudo o que eu precisava agora era ir pra casa e comer a Irina pra aliviar todo aquele estresse, afinal de contas uma esposa servia pra isso. Mas nem isso eu pude fazer.

- Papy? – A Ilana me olhou confusa. – Está tudo bem? Eu ia sair para ir até a empresa agora. Aquele nosso plano de amansar o Don para que eu vá trabalhar lá.

- Minha filha, o Don me deu uma facada nas costas! Hoje não é um bom dia para você ir até lá. – Eu dei um beijo em sua testa e caminhei em direção as escadas. – Sua mãe está no quarto?

- A mamy, saiu. Eu a convenci a ir até a igreja, tadinha, estava tão tristinha e eu sei que ela gosta de ir rezar e depois passar no orfanato para ajudar, talvez isso a anime um pouco. – A Ilana me jogou um balde de água fria. Eu precisava da minha mulher, mas ela estava cada vez mais devotada a deus e aos pobres.

A empregada entrou na biblioteca com um envelope em mãos e ficou roxa ao ouvir os gemidos que saíam dos auto falantes do computador, eu me atrapalhei para tirar o vídeo e os olhos da empregada estavam arregalados. Ela nem disse nada, deixou um envelope sobre a mesa e saiu correndo.

Dentro do envelope havia outra carta anônima onde eu li: “Imagina uma matéria de capa no jornal mais lido no meio empresarial com a manchete ’Empresário corno manso’ e todas essas fotos mostrando a desenvoltura da sua esposa na cama.”. Haviam várias fotos da Irina com aquele homem, eram muitas fotos e havia também a informação de que a Irina havia comprado uma casa para um homem. Tinha o endereço, quanto custou, onde era, tinha tudo. Era muita coisa, talvez eu devesse averiguar, não custava nada. Peguei o telefone e liguei para o investigador.

- Quero que você vigie a minha esposa. – Eu falei assim que ele atendeu. – Acredito que não dará em nada, mas é só uma precaução, eu quero saber onde ela vai e com quem e o que faz quando sai de casa.

- Considere feito, senhor. – O investigador respondeu.

- Ah, mais uma coisa. Quero que você investigue Átila Fontes. Quero saber tudo, família, amigos, lugares que frequenta, tudo! E quero pra ontem! Descubra como ele chegou ao meu filho.

Eu desliguei o telefone no momento em que o advogado entrou na biblioteca, pela cara ele já deveria estar sabendo sobre o que aconteceu na empresa.

- Sr. Lancaster, o seu filho me demitiu! A mim e a todos os funcionários que foram ligado ao caso Alberto Alencar. – Foi a primeira coisa que ele disse e eu percebi que o Donaldo era mais esperto do que eu imaginei.

- Mas... como ele soube disso? – Eu encarei o advogado furioso.

- Não tenho idéia, mas não sobrou nenhum. – O advogado confirmou e eu senti a raiva crescer dentro de mim. Parecia que viria uma batalha pela frente e eu teria que liquidar todos que se colocassem contra mim.