“Donaldo”
Como combinado, no início da noite eu me reuni com os rapazes na casa do Patrício. Ele tinha uma sala de jogos muito agradável e quando eu cheguei já estavam todos lá. Depois das cortesias da chegada o Patrício me mostrou onde ficava tudo e me deixou à vontade.
- Os pais não vão se juntar a nós? – Perguntei sentindo a ausência do pai do Patrício e do Átila.
- Não, eles aceitaram um convite da minha mãe e do marido dela. Devem estar se acabando no vinho. – O Heitor balançou a cabeça com um sorriso de quem se lembrava de algo. – Da última vez que minha mãe reuniu os amigos, a festinha dela durou três dias. Dizem que são reuniões memoráveis, mas até onde eu consegui descobrir são verdadeiras baladas.
- Isso parece divertido. – Eu comentei.
- Sim, mas é proibido para menores de cinquenta e cinco anos. – O Patrício riu. – Eu queria muito saber o que acontece lá.
- Só depois dos cinquenta e cinco e ainda falta um bocado. Por enquanto, se conforma com o pôquer. – O Heitor zombou do amigo.
- Já que eu não tenho a fofoca do clubinho secreto dos pais, conta pra gente, Don, o que está rolando com a nossa secretária? – O Patrício me perguntou e eu achei graça da forma como ele perguntou.
- Eu também queria saber, Patrício. Aquela mulher é indomável! Talvez meu cunhado possa me dar umas dicas de como eu devo me comportar com a minha ferinha. – Eu ri e encarei o Rick que parecia sentir pena de mim, como se soubesse que a irmã dele não estava facilitando a minha vida.
- Ela já mostrou as garras pra você? – Ele me perguntou com um sorriso divertido.
- Ela está indócil, Rick, porque eu estou tentando conquistá-la e ela me disse que não quer um namorado. – Eu passei a mão no rosto, como quem está quase vencido.
- Mas você quer ser um namorado? – O Rick me avaliou.
- Eu quero ser o namorado dela! – Eu afirmei, ele nem poderia imaginar o problema em que eu estava metido.
- Mas vocês vivem agarrados. Eu achei que já estavam namorando. – O Alessandro perecia meio confuso.
- De acordo com ela, somos apenas amigos. – E eu não gostava dessa situação.
- Com benefícios? – O Patrício perguntou e eu o encarei, ele ia gostar da minha resposta.
- Alguns beijos de vez em quando. Mas eu deixei claro pra ela, se quiser tocar nesse corpinho aqui, vai ter que aceitar ser minha namorada. Eu sou um homem sério e me valorizo! – Eu falei todo pomposo e eles riram, mas foi exatamente isso que eu havia falado para a Del.
- Don, a Del é uma pimentinha, está sempre controlando tudo, você precisa ter pulso firme e mostrar pra ela que ela quer o que você quer. – O Rick sugeriu e eu o encarei em dúvida, isso parecia meio autoritário.
- Acho que eu não entendi. – Eu estava mesmo confuso.
- Você tem que dar um ultimato pra ela. Ou ela vai ficar em cima do muro o resto da vida. – Ele explicou.
- Algo como dizer pra ela ou me pega ou me larga? – Eu o olhei em dúvida, ela poderia me largar e não era isso o que eu queria.
- Desse jeito ela te larga! – O Rick me olhou como se sentisse pena de mim. – É mais o tipo “vai ficar comigo sim e se bobear vai casar também”. – Ele me recitou a letra de uma música qualquer que eu ouvi e nem lembro onde e eu comecei a rir.
- Cunhado, você é o cara! Gostei disso! – E eu já estava tendo uma idéia, mas aquela ferinha não iria me escapar.
Já era por volta da meia noite quando os celulares dos caras apitaram todos de uma só vez e todos abriram um grande sorrido ao ler as suas mensagens.
- Mensagem das garotas! Fim da noite, pessoal! – O Patrício declarou todo alegrinho.
- Don, eu achei que você estaria feliz podendo ir ver a ferinha? – O Heitor me perguntou ao perceber minha cara de decepção.
- Vim te buscar, bebê! Nós vamos resolver a nossa pendência hoje! – Eu falei e ela pareceu se irritar mais.
- Não sei que pendência. E você perdeu o seu tempo, a Mel vai me deixar em casa. – Ela respondeu e deu um passo em direção a Melissa. Eu resolvi levar ao pé da letra o que os rapazes me disseram.
- Muito bem! – Eu a alcancei, a peguei e joguei sobre os meus ombros.
- Ai, Don! – Ela deu um gritinho de susto quando eu a peguei. – Me solta!
- Não vai dar, bebê! Hoje, sou eu quem dita as regras. – Eu falei e ela começou a se debater, então eu dei um tapinha no traseiro dela e saí andando em direção ao meu carro. – Quieta, ferinha!
- Gente, me ajuda! Rick! – Ele chamou pelo irmão que estava rindo.
- O BO é seu, Adèle! Se vira! – O Rick respondeu divertido.
Eu a coloquei no banco do carona do carro e travei a porta para que ela não saísse enquanto eu dava a volta para entrar. Quando eu me sentei ao lado dela, eu a encarei, com muita seriedade.
- Presta atenção, Adèle, nós vamos para a minha casa e você vai admitir de uma vez por todas que é minha namorada, entendeu? – Ela me olhou como se não me reconhecesse.
- Mas... – Ela balbuciou e a confusão estava em seu rosto.
Então eu a beijei, passei os meus braços em volta dela e a beijei como se fosse despi-la e fazer amor com ela ali mesmo. Quando a soltei, ela estava corada e com a respiração ofegante e me olhou com um pequeno sorriso, quase como se fosse uma garota tímida e dócil. Ela não ousou discordar, não falou mais nada. E talvez o Rick tivesse razão, essa ferinha precisava de pulso firme.
N.A.:
E aí, meus ansiosinhos, tem alguém roendo as unhas por aqui? Acho que não, vocês nem estão muito afim de capítulo extra na segunda, né?! Puxa, e seriam 4 capítulos no "Contrato para o caos" e 4 aqui no "Chefe irresistível"... Se animem, seus lindos! Eu estou amando os comentários que vocês estão deixando. Beijos nos coraçõezinhos palpitantes!

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......