Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 890

“Donaldo”

Como combinado, no início da noite eu me reuni com os rapazes na casa do Patrício. Ele tinha uma sala de jogos muito agradável e quando eu cheguei já estavam todos lá. Depois das cortesias da chegada o Patrício me mostrou onde ficava tudo e me deixou à vontade.

- Os pais não vão se juntar a nós? – Perguntei sentindo a ausência do pai do Patrício e do Átila.

- Não, eles aceitaram um convite da minha mãe e do marido dela. Devem estar se acabando no vinho. – O Heitor balançou a cabeça com um sorriso de quem se lembrava de algo. – Da última vez que minha mãe reuniu os amigos, a festinha dela durou três dias. Dizem que são reuniões memoráveis, mas até onde eu consegui descobrir são verdadeiras baladas.

- Isso parece divertido. – Eu comentei.

- Sim, mas é proibido para menores de cinquenta e cinco anos. – O Patrício riu. – Eu queria muito saber o que acontece lá.

- Só depois dos cinquenta e cinco e ainda falta um bocado. Por enquanto, se conforma com o pôquer. – O Heitor zombou do amigo.

- Já que eu não tenho a fofoca do clubinho secreto dos pais, conta pra gente, Don, o que está rolando com a nossa secretária? – O Patrício me perguntou e eu achei graça da forma como ele perguntou.

- Eu também queria saber, Patrício. Aquela mulher é indomável! Talvez meu cunhado possa me dar umas dicas de como eu devo me comportar com a minha ferinha. – Eu ri e encarei o Rick que parecia sentir pena de mim, como se soubesse que a irmã dele não estava facilitando a minha vida.

- Ela já mostrou as garras pra você? – Ele me perguntou com um sorriso divertido.

- Ela está indócil, Rick, porque eu estou tentando conquistá-la e ela me disse que não quer um namorado. – Eu passei a mão no rosto, como quem está quase vencido.

- Mas você quer ser um namorado? – O Rick me avaliou.

- Eu quero ser o namorado dela! – Eu afirmei, ele nem poderia imaginar o problema em que eu estava metido.

- Mas vocês vivem agarrados. Eu achei que já estavam namorando. – O Alessandro perecia meio confuso.

- De acordo com ela, somos apenas amigos. – E eu não gostava dessa situação.

- Com benefícios? – O Patrício perguntou e eu o encarei, ele ia gostar da minha resposta.

- Alguns beijos de vez em quando. Mas eu deixei claro pra ela, se quiser tocar nesse corpinho aqui, vai ter que aceitar ser minha namorada. Eu sou um homem sério e me valorizo! – Eu falei todo pomposo e eles riram, mas foi exatamente isso que eu havia falado para a Del.

- Don, a Del é uma pimentinha, está sempre controlando tudo, você precisa ter pulso firme e mostrar pra ela que ela quer o que você quer. – O Rick sugeriu e eu o encarei em dúvida, isso parecia meio autoritário.

- Acho que eu não entendi. – Eu estava mesmo confuso.

- Você tem que dar um ultimato pra ela. Ou ela vai ficar em cima do muro o resto da vida. – Ele explicou.

- Algo como dizer pra ela ou me pega ou me larga? – Eu o olhei em dúvida, ela poderia me largar e não era isso o que eu queria.

- Desse jeito ela te larga! – O Rick me olhou como se sentisse pena de mim. – É mais o tipo “vai ficar comigo sim e se bobear vai casar também”. – Ele me recitou a letra de uma música qualquer que eu ouvi e nem lembro onde e eu comecei a rir.

- Cunhado, você é o cara! Gostei disso! – E eu já estava tendo uma idéia, mas aquela ferinha não iria me escapar.

Já era por volta da meia noite quando os celulares dos caras apitaram todos de uma só vez e todos abriram um grande sorrido ao ler as suas mensagens.

- Mensagem das garotas! Fim da noite, pessoal! – O Patrício declarou todo alegrinho.

- Don, eu achei que você estaria feliz podendo ir ver a ferinha? – O Heitor me perguntou ao perceber minha cara de decepção.

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