“Leonel”
Mas que inferno! Quando aquele porteiro imbecil me ligou eu achei que era a minha grande chance de colocar as mãos na bastardinha. Ele me deu todas as informações da entrada de serviço e ainda me deu a chave que abria a porta de serviço do apartamento dela. Não tinha como dar errado, mas deu! Eu só não sabia como.
Assim que eu saí daquele elevador eu percebi a movimentação policial e ouvi o policial dando uma prensa no porteiro. Então eu me escondi na salinha do zelador, aquele lugar minúsculo, cheio de baldes e vassouras e produtos de limpeza. Tão logo foi possível eu verifiquei e a polícia já não estava mais com o porteiro, então eu o chamei e ele me ajudou a sair do prédio pela garagem que estava deserta, eles ainda estavam procurando dentro do prédio.
Do carro eu liguei para o Isidoro e dei a ordem para que ele fosse para a minha casa e lá eu reuni a todos os funcionários e a Ilana e orientei que todos deveriam confirmar para quem quer que fosse que eu não tinha saído de casa naquele dia. Depois eu falaria com a Irina, que deveria estar enfiada na igreja, essa mulher ia acabar virando uma carola!
Assim, seria a minha palavra contra a da Anabel, já que o porteiro tinha desligado todas as câmeras de segurança. E eu ainda poderia dizer que a Anabel estava alucinando devido a loucura.
- Leonel, vamos aproveitar e falar sobre os processos que seus filhos abriram contra você. – O Isidoro não parecia ter boas notícias.
- Não vem me dizer que já está tendo problemas, Isidoro! – Eu estava me perguntando como aquele idiota trabalhava para mim há tanto tempo, se ele não conseguia resolver nada.
- Na verdade, não são exatamente problemas, mas no processo de paternidade, o juiz marcou a data para vocês comparecerem no laboratório que ele indicou para fazer o exame.
- Eu não posso fazer esse exame! – Eu respirei fundo e comecei a pensar no que fazer.
- Eu não vejo saída, é uma ordem judicial e se você se negar a fazer o exame o juiz pode entender que a Anabel está certa e declarar que você não é o pai dela. – O Isidoro explicou e eu fiquei pensando naquela confusão que a Anabel estava causando, mais uma!
- Isso não pode acontecer. Se eu deixar de ser o pai dela legalmente, eu deixo de ter prioridade para ser nomeado o tutor e aí eu não poderei cuidar do patrimônio dela. – Obviamente o Donaldo não abriria mão de ser o tutor da irmã, já que era o único parente consanguíneo dela. Eu não poderia nem pedir para ser declarado o pai afetivo, pois eu nem gostava daquela criatura e sempre deixei isso claro.
- Mas e se você for o pai? – O Isidoro me perguntou como se tivesse encontrado uma solução.
- Não há a menor possibilidade. A pessoa que me contou que a Antônia estava tendo um caso com aquele homem sabia o que estava dizendo, ela não mentiria. – Não, ela não mentiria. Ela sabia de tudo e sempre me mantinha informado.
- E quem foi? – O Isidoro era um intrometido, eu conhecia bem o tipo, ficava sondando para descobrir as coisas e depois tirar vantagem.
- Não é da sua conta! Pra quando o juiz marcou esse exame? – Foquei no que me interessava.
- Depois de amanhã. – Ele respondeu casualmente, como se não fosse nada demais.
- Encontre uma forma de atrasar isso o máximo possível. – Era como se eu tivesse que ensinar o advogado a fazer o seu trabalho.
- Vou tentar, mas esse juiz não é muito amigável. – Isso já não era problema meu, ele que desse um jeito.
- Se vira! Eu te pago para resolver os meus problemas e não me trazer mais. – Eu o encarei e ele respirou fundo.
- E tem outra coisa. – Ele estava receoso.
- Ai, meu deus! – Eu bufei e olhei para cima. – Mais uma.
- O processo pelo sobrenome. – Ele começou a falar como um conta gotas, um pouquinho de cada vez e, pelo que eu o conhecia, era porque estava ficando nervoso.
- O que foi agora? – Eu já estava cansado.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......