“Donaldo”
Os olhos do Leonel eram mortais, se ele tivesse uma arma ali, ele teria me matado. Eu me perguntei se aquele homem era capaz de sentir algum tipo de afeto ou se ele só via as pessoas como meio de satisfazer suas necessidades. Ele se levantou e, vendo os dois seguranças ao seu lado, ele se sentou na cadeira outra vez.
- Olha, pra você não se machucar, veja bem eu estou pensando no seu bem, porque eu sou um bom filho, então para que você não se machuque, os seguranças vão ficar sentados perto de você, um de cada lado, tá bom?! – Eu falava com ele com ironia, como se ele fosse um pobre coitado. Ele não merecia mais de mim.
- Vai, Donaldo, faz o seu show. O que mais você tem para falar? – Ele parecia ter entendido que não poderia lutar contra mim, não ali, não daquele jeito. – Mas eu já vou te adiantar uma coisinha, eu vou interditar a sua irmãzinha hoje mesmo e vou revogar todo esse poderzinho que você acha que tem! E quando eu encontrá-la, porque eu vou encontrá-la, ela vai ser enviada para o sanatório na Suíça e será tratada com todo o necessário para que recupere a sanidade ou, pelo menos, para ficar calminha e não aprontar mais. E sabe qual será o primeiro tratamento que ela receberá? Lobotomia, querido filho, sim, porque é mais eficiente, e eu nem preciso falar do eletrochoque, comprimidos, enfim todo o melhor tratamento da história da psiquiatria para a nossa louquinha.
- Você não vai encostar em um fio de cabelo dela! – Eu rangi os dentes para ele e a sua risada foi diabólica.
- Bom, Leonel, eu te garanto que você não vai encostar na Anabel. Ela não está sozinha, tem quem a defenda agora. – O Átila interviu, provavelmente percebeu que eu estava a ponto de pegar o Leonel pelo pescoço.
- E quem vai defendê-la? Você, seu intrometido? – O Leonel se recostou na cadeira e encarou o Átila. Eu podia sentir a raiva emanando de um para o outro.
- Eu também. Mas vamos tratar de negócios... – O Átila era habilidoso e não perderia tempo com discussões que não chegariam a lugar nenhum.
- Negócios? Eu não tenho negócios com você! Aliás, eu chutei a sua bunda pra fora dessa empresa quando o pai da Antônia morreu. Aquilo me deu muito prazer! – O Leonel riu debochando do Átila, que nem se abalou.
- É, naquela época você dispensou meus serviços. Azar o seu! Mas agora, você não poderá fazer nada. Eu estou aqui como procurador da Anabel, vou defender os interesses dela e tomar todas as decisões por ela. Aqui estão as cópias dos documentos. – O Átila atirou os documentos sobre a mesa.
- Isso é uma fraude! – O meu pai respondeu irritado.
- Não, não é! – O Dr. Romeu respondeu. – Fui eu quem fez os trâmites. E você não pode negar, Leonel, todos sabem que eu não me envolvo com fraudes. Todos conhecem a minha ética profissional e o meu caráter, assim como o do Átila, que também tem uma reputação ilibada! Você não encontrará nada de errado aí.
- Onde está a Anabel, eu exijo falar com ela. – Meu pai bateu as mãos sobre a mesa.
- Você não exige nada! A Anabel não é uma criança, ela é maior de idade e sabe muito bem o que faz. – Eu informei já ficando sem paciência com aquilo tudo.
- Seu traidor! Como você pôde me trair assim, Donaldo? Se aliar com os meus inimigos, com a louca da Anabel? Me apunhalar pelas costas? Eu tinha planos pra você, filho ingrato! Eu casaria você e a Ilana, uma jovem boa que te faria feliz e depois, tudo isso seria seu, só seu! – O Leonel estava entrando em desespero.
- Deus me livre me casar com aquela criatura! Minha nossa! Jamais! Em que planeta você vive? Porque aquilo ali não é boa nem se for comparada com o demônio no inferno, que dirá aqui nessa terra! – Eu pestanejei.
- Meça a sua língua pra falar da Ilana! Ela sim é minha filha, não tem o meu sangue, mas é minha filha! – Ele bradou orgulhoso.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......