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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 906

“Anabel”

A loja de decoração em que fomos era linda e eu estava empolgada com tantas opções. A Sam me ajudou a definir uma paleta de cores à partir do terracota, com muito marrom, chocolate e verde oliva pincelados pelos adornos da casa.

Eu havia me encantado completamente por uma enorme mesa de madeira maciça, com o tampo em uma madeira clara e brilhante que tinha pelo menos uns quinze centímetro de espessura. Ela tinha pés entalhados com flores e estava cercada por trinta cadeiras de madeira que se diferenciavam pelo padrão dos encostos, cada uma com a sua própria personalidade, não havia nem uma igual a outra.

E enquanto as garotas se distraíram discutindo sobre os melhores sofás para combinar com a casa, eu voltei àquela mesa gigante e fiquei imaginando uma família enorme sentada ao redor dela, compartilhando uma refeição quente e muito afeto. Não haveria discussão, eu queria aquela mesa e queria a família grande e amorosa que eu sempre sonhei em volta dela.

Mas, de repente, uma mão em minha boca me sobressaltou e me puxou de volta para a realidade. Aos trancos eu fui puxada para os fundos da loja, para um lugar que eu imaginava que fosse um estoque.

- Se você ficar caladinha eu vou te soltar. – A voz do Leonel no meu ouvido me encheu de terror. – Eu só quero falar com você, Anabel. Eu não vou te levar daqui. Podemos conversar?

Eu fiz que sim e ele retirou a mão da minha boca devagar e me soltou.

- Como você me achou aqui? – Eu perguntei tentando puxar o ar para os pulmões.

- Ora, você não é burra, é vadia, mas burra não! – Ele não perdia uma oportunidade de me ofender.

- Você tem alguém me vigiando! – Eu me dei conta de que os olhos que eu sentia sobre mim o tempo inteiro realmente existiam.

- É, eu tenho. – Ele deu um sorriso diabólico.

- O que você quer? – Eu o encarei, mas estava sentindo medo e não consegui evitar o choro.

- Olha, Anabel, nem eu sei. – Ele respirou fundo e eu percebi o vinco em sua testa mais profundo. Ele parecia preocupado.

- Se você está aqui tem um motivo. Mas já te adianto, Leonel, você não vai conseguir me levar daqui à força. – Eu avisei.

- É, eu sei. Já vi que você tem seguranças e essas amiguinhas novas. – Ele falou com desprezo e pareceu pensar no que ia dizer. – Olha só, eu andei descobrindo coisas e... bom, eu não sei, ainda é tudo muito nebuloso. Mas que quero te propor um acordo.

- Um acordo, com o diabo? Pode esquecer, Leonel! – Eu cruzei os braços e o encarei.

- Você é uma insolente, Anabel! Sempre reage com rebeldia quando se sente acuada. – Ele me encarou com desgosto. – Eu quero fazer um acordo com você, algo que pode ser bom pra nós dois.

- Fala logo, Leonel, o que você quer? – Eu tentei parecer destemida, mas ele me olhava como se pudesse sentir o meu desconforto.

- Eu quero que você desista da ação de desconstituição de paternidade, que convença o seu irmão a desistir da ação para tirar o meu sobrenome de mim, que você me dê ações para que eu volte a ser o presidente da Lancaster, não precisam ser muitas, apenas o suficiente para que eu tenha mais que o Donaldo, e que você tire o Átila da minha empresa. – Ele estava negociando comigo, mas ele não podia me oferecer nada.

- Ah! Só isso? Você não quer que eu lamba os seus sapatos e adore o chão que você pisa também não? – Eu fui bem irônica e ele torceu o nariz.

- Ele não a traiu e você sabe. – Eu deixei escapar.

- E como você sabe? – Ele estreitou os olhos pra mim.

- Não te interessa! – Eu respondi, não diria mais nada a ele.

- Anabel? Está tudo bem? – A Sandra apareceu na porta e me encarou, como se avaliasse a situação. – Douglas, aqui! – Ela chamou e um segundo depois o Douglas apareceu.

- Está tudo bem. Esse senhor já está saindo. Douglas, você pode acompanhá-lo pra fora? – Eu pedi e vi o alívio nos olhos do Douglas.

- Com certeza! – O Douglas parou entre o Leonel e eu. Eu tinha certeza que os meus ferozes estavam brigando e não viram o Leonel chegar.

- Você não vai me responder, Anabel? – O Leonel exigiu antes de sair.

- Eu já respondi. Como eu disse, eu não faço tratos com o demônio! – E enquanto o Douglas obrigava o Leonel a sair dali eu me senti forte e confiante.

- Sua filha da puta! – Pela primeira vez o xingamento dele não me afetou e eu dei um pequeno sorriso, me sentindo vitoriosa, pelo menos nessa batalha. Mas eu precisava saber porque o Leonel parecia estar excluindo a amada esposa e a filhinha adorada dos seus planos. O que estava acontecendo? E eu sabia instintivamente que só tinha uma pessoa que poderia descobrir isso. Isso era missão para a Melissa!

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