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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 882

“Ricardo”

Eu entrei na casa do Patrício de mãos dadas com a Anabel e minha mãe veio correndo e a abraçou.

- Minha querida, como você está? – Minha mãe examinou a Anabel e fez uma careta de desgosto quando viu a fina marca no seu pescoço. – Minha nossa, isso foi longe demais. Vem, vamos nos sentar.

Minha mãe saiu caminhando abraçada a Anabel, que tentava assegurá-la de que estava bem. Eu me sentei no sofá ao lado da Del e só então prestei atenção nos braços enfaixados da minha irmã.

- Isso realmente é necessário? Você está parecendo a Múmia de Tutâncamon. – Eu ri e ela fechou a cara pra mim.

- Parece que eu voltei no tempo e estou vendo vocês dois chegarem da escola esfolados por brigarem na rua! Meu deus, onde foi que eu errei na sua educação, Adèle? – Minha mãe olhou para a minha irmã com desgosto.

Adèle sempre arrumava briga na escola, sempre ia tirar satisfações e batia mais do que apanhava. E eu sempre chegava de olho roxo porque tinha ido defender minha irmã mais nova.

- Em minha defesa eu preciso dizer que o Rick não estava me defendendo desta vez. – A Adèle respondeu a nossa mãe cheia de satisfação.

- Querida, os garotos só estavam se defendendo. – Meu pai acalmou a minha mãe e a fez se sentar. – Foi até divertido!

- Átila, não incentive que eles se comportem como bárbaros. – Minha mãe repreendeu o meu pai.

- Elvira, aquele tipo de gente não entende de outro jeito. Não dá para conversar com eles. – A Melissa argumentou com a minha mãe e ela estava certa. Então ela me olhou. – Mas eu queria muito ter visto a cara daquela Irina de frente pra você, Rick!

- Com tudo o que aconteceu nós nos esquecemos que ela não deveria me ver até o Leonel fazer o flagra. Mas eu também queria ver a cara dela, Mel. Ela ia ficar desesperada. Imagina. Mas justamente na hora em que saímos ela não estava mais lá.

- A Irina é esperta. Ela deve ter te visto, Rick, porque do nada ela saiu correndo da delegacia. Mas acho que foi melhor, afinal meu estimado pai ainda não deve ter investigado a denúncia das cartas. Só que, se ela te viu, ela deve estar louca agora pensando se você sabe quem ela é. Acho que ela não vai dormir essa noite. – O Don comentou e ele tinha razão, foi melhor não dar de cara com a Irina agora.

- Segura isso aí, Rick, vai ajudar a não ficar muito inchado. Acho que vou chamar o Dr. Molina pra dar uma olhadinha em você. Você não está acostumado a brigar. – A Lisa veio com uma compressa de gelo e colocou no meu olho.

- Não precisa, gata. Eu estou bem, também não sou um fracote. – Eu ri da preocupação dela e me mexi para pegar o celular que tocava em meu bolso. – Acho que a Irina já está tentando descobrir alguma coisa, é o corretor que vendeu a minha casa. – Apontei o celular e atendi a chamada no viva voz. – Gaspar, boa noite. Que surpresa!

- Como vai, Rick? Soube que você comprou aquela casa. – O Gaspar falou no tom de bon vivant que era tão característico dele.

- Sim, comprei. A casa é perfeita, não deu para resistir. – Eu sorri e olhei para a Anabel.

- Que bom! Espero que você seja muito feliz na casa nova. – Ele fez uma pausa e então entrou no assunto que eu já imaginava. – Rick, se lembra do casal que comprou a sua antiga casa?

- Claro. Por quê? – Eu esperei ele me dizer o motivo da ligação, mas ele estava sendo cauteloso.

- Você sabe quem ela é? – O Gaspar estava me sondando, obviamente a pedido da Irina.

- Não, Gaspar, não sei. Eu deveria saber? – Eu me fiz de tolo.

- Vocês são o próprio vespeiro! – O Flávio entrou nesse momento, parecendo bem cansado.

- Seu dia foi muito cheio, delegado? – Eu impliquei com ele, sabendo que havíamos tornado o dia dele muito difícil com a balbúrdia que aprontamos na saída.

- Vocês nem imaginam! – O Flávio se sentou ao lado da Manu depois de dar um beijo na esposa. – Por mim vocês teriam saído da delegacia escoltados, mas a maluca foi até a minha sala e me convenceu a deixar a Anabel enfrentar o pai. Sinceramente, valeu a pena só por ver o tapa que você deu nele, Ana, aquilo deve ter doído.

- Pelo menos a minha mão doeu. – A Ana comentou, mas eu sabia que ela não estava se sentindo bem com aquilo, ter batido no próprio pai ultrapassou os limites dela e muito.

- Ele merecia coisa pior! As coisas que aquele homem falou pra você... meus homens imploraram para acabar com ele. – O Flávio balançou a cabeça. – E eles também apostaram que você iria quebrar a cara dele, Rick. Mas como eu te conheço, eu ganhei a aposta. – O Flávio tirou um maço de notas do bolso e o balançou com satisfação.

- Mas se meu pai não estivesse lá, você teria perdido. – Eu comentei, ainda irritado com as coisas que aquele homem desprezível disse.

- Bom, só vou dar um aviso a todos vocês, aquilo foi totalmente contra as regras e não podia ter acontecido, meus policiais deveriam ter impedido aquela confusão, mas, como a maluca me convence das coisas, eu deixei acontecer. Só que vocês não podem usar nada disso contra ele e se forem questionados vão negar até a morte. – O Flávio nos alertou e obviamente todos nós entendemos o recado.

- Agora, a pergunta que não quer calar. – O Patrício esfregou as mãos. – Até porque já é a fofoca do ano no meio empresarial que o Leonel foi deposto. Como foram as coisas na empresa hoje?

- Ah, vocês nem imaginam o quanto foi divertido! – O Don riu e começou a contar, com a ajuda do meu pai, sobre tudo o que tinha se passado na empresa.

Mas a minha atenção estava inteira na Anabel, ela parecia triste e até um pouco apática. Toda aquela situação era desconfortável e trágica para ela. Eu não sabia como confortá-la, mas eu já estava desejando que aquela guerra acabasse logo para que ela pudesse voltar a ficar tranquila e leve como era quando eu a conheci.

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