“Anabel”
A loja de decoração em que fomos era linda e eu estava empolgada com tantas opções. A Sam me ajudou a definir uma paleta de cores à partir do terracota, com muito marrom, chocolate e verde oliva pincelados pelos adornos da casa.
Eu havia me encantado completamente por uma enorme mesa de madeira maciça, com o tampo em uma madeira clara e brilhante que tinha pelo menos uns quinze centímetro de espessura. Ela tinha pés entalhados com flores e estava cercada por trinta cadeiras de madeira que se diferenciavam pelo padrão dos encostos, cada uma com a sua própria personalidade, não havia nem uma igual a outra.
E enquanto as garotas se distraíram discutindo sobre os melhores sofás para combinar com a casa, eu voltei àquela mesa gigante e fiquei imaginando uma família enorme sentada ao redor dela, compartilhando uma refeição quente e muito afeto. Não haveria discussão, eu queria aquela mesa e queria a família grande e amorosa que eu sempre sonhei em volta dela.
Mas, de repente, uma mão em minha boca me sobressaltou e me puxou de volta para a realidade. Aos trancos eu fui puxada para os fundos da loja, para um lugar que eu imaginava que fosse um estoque.
- Se você ficar caladinha eu vou te soltar. – A voz do Leonel no meu ouvido me encheu de terror. – Eu só quero falar com você, Anabel. Eu não vou te levar daqui. Podemos conversar?
Eu fiz que sim e ele retirou a mão da minha boca devagar e me soltou.
- Como você me achou aqui? – Eu perguntei tentando puxar o ar para os pulmões.
- Ora, você não é burra, é vadia, mas burra não! – Ele não perdia uma oportunidade de me ofender.
- Você tem alguém me vigiando! – Eu me dei conta de que os olhos que eu sentia sobre mim o tempo inteiro realmente existiam.
- É, eu tenho. – Ele deu um sorriso diabólico.
- O que você quer? – Eu o encarei, mas estava sentindo medo e não consegui evitar o choro.
- Olha, Anabel, nem eu sei. – Ele respirou fundo e eu percebi o vinco em sua testa mais profundo. Ele parecia preocupado.
- Se você está aqui tem um motivo. Mas já te adianto, Leonel, você não vai conseguir me levar daqui à força. – Eu avisei.
- É, eu sei. Já vi que você tem seguranças e essas amiguinhas novas. – Ele falou com desprezo e pareceu pensar no que ia dizer. – Olha só, eu andei descobrindo coisas e... bom, eu não sei, ainda é tudo muito nebuloso. Mas que quero te propor um acordo.
- Um acordo, com o diabo? Pode esquecer, Leonel! – Eu cruzei os braços e o encarei.
- Você é uma insolente, Anabel! Sempre reage com rebeldia quando se sente acuada. – Ele me encarou com desgosto. – Eu quero fazer um acordo com você, algo que pode ser bom pra nós dois.
- Fala logo, Leonel, o que você quer? – Eu tentei parecer destemida, mas ele me olhava como se pudesse sentir o meu desconforto.
- Eu quero que você desista da ação de desconstituição de paternidade, que convença o seu irmão a desistir da ação para tirar o meu sobrenome de mim, que você me dê ações para que eu volte a ser o presidente da Lancaster, não precisam ser muitas, apenas o suficiente para que eu tenha mais que o Donaldo, e que você tire o Átila da minha empresa. – Ele estava negociando comigo, mas ele não podia me oferecer nada.
- Ah! Só isso? Você não quer que eu lamba os seus sapatos e adore o chão que você pisa também não? – Eu fui bem irônica e ele torceu o nariz.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......