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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 881

“Irina”

Eu saí depressa daquela delegacia e entrei no carro que estava estacionado do lado de fora o mais rápido que pude. O que aquele homem estava fazendo ali? Eu nunca esquecia um rosto, ainda mais um rosto como aquele, tão lindo, e, embora eu o tivesse visto uma única vez, eu tinha certeza de que ele era o antigo dono da casa que comprei para o Lucas.

Mas ele estava com a Anabel, suas mãos entrelaçadas. O que isso significava? Será que ele sabia quem eu era? Acho que não, dificilmente um homem classe média saberia quem eu era e eu duvidava muito que minha enteada ficasse falando de mim. Ele não me viu, eu tenho certeza, porque ele estava totalmente focado na Anabel e eu me virei depressa quando o vi. Mas vejam só, a Anabel estava se misturando com a ralé. O velho ficaria possesso!

- Vai buscar um café pra mim! – Ordenei ao motorista que imediatamente saiu do carro. Eu precisava fazer uma ligação.

- Gaspar, aquela casa que você me vendeu. Quem era mesmo o antigo dono? – Eu perguntei assim que ele atendeu.

- Boa noite pra você também, Irina! – Ele fez uma gracinha, mas eu não estava de bom humor.

- Eu não tenho tempo para essas besteiras, Gaspar. Quem era? – Eu perguntei de novo.

- Ricardo Fontes. Por quê? – Mas o Gaspar era burro ou o quê? Eu queria informações, não apenas o nome.

- De onde saiu esse homem? Você acha que ele sabe quem sou eu? – Eu precisava ter certeza de que esse Ricardo não tinha idéia de quem eu era.

- O Rick? Claro que não! Ele é um homem discreto, mas eu tenho certeza de que ele não faz idéia de quem é você. Ele pensou que você se mudaria com o rapaz para a casa. – O Gaspar, aparentemente, se divertia com a minha preocupação.

- E o que você falou pra ele? – Eu quis saber.

- Absolutamente nada, Irina! Você sabe que eu sou discreto e o Rick não se interessa por fofocas da vida alheia. Além do mais, todos os documentos foram colocados no nome do Lucas, não no seu, e você fez o pagamento para a imobiliária e a imobiliária pagou o Rick, ou seja, ele nem sabe o seu sobrenome. – Isso era bom, afinal existem milhões de Irinas no mundo.

- E os meus óculos escuros, ele não os encontrou? Meu nome está gravado naqueles óculos. – Eu não conseguia me lembrar onde tinha deixado aqueles malditos óculos, já estava achando que tinham sido roubados.

- Não, Irina, se ele tivesse encontrado, ele teria me entregado para te devolver, tenho certeza. Eu conheço o Ricardo, é um homem corretíssimo. Mas por que tantas perguntas sobre isso agora? – O Gaspar ficou curioso.

- Porque eu o vi com a Anabel Lancaster. Preciso saber se ele sabe quem sou eu. Dá um jeito de descobrir isso, Gaspar. – Eu ordenei, o Gaspar era lento demais às vezes.

- Irina, eu não sou seu cachorrinho pra você estalar os dedos e eu sair correndo. – Ele era um mercenário, só se movia por dinheiro.

- Mas quando eu sacudo o meu dinheiro você corre não é mesmo? – Eu já estava sem paciência com ele.

- Aí é outra história. – Ele riu, me deixando ainda mais irritada.

- Pois então, Gaspar, eu estou sacudindo uma boa quantia pra você voar. – Eu cedi, já que ele só funcionava com dinheiro, como aqueles brinquedinhos de shopping que você precisa depositar uma moeda, que fosse.

- Faça a transferência, você tem os dados. E, se for tão boa assim, eu te dou notícias ainda hoje. – E ele ainda tinha a cara de pau de exigir uma quantia alta, mas eu não discutiria, não tinha tempo pra isso. O motorista já estava se aproximando do carro.

- Acho bom! – Desliguei o telefone no exato momento em que o motorista bateu na janela do carro para me entregar aquele café. Tomei um gole e estava horrível. Joguei aquilo fora pela mesma janela que entrou e me apressei em fazer a transferência.

- Leonel, a Anabel está com a marca da lâmina no pescoço. Além do mais, a outra moça, a Ilana a agrediu. As unhas da Ilana ainda estão sujas do sangue da moça que ela unhou. – O advogado falava e eu tinha certeza que a Ilana tinha feito tudo aquilo, mas o velho jamais acreditaria, para ele a Ilana era um cordeirinho.

- Com certeza ela estava se defendendo! – O Velho gritou, mas não deveria ter feito isso.

- Se continuar gritando na minha delegacia, vai passar a noite na cela pertinho da sua filha! – Um homem alto se aproximou, ele era intimidante com todo aquele tamanho e a voz firme, todo vestido de preto e com aquele colete a prova de balas que deixava o seu peitoral ainda maior. Ui! Mas ele era lindo! Olha que eu precisava descobrir o telefone dele, porque eu já estava pensando que esse homem deveria ser uma loucura na cama!

- Me desculpe, senhor, ele está nervoso. – Falei com a voz mais mansa e sedutora que pude. – Mas quem é o senhor mesmo?

- Delegado Moreno! Acabei de prender a sua filha em flagrante. É sua filha, não é? Vocês se parecem, mesma cara... – Ele me olhou com superioridade e não completou o que ia dizer. Mas que delegado!

- Mas, delegado, eu tenho certeza que tudo isso é um engano. – Eu tentava fazê-lo sentir algum tipo de simpatia por mim, mas ele permanecia frio e distante.

- Senhora, não há engano no meu trabalho. Sua filha foi presa em flagrante por vários crimes, mas o advogado vai explicar tudo para vocês eu tenho certeza. Agora é melhor vocês saírem da minha delegacia, porque vocês já tumultuaram demais as coisas por aqui. – Ele foi firme e direto. Estava nos colocando pra fora.

- Por favor, Delegado Moreno, deixa eu ver a minha filha, ela deve estar assustada e... – Mas eu nem terminei.

- Aqui não é berçário, madame! Amanhã, se o juiz mantiver a prisão, a senhora se informa sobre as visitas no presídio. Agora vão embora antes que eu mande escoltá-los pra fora! Ou para dentro das celas. – Ele não estava para brincadeira.

- Vamos, Leonel, nós não vamos conseguir nada aqui. – Eu falei e o Leonel finalmente me escutou e nós saímos dali. A Ilana fez uma grande bobagem e teria que aguentar pelo menos essa noite naquele lugar!

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