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Chefe irresistível: sucumbindo ao seu toque romance Capítulo 926

“Isidoro”

Finalmente de volta em casa. Dez dias naquele hospital tinha sido demais. Se bem que foi bom, para que eu tivesse tempo de pensar e analisar as coisas. Ah, Ilaninha, você fez uma grande merda! E me deixou muito puto da vida com você e a sua familiazinha de merda!

Eu nem estava puto por gastar uma fortuna consertando a porta que o delegado quebrou, ele salvou a minha vida, se a polícia não estivesse à espreita eu estaria a sete palmos agora. Foi uma sorte pra mim, mas um grande azar para a Ilana e a mamy e o papy dela. Eles me pagariam muito caro.

- Pronto, senhor! – O rapaz que estava colocando o vidro na porta se aproximou, o trabalho tinha ficado muito bom. Eu o paguei e ele se foi.

Agora eu tinha um outro compromisso e eu não perderia tempo. Fui ao escritório, abri o cofre e tirei o envelope. Eu guardei aquilo por tantos anos, sabia que uma hora ou outra me serviria e a hora chegou. Eu coloquei o envelope na pasta e fui para a delegacia. Eu daria um depoimento bem longo e interessante para o nobre delegado.

- Dr. Isidoro, é bom vê-lo restabelecido. Mas o senhor saiu do hospital hoje, não precisava ter vindo tão depressa. – O delegado Moreno falou quando me sentei em sua frente.

- Tem coisas, delegado, que quanto antes resolvemos melhor é para todos. – Eu sorri para ele.

Eu estava muito tranquilo com o que ia dizer e fazer, já tinha analisado as minhas possibilidades e, embora o que eu fosse revelar respingasse em mim, não seria nada mais do que um inconveniente. Já para o Leonel e as duas víboras de estimação dele, seria o fim do mundo.

O delegado começou com as perguntas que eu já esperava, queria minha versão sobre o que tinha acontecido na noite em que eu fui envenenado. Eu fui o mais fidedigno que pude.

Então ele quis saber como a Ilana e eu nos aproximamos, e eu contei que foi depois da primeira prisão dela e que ela se insinuou para mim e, mesmo eu não querendo no início, eu acabei cedendo, afinal bonita a infeliz era.

- Sabe como é, doutor, uma jovem bonita se jogando em cima da gente, a carne é fraca. – Eu dei um sorriso como se estivesse sem graça, mas o delegado me encarou sério.

- Não, não sei como é. – Ele respondeu e eu percebi que ele não era um homem que gostasse de brincadeiras. – Mas, se a Ilana o seduziu, porque ela tentou matá-lo? – Ele foi esperto, estava prestes a me pegar na mentira, mas eu era macaco velho.

- Imagino que tenha sido por ciúme. – Eu dei a ele a clássica motivação dos crimes entre casais.

- Ciúme? Mas não foi ela quem levou a amiga? – Ele me olhou confuso.

- Veja bem, delegado, a Ilana morre de inveja da Anabel e eu caí na besteira de revelar que tenho uma forte admiração por ela, se é que o senhor me entende. – Eu expliquei e ele me encarou com as sobrancelhas arqueadas.

- O que exatamente o senhor falou? – Ele inquiriu.

- Eu fui apaixonado pela Antônia Lancaster. – Eu suspirei. – Uma mulher linda e a filha é muito parecida com a mãe e tão boa quanto, mas ainda mais cativante. Eu me apaixonei pela Anabel e mantenho isso em segredo. Mas deixei escapar para a Ilana, que levou aquela amiguinha, uma prostituta barata, e quis compará-la a Anabel. Eu não pude permitir isso.

O delegado ouviu tudo o que eu contei, parecia realmente surpreso com o que eu revelava. Eu tinha certeza que a Ilana ficaria um bom tempo presa, tempo suficiente para ela aprender que não deve ter como inimigo alguém mais esperto que ela. O delegado encerrou o interrogatório parecendo bem satisfeito com a minha contribuição, era chegada a hora de dar a ele uma contribuição um pouco maior.

- Delegado. – Eu chamei sua atenção antes que ele me dispensasse. – Eu estive perto da morte e refleti sobre alguns erros que cometi na vida.

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