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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 922

“Ricardo”

Eu tenho que admitir que as garotas trabalharam muito bem. Finalmente nós estávamos nos mudando para a nossa casa. Havia ficado tudo muito bonito e de fato, quando eu entrei na casa depois de tudo pronto, eu tive a sensação de estar em uma vila italiana. Era charmoso, acolhedor, bonito e alegre. A tal mesa de jantar que a Anabel comprou era simplesmente gigante, era uma mesa para uma família grande e unida e me deixava com vontade de vê-la completa.

Me surpreendeu a energia da Anabel, com tudo o que estava acontecendo ela decidiu organizar um brunch para receber nossas famílias e amigos e apresentar a nossa casa nova. Então, aqui estava eu, num domingo à tarde, apreciando os filhos dos meus amigos correrem pelo jardim, vendo minha família e meus amigos rirem e conversarem. Era quase tudo o que eu sempre quis na vida, só faltava uma coisa.

Eu estava sentado em uma mesa com um guarda sol no jardim e vi a Anabel mais adiante conversando com o Don e a Del, ela estava linda num vestido longo azul claro com grandes rosas estampadas, o sol batia em seus cabelos soltos que brilhavam como se estivessem cobertos de pontos de luz. Ela me olhou e me jogou um beijo, tinha um sorriso sereno e a expressão suave, tão tranquila como se não tivesse nenhum problema em sua cabeça.

- Parece que as coisas estão se acomodando. – Meu pai se sentou ao meu lado.

- É o que parece. Você e a mamãe virão ficar conosco, imagino. – Eu respondi.

- Não viremos. Sua mãe já encontrou a casa e a Samantha já aceitou ajudá-la e garantiu que poderemos nos mudar semana que vem, então, a Lucinda quer acompanhar tudo e elas decidiram que nós ainda vamos ficar na casa do Patrício. – Meu pai explicou.

- E quando foi que ela encontrou a casa? – Eu fiquei curioso.

- Ontem. É aqui no condomínio. É a casa da mãe do Heitor, está fechada há muito tempo e ela decidiu vender, mas acho que ela decidiu vender só porque quer manter a amiga por perto. Essas mulheres criaram um clubinho para os pais e é muito divertido. – Meu pai sorriu.

- O que acontece nas reuniões de vocês? – Eu achei que pudesse desvendar o segredo.

- Lamento filho, mas o que acontece lá, fica lá! – Meu pai riu e mudou de assunto. – Você está pensando em se casar de novo?

- Não pensei nisso, eu já fui casado, o que me importa é tê-la comigo e ela está comigo. – Eu tinha certeza de que sempre estaríamos juntos.

- Mas ela nunca foi casada e o casamento é um compromisso de que vocês sempre estarão juntos. – Foi como se ele lesse meus pensamentos.

- Não deu muito certo da primeira vez. – Eu dei um pequeno sorriso para ele.

- Acho que vai ser diferente agora. – Ele olhou em direção a Anabel.

- Também acho, mas nem sei se ela pensa nisso e é tudo muito novo, não estamos juntos há tanto tempo assim. – Eu sabia o que eu queria, mas talvez nós precisássemos de um pouco mais de tempo, adaptar-nos a nossa nova vida juntos, na nossa casa.

- Mas você não a ama? – Meu pai franziu o cenho.

- Mais do que qualquer outra pessoa ou coisa no mundo. – Eu confirmei.

- Então, se você a ama tanto assim, o tempo não importa. – Meu pai me assegurou.

O que o meu pai não sabia é que eu queria ter certeza de que a Anabel e eu queríamos as mesmas coisas, eu queria ter certeza de que ela não se cansaria ou se entediaria com a vida ao meu lado, porque eu passei por isso antes e não queria passar de novo.

- Ah, Mel, te achei. – O Nando entrou. – Está na hora de irmos.

Nos despedimos da Mel e do Nando e aos poucos todos se despediram e saíram, ficamos somente a Anabel e eu. Depois de fechar a porta, ela se virou para mim e abriu os braços, vindo em minha direção.

- Lar doce lar! – Ela suspirou em meus braços e eu só queria pedir que ela me dissesse a verdade sobre o que conversava com a Melissa.

- Lar doce lar. – Eu devolvi, mas estava um pouco chateado por ela mentir pra mim no nosso primeiro dia na nossa casa. Mas o que seria?

- O que você acha de tomarmos o nosso primeiro banho juntos na nossa casa e depois experimentarmos a cama? Ela é tão confortável. – Ela sugeriu, com um olhar insinuante, passando a mão suavemente pelo meu peito.

- Você está falando de dormir? Acho mesmo que estou cansado, afinal eu sou só um cara na meia idade. – Eu a provoquei e ela riu.

- Você está quase na meia idade. Mas sim, você deve estar cansado, nós podemos tomar um banho e dormir cedo. – Ela concordou e nós fomos em direção ao quarto.

O quarto havia ficado lindo e era muito convidativo, havia uma enorme cama com cabeceira estofada no centro e sobre ela um edredom macio e muitas almofadas. Haviam criados laterais e duas poltronas no canto com uma mesa redonda de madeira entre elas. Haviam flores e outros detalhes, mas o destaque sem dúvida era a cama e na parede oposta a da porta pela qual entramos, as portas duplas enormes de vidro que davam para uma sacada com vista para o jardim roubavam a cena. Eu realmente queria passar a minha vida nessa casa, com a mulher que eu amava.

- Ana! – Eu chamei antes de entrarmos no banheiro e ela se voltou para mim. – Você realmente quer isso? Estar nessa casa comigo, uma vida simples e tranquila, sem grandes acontecimentos?

- Você é o meu grande acontecimento, Ricardo, todos os dias! – Ela me respondeu e aplacou a minha ansiedade com um beijo, mas não tirou da minha cabeça a preocupação. O que ela havia começado e não havia me contado?

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