“Anabel”
Eu estava muito nervosa, não sabia se estava mais nervosa pelo que a Ilana ia aprontar ou se era porque eu estava entrando no Clube Social de novo. Eu não queria ir para lá, mas a Melissa me convenceu que era o lugar perfeito, cheio de câmeras, segurança, com pessoas que poderiam ser facilmente encontradas e cujos depoimentos teriam credibilidade indiscutível.
A Mel havia se encarregado de tudo, fez a reserva, convidou todos os amigos, o Don, o Alencar e a Mariana, a Madeleine, irmã do Rick, e os pais do Patrício e do Rick. Logo depois do expediente nós fomos do escritório para o Clube Social, ocupamos uma mesa grande e as conversas estavam animadas e nem parecia que estávamos ali para que eu estivesse protegida contra uma armação. Mesmo assim, eu ainda estava tensa. E fiquei ainda mais tensa quando vi, por volta das oito da noite, aquela mulher entrar no salão, acompanhada da filha e do marido.
- O que foi, moça bonita? – O Rick notou minha inquietação e quis saber qual era o problema.
- Olha quem chegou, a família da Joyce. – Eu comentei e ele olhou em direção à porta.
- Fica calma, está muito movimentado aqui hoje, eu duvido que ela crie confusão. – Ele tentava me acalmar.
Mas eu estava tensa e preocupada e tinha razão de estar assim. Elas se sentaram de frente para mim e aquela mulher passou a me encarar. Elas estavam em uma mesa grande também, no que me parecia ser uma espécie de comemoração, mas elas me olhavam com desgosto. À medida que o tempo passava eu ficava mais tensa.
- Relaxa, Ana, nós vamos acabar com isso hoje. – A Melissa, que estava sentada ao meu lado, se curvou para falar em meu ouvido.
- Como, Mel? Essa mulher vai me odiar pelo resto da vida. – Talvez ela continuasse me odiando depois de morta, diretamente do além.
- Eu tenho um plano! – A Melissa sussurrou.
A olhando eu pensei que a Melissa tinha era um sorriso presunçoso e eu desconfiava que poucas pessoas no mundo poderiam ter esse sorriso sem parecerem arrogantes, porque a Melissa simplesmente era a Melissa, cheia de si, confiante, inteligente, bonita, independente, bem resolvida e de alto valor e ela sabia que simplesmente era, ela não se sentia superior, ela só sabia que ela era o que todas as mulheres deveriam ser e ela tentava impulsionar todas as mulheres ao seu redor para serem como ela.
- Mel, você é minha ídola! – Eu brinquei e ela riu.
- Então, aprende com a ídola. Peito pra fora, barriga pra dentro, nariz arrebitado, bumbum na nuca e vamos. – Ela ficou de pé e fez um sinal para as garotas, mas elas não nos acompanharam.
- Onde vamos? – Perguntei.
- Onde as mulheres não vão sozinhas. – Ela respondeu e eu ainda não tinha entendido. – Ao toilette, Ana!
Eu me levantei e nós fomos ao banheiro, mas nós não entramos, ficamos na porta e ela me puxou bem para o ângulo da câmera de vigilância, me deixando bem visível.
- Qual o seu plano, Mel? – Eu perguntei.
- Você notou o telão no salão? – Eu fiz que sim e ela continuou. – Nós vamos ver um filme que vai acabar com toda essa palhaçada que a Ilana e a Viviane armaram pra você. Mas eu quero que você esteja preparada, porque vai ser um rebuliço nesse clube essa noite. E eu quero que você preste atenção ao vídeo, muita atenção. Não vai ser fácil, mas você vai manter a pose. Entendeu?
- Mel, não me assusta! – Eu pedi, mas ela sorriu.
- Ei, você é minha pupila, minhas pupilas não se assustam, seja corajosa! – Quando ela acabou de falar a Joyce e a mãe pararam em nossa frente.
- É, vagabunda, seja corajosa como foi pra dormir com o meu marido. – Ela falou alto e eu fechei os olhos, a vergonha me cobriu naquele momento, eu sabia que viria outro escândalo.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque
Está sempre a dar erro. Não desbloqueia os capitulos e ainda retira as moedas.😤...
Infelizmente são mais as vezes que dá erro, que outra coisa......