“Ilana”
É hoje que eu mato os meus dois coelhinhos! Quer dizer, mato um, o outro eu vou só colocar na gaiola. A Viviane até foi útil dessa vez, aquele hacker que ela me apresentou é bem melhor do que o nerd do Vladimir. O cara conseguiu resolver meu problema na faculdade e invadiu o sistema da Lancaster rapidinho, fiquei até impressionada, ele era profissional, inclusive me arrumou um celular bomba só pra gravar o meu filminho. Uma pena que não caiu no meu charme e eu tive que pagar um bom dinheiro pelo serviço e pagar adiantado pela distribuição do meu novo filme. Mas ele garantiu que o vídeo vai ser um sucesso, vai viralizar, então eu estou considerando como um investimento.
- Anda, Viviane! – Eu chamei pela terceira vez.
O chato do Isidoro já tinha me mandado três mensagens. Aquele cretino estava abusando da sorte, me ligou ontem dizendo que era pra eu dar uma boa desculpa em casa para dormir fora hoje, porque ele queria aproveitar a sexta feira. Que horror! Um velho tarado. Aliás, o que estava acontecendo com os velhos? O Leonel estava deixando a minha mãe acabada, passava a tarde inteira no quarto com ela e à noite eu podia ouvi-lo gemer, credo! E agora o Isidoro atrás de mim como se estivesse no cio. Eles estavam completamente fora de controle! Mas eu ia dar um jeitinho no Isidoro, já o Leonel era problema da Irina.
- Calma, Ilana! A arte precisa de tempo. – A Viviane respondeu do quarto, mas ela se achava o máximo, ô chatice!
Quando ela saiu do quarto estava usando a peruca e um sobretudo marrom e com a maquiagem que fez, ficava parecidíssima com a Anabel. Elas tinham o mesmo peso e altura e a Viviane sabia uns truques de maquiagem que disfarçavam totalmente o rosto.
- Como estou? – A Viviane deu um giro lento.
- A cara da mosca morta! – Eu ri.
- Anda, vamos logo. Depois do seu videozinho eu tenho uma festa pra ir. – Ela caminhou em direção a porta como se eu tivesse me atrasado e não ela.
No carro eu aproveitei para repassar o plano com ela. Ela não era um ser de inteligência privilegiada como a minha, mas até que entendia as coisas direitinho.
- E não esquece, Viviane, não bebe o whisky! – Eu a alertei quando parei o carro em frente a casa do Isidoro.
- Qual o problema do whisky? Eu não entendi? Geralmente esses coroas tomam um whisky de primeira, tipo os de vinte e um anos sabe, meu sugar mesmo adora e tem... – A Viviane estava muito apegada a esse sugar daddy, já estava com ele há muito tempo e qualquer que fosse o assunto, ela deva um jeito de colocá-lo no meio.
- Ai, para de falar, Viviane! O Isidoro droga as mulheres com o whisky e depois chama um bando de velho para fazer festinha, entendeu? – Eu precisei inventar rapidamente, não esperava que ela ficasse perguntando.
- Eca! Taradinho o seu velhote, hein?! – A Viviane fez uma careta e desceu do carro.
- Está atrasada, Ilana! – O Isidoro mal abriu a porta e já reclamou.
- Não reclama, Isi, eu resolvi ser boazinha com você e te trouxe um presentinho. – Eu entrei com a Viviane logo atrás.
- Sabe, Ilaninha, talvez o seu papy me deixe casar com a Anabel, tudo o que ele quer é o dinheiro dela e isso não me importa, posso fazer um acordo com ele, o que acha? Eu fico com ela e entrego o patrimônio pra ele, eu tenho meios de fazer isso e ele sabe. Seria bom pra você também, você ficaria livre do nosso acordo, porque, você sabe, né?! Quem tem Anabel Lancaster, meu amor, não perde tempo com coisinhas como você! – O Isidoro riu e tomou mais um gole do whisky.
- Seu cretino! – Eu estava com muita raiva, se tivesse uma arma teria descarregado na cara dele.
- Ah, sem drama, Ilaninha! Vamos começar a festa, já que você trouxe a amiguinha, eu vou aproveitar. – Ele caminhou até o sofá e se sentou. – Podem tirar as roupas.
- Vamos logo porque eu não posso ficar a noite toda. – Eu aproveitei para avisar.
- Mas eu te avisei. – Ele reclamou com raiva.
- Mas o papy está marcando em cima e disse que me quer em casa até a uma da manhã. Não teve jeito. – Eu respondi.
- Que merda! – Ele xingou e olhou o relógio. – Bom, pelo menos temos tempo, ainda são nove horas. – Ele deu um sorriso sardônico e eu me arrependi por não inventar que eu tinha que chagar a meia noite.
Mas esse seria o meu último sacrifício, depois dessa noite, esse velho ia acertar contas com o diabo e a sua adorada Anabel iria para um outro tipo de inferno. Eu colocaria o celular para gravar, aproveitaria um momento em que a Viviane estivesse em cima dele e encheria aquela porcaria de whisky de veneno de rato e depois iria pra casa, assistir de camarote o desenrolar da história.

Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Que lindo esse livro. Estou aqui chorando novamente. Muito emocionante...
Amei saber que terá o livro 2. 😍...
Que livro lindo e perfeito. Estou amando e totalmente viciada nesse livro. Eu choro, dou risadas, grito. Parabéns autora, é perfeito esse livro 😍...
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......